trinta e nove

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Madison

Assim que o portão grande ferro e o caminho de árvores aparece no meu campo de visão, não consigo conter o sorriso. Lucas para ao lado do interfone e aperta o botão.

quem é? — uma voz doce sai pelo aparelho e alargo o sorriso.

Lucas: sou eu, vó. Lucas - responde e logo o portão é aberto remotamente.

Ele dá partida novamente e entramos na propriedade da família, a estrada tinha um caminho de árvores, que acabava assim que chegasse perto da ampla casa branca.

Uma das senhoras estava encostada na fonte e esperava animadamente a gente sair do carro.

Anne: minha querida - ela sorri me abraçando e retribui forte.

Madison: senti saudades - ela aperta meus ombros e me dá dois beijinhos na bochecha.

Anne: eu também - ela olha para Lucas e o abraça, mesmo ele segurando Matt, que dormia com a cabeça em seu ombro - ah, querido, você está tão grande! - ele sorri por cima de seu ombro e a abraça só com o braço.

Mariana: está falando sozinha de novo, Anne? - minha outra avó, mãe do meu pai, sai de dentro de casa e anda meio rápido até onde estávamos - garota, como você cresceu desde o verão passado! - ela fala me analisando de cima a baixo e logo me aperta contra seu corpo.

Essa casa sempre foi da família da minha mãe, foi passada de geração para geração, ela viveu quase toda sua vida aqui, até ir para o intercâmbio e depois se mudar para a cidade, quando a família do meu pai conheceu a dela, minhas avós se deram muito bem, depois de alguns anos papai quis trazer a minha avó do Brasil para cá, e minha outra avó, Anne, a convidou para morar com ela aqui, segundo mamãe elas tem dezesseis anos de convivência juntas.

Anne, minha avó materna iria fazer aniversário domingo, ela tem cinquenta e nove, cabelos castanho claro e ondulados levemente, pele e olhos claros, assim como os meus.

Já Mariana, avó paterna, tem cinquenta anos, seus cabelos encaracolados caíam perfeitamente bem sobre seu rosto jovial, mesmo com a idade, sua pele era morena clara e olhos eram escuros.

Depois de uma seção de abraços e de coisas como "vocês estão enormes", "deviam aparecer mais vezes" e "como estão?", As duas finalmente nos convidam para entrar.

Anne: vocês já sabem onde são seus quartos, não sabem? - assenti levemente, segurando a minha mala e a mochila de Matt.

Mariana: deixem suas coisas e Matthew em seus devidos lugares, depois desçam, vou preparar um lanche.

Subimos as escadas e fomos para o terceiro andar, paro nos últimos degraus e puxo o ar, encostada no corrimão.

Lucas: sedentária, hein - ele fala atrás de mim e nego voltando a subir.

Entro no único corredor do andar e abro a primeira porta, onde ficava o quarto que eu dormia quando vinha para cá antigamente.

Matthew: que nojo, eu tô aqui - ele fala assim que beijo Lucas, antes de entrar no meu quarto.

Lucas: você não tava dormindo?

Matthew: não iria subir esse monte de escadas se você podia muito bem me carregar se eu estivesse dormindo - ele pula do braço de seu irmão e entra no quarto em que Lucas ficava.

Lucas: já que o engraçadinho tava acordado, desce logo, você escutou o que ela falou.

Ele desce as escadas imitando Lucas, eu ri colocando minha mala no chão, abro a janela e saio do quarto, encontrando Lucas na salinha no fim do corredor, perto das escadas.

No terceiro andar era o menor, tinha uma pequena sala com um sofá e televisão, o meu quarto, o de Lucas e outro de visitas. Eu odiava isso, mas agora até que tô gostando da ideia de ter um pouco de privacidade.

Madison: e se Matt contar para mais alguém?

Lucas: ele não é louco de fazer isso - ele fala passando seus braços pela minha cintura.

Madison: ele nos cobrou pelo silêncio, que acabar nem fez! Eu não duvido de nada.

Lucas: eu vou falar com ele depois - assenti levemente e ele gruda nossos lábios em um beijo calmo, até escutar o grito de minha avó da escada.

Mariana: o lanche tá pronto!

Descemos as escadas e fomos para a sala jantar, onde minhas avós, Matthew e Noah estavam. Noah é um garoto que elas duas criam, a mãe dele não tinha muita condição e morava perto delas. As duas aceitaram sem pensar duas vezes, ele tem nossa idade e foi criado desde pequeno por elas.

Noah: um do lado do outro sem sarcasmo ou provocação, vocês estão vendo isso também ou eu bati a cabeça com muito força na queda? - ele brinca fazendo careta e Lucas ri batendo na mão dele.

Madison: continua otário, não é? - falo dando um abraço rápido nele, antes de pegam um sanduíche e um copo de suco.

Anne: a comida não vai fugir, querida - ela fala rindo.

Madison: tô com fome - falo tomando um gole do suco de laranja.

Ficamos conversando enquanto comemos, Lucas e eu explicamos que demos uma trégua nas brigas, fazendo os três estranharem e zoarem com nossa cara e Matt nos encarar com um olhar tedioso e negar repetidas vezes.

Noah: hoje e amanhã vamos rodar por aí- ele fala olhando para Lucas - eu, William e Michael, se quiser ir.

Lucas: tô sem equipamento.

Noah: tem no galpão. - Lucas assente, aceitando o convite e minha avó nega.

Mariana: ninguém vai sair dessa casa para andar igual dois malucos em cima de uma moto. Está vindo uma chuva forte, no máximo você vai colocar o carro da Anne e sua moto barulhenta para dentro - ela fala e aponta para Lucas - e você colocar o seu para dentro, ninguém vai sair hoje.

Noah: mandona, hein - ele beija a cabeça dela e levanta.

Anne: você ouviu, Noah, não vai ser qualquer chuva, estamos falando de um temporal.

Noah: só vou avisar os meninos, relaxem - ele pega o celular do bolso e levanta na direção delas.

Mariana: o mesmo vale para você, Madison - ela avisa assim que abro a porta lateral, que dava para fora de casa, assenti levemente.

Madison: a casa do lago tá aberta? - pergunto e ela sorri assentindo.

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I Hate Love YouWhere stories live. Discover now