Rule Breaker

1

- Você vai estar lá também não é, baby? - Minha namorada perguntou se referindo a sua festa.

- Se meus pais deixarem... - Respondi mordendo o lábio inferior.

- Ótimo! Volto logo, tenho que dar uma saída. - Disse e então me beijou apressada.

- Tá bom. - Respondi simples e a vi sair da sorveteria.

- Céus... - Keana suspira. - Veronica é tão incrível!

- Olha lá! É da minha namorada que você está falando. - Digo alterando a voz.

- Eu só estava brincando, relaxa. - Disse batendo em meu ombro.

Vou relaxar minhas mãos na sua cara!
Penso.

- Isso não foi muito engraçado. - Normani se pronuncia.

- Eu não sabia que vocês eram oficial. - Keana fala ignorando a minha amiga.

- Nós somos.

- Isso é tão bom, estou muuuito feliz por vocês. - Keana fala sorrindo mais posso sentir que não foi tão espontâneo.

- Fica de olho nela, Mila. - Normani sussurra.

- O quê? - Keana franze as sobrancelhas.

- Eu não disse nada. - Normani responde.

- Então, Camila, eu ouvi você dizer que vai ficar livre dos seus pais por um mês. - Keana começa.

- É, meu pai vai para uma viagem de negócios amanhã cedo.

- Isto significa que você vai dar algumas festas maneiras, em?! - Keana sorrir maliciosa.

- Você quer dizer tipo as festas do chá? Então sim.

- Vamos lá, não seja uma sem graça. Você deveria dar uma festa incrível. - Keana incentiva.

- Se ela não quiser dar uma festa incrível, ela não vai dar. - Normani rebate.

- Que seja. - Keana revira os olhos.

- Tenho que ir para casa. Meu celular descarregou e eu não quero que meu pai se preocupe. - Falo jogando o meu copo de sorvete no lixo.

- Eu entendo. Te vejo de noite? - Normani pergunta.

- Com certeza! Tchau gente. - Me despeço das duas e, ao virar de costas, dou de cara com a minha namorada.

- Aonde você vai, baby? - A mesma pergunta.

- Estou indo embora, você se importa de me levar para casa?

- Ai, logo agora?

- Sim, logo. Exatamente como você disse que iria voltar. - Respondo cruzando os braços.

- Tá, tanto faz. - Ela diz.

- Obrigada.

Às vezes Veronica age como quem não se importa muito comigo... não entendo.

- Obrigada por me deixar em casa. - Agradeço Veronica quando chegamos.

- Aí está você! - Meu pai aparece.

- Quem é esse velho? - Veronica pergunta.

Qual é? Meu pai não é velho, ele tem menos que o dobro da minha idade. Penso.

- Esse "velho" é o pai dela. - Meu pai responde cruzando os braços.

- Merda! - Veronica faz uma careta.

- E você é? - Meu pai indaga.

- Pai, esta é a Veronica... minha namorada. - O respondo.

- E aí cara? - Minha namorada diz estendendo a mão para meu pai que a ignora completamente.

- Você está namorando essa perdedora, Camila? - Meu pai arqueia as sobrancelhas.

- Tragicamente, sim. - Respondo revirando os olhos.

- Veronica, não é? - Meu pai a olha com um sorriso sarcástico.

- Isso, cara. - Veronica concorda.

- É melhor você estar fora da minha casa em três segundos ou mais!

- Uau, rude! Eu pensei que você havia dito que seu pai era legal, Camila. Mas tanto faz, eu estou fora daqui. - Ela diz e então vai embora.

- Eu te liguei dez vezes, Camila! - Meu pai senta no sofá esfregando seu cavanhaque.

- Desculpa pai, meu celular descarregou. Precisava me contar alguma coisa importante?

- Na verdade, sim. Eu quero falar com você sobre minha viagem de negócios amanhã. - Confessa e faz um gesto para que eu me sente ao seu lado.

- Pai, eu vou ficar bem. É só um mês. Eu posso cuidar de mim mesma.

- Eu sei que você pode, mas...

- Mas?

- Eu tenho uma amiga que acabou de sair de um relacionamento e ela precisa de um lugar para ficar enquanto encontra um novo.

- Hum...

- Eu disse à ela que poderia ficar aqui, se estiver tudo bem para você. E aproveito para deixar ela de olho na senhorita.

- Eu não sou mais uma garotinha! - Me levanto do sofá. - Eu não preciso que alguém que eu nunca nem conheci cuide de mim.

- Você já a conheceu, mas era mais nova, então eu não tenho certeza se você lembra dela.

- Eu não preciso de uma babá! Já estou quase entrando em uma faculdade.

- É um favor para ela. Ela precisa de um lugar para ficar. Eu não te deixaria aqui com qualquer pessoa. Confia em mim, Lauren é um anjo.

- Lauren?

- Sim, Lauren Jauregui. Te lembra alguma coisa?

- Lauren Jauregui? Sim, eu lembro dela.

Era a amiga do meu pai que eu mais gostava, ela me chamava de pequena Camz, e vinha sempre aqui, mas ela sumiu.

Eu só lembro que ela tinha olhos verdes e a pele bem alva.

- Bem, ela está vindo aqui hoje à noite. - Falou levantando do sofá.

- O quê?

- Achei que poderíamos jantar juntos para que vocês pudessem se conhecer melhor.

- Eu já combinei algo com a Veronica hoje à noite. - Falei revirando os olhos.

- Não, pode esquecer. - Meu pai disse cruzando os braços e negando com a cabeça.

Droga!

- Eu posso pelo menos viajar com você? - Perguntei.

- Com certeza não.

- Mas o Louis pode. - Reclamo.

- Vocês estão falando mal de mim? - Louis, o namorado do meu pai, apareceu do nada perguntando.

- Nunca, amor. Camila quer ir com a gente para a minha viagem de negócios. - Meu pai fala o abraçando e Louis rir.

- O que é tão engraçado?

- Querida, você tem aula. - Meu pai responde.

- Vocês só querem ficar sozinhos.

- Bem, isso também. Mas não tivemos férias decentes desde a nossa lua de mel. - Louis fala.

- Agora vá se arrumar, Lauren estará aqui daqui a pouco. - Meu pai diz e eu faço o caminho para o meu quarto.

Algumas horas depois...

Acabo de descer as escadas e meu pai já me nota.

- Bem na hora, Camila. Vem cá. - Ele me chamou para perto. - Camila, esta é a Lauren!