Capitulo 4

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Postando pra não deixar vocês sem cap por muito mais tempo!! Amanhã prometo responder cada comentário do último capítulo e desse, os últimos dois dias foram corridos e esse cap foi o melhor que consegui escrever 💛

CT do Ninho do Urubu!
Me encontro parada na porta há cinco minutos tentando tomar coragem pra entrar.
— Mari?— me deparo com o Rodrigo atrás de mim— eu não sabia que você viria, podia ter te dado uma carona— lembro das caronas e de como isso nos aproximou, ele parecia lembrar da mesma coisa— saudade de você cantando no meu ouvido...

— já faz tanto tempo— tento acabar com a tensão que havia entre nós mas ele tava empenhando em aumentá- la

— e o tempo não mudou nada... a gente era tão feliz!

— você era a minha vida!

— você ainda é a minha... — meu corpo estremece com as palavras dele, encaro o homem a minha frente e me sinto boba ao perceber que a vontade de me render a ele começa a crescer— tem tanta coisa que eu quero te falar mas não acho que o estacionamento seja o melhor lugar

— esquece isso... vamo entrar!— ele segura meu braço e dá dois passos na minha direção. Minhas pernas fraquejam e ele agarra a minha cintura com um sorriso quase vitorioso

— eu não vou desistir de você, girassol.... puta merda que saudade que eu tava de te chamar assim, de ter você perto de mim... eu te amo pra caralho!— estávamos a centímetros de distância e meu corpo implorava por um beijo. De repente tudo parecia tão pequeno e irrelevante, eu me esforçava pra lembrar todas as vezes que me prometi ficar longe. Mas ali sentindo o calor do corpo dele nada parecia importar, meu coração acelerado, as borboletas no estômago e as correntes elétricas me fazem perceber o quanto eu ainda gosto dele. Acaricio a bochecha dele levemente o que faz o Rodrigo fechar os olhos ao meu toque, solto um suspiro e encosto minha testa no ombro dele, passo meus braços pela cintura do meu zagueiro e o abraço com certa urgência. Eu precisava tanto dele que me sentia uma idiota por não me controlar— eu nunca vou desistir de você, não importa o tempo que leve pra você estar pronta pra mim!— a expressão suave e apaixonada, o olhar que me deixava derretida e aquele maldito sorriso dificultam ainda mais as coisas pra mim. A forma como ele sempre falava o que eu precisava ouvir.... após me fitar por alguns minutos ele beija minha testa e se afasta, caminhamos lado a lado até o campo.
— Bom dia!— falo chamando a atenção do Mister que vem me abraçar

— achei que não vinhas me ajudar

— eu disse que ia vim...

— gajos, vamos aquecer!— ele grita pros meninos que vão pro centro do campo— sabes os exercícios, comanda lá!

— saudade de torturar a gente, Mari?— o Rafinha fala sorrindo

— deve tá com saudade de dois jogadores específicos, isso sim!— alguém cochicha e antes que eu tenha alguma reação só vejo o Rodrigo passando como um raio na minha frente. Meu coração acelera quando vejo o zagueiro acertar um soco no Matheus Dantas, o Rodrigo é a pessoa mais pacífica do mundo! Nem quando as pessoas merecem ele procura briga, todo mundo parecia pensar o mesmo que eu já que eles se olhavam assustados.

— eu vou acabar com você Matheus, vai se arrepender de ter aberto essa sua boca...— ele grita e estremeço ao sentir toda a fúria na voz dele. Os meninos acordam do transe e se movimentam pra tentar separar o Rodrigo do Matheus.

— calma Rodrigo...— o garoto coloca a mão no maxilar e levanta do chão

— calma é o caralho!— ele ia partindo pra cima do menino de novo mas me adianto

— não faz isso zagueiro, por favor...— sussurro no ouvido dele e abraço sua cintura com força pra impedir que ele avance no companheiro, os músculos do seu corpo relaxam pouco a pouco e o solto. Ele vira pra mim e sua expressão suaviza— tá tudo bem, ok?— antes que mais tumulto se forme me afasto dele— Aquecimento, vamo!— grito chamando a atenção dos meninos que me olham por alguns segundos antes de formarem as filas

— vou na enfermaria...— o Dantas fala

— você vai aquecer! Não foi homem pra falar merda? Vai ser homem pra aguentar um soco também, deixa de frescura e vai pra fila!— eu tava com um ódio da cara dele que não era normal. Ele me olha por alguns segundos mas resolve obedecer

— se o Rodrigo não tivesse ido antes, quem ia te bater era eu!— o Gabriel fala trombando o ombro nele

— eu não vou tolerar nenhuma palhaçada ou gracinha com a Mariana, tão me ouvindo? Que o soco no Matheus sirva de aviso porque eu não vou impedir eles quatro de quebrarem vocês, aliás eu vou ajudar— o Everton sobe o tom de voz e recebe a atenção de todos antes de se juntar na fila. O capitão manda e eles obedecem! Essa era algo certo quando se falava desse elenco.

O Rodrigo parecia estar em outro mundo, o aquecimento termina e ele entra no CT na desculpa de beber água. Claro que ninguém comprou essa já que haviam garrafinhas no gramado.
Antes mesmo que eu raciocine me vejo indo atrás dele.
— você tem que se acalmar— os punhos cerrados me fizeram ter certeza que ele ainda estava muito bravo

— você ouviu o que ele falou de você, Mariana? Como eu vou me acalmar? Tudo que eu penso é em voltar lá e matar aquele filho da puta

— eu já dei um jeito nele... tá tudo bem, Rodrigo!— ele caminha até mim e me abraça com força

— não era pra você ter que ouvir coisas assim!— ele fala baixinho

— eu já ouvi coisas piores— meu tom de voz sai repleto de mágoa, ele me olha com tristeza mas desvio o olhar rapidamente. Dou dois passos pra trás e o clima entre nós fica pesado. Nada poderia ser pior perto do que eu já ouvi ele falando— vai pro seu treino, eu já to indo embora!

— Mariana, olha pra mim!— ele dá dois passos na minha direção e segura meu rosto me forçando a olhá-lo — eu deixei o meu ego ferido falar mais alto e te disse coisas horríveis das quais eu me arrependo até hoje, mas eu não vou deixar que ninguém te magoe de novo. Eu já fiz isso e você merece ser feliz, girassol! Me perdoa por não ter cedido, por ter sido insensível, por tentar descontar em você o que eu sentia... eu me arrependi em um dia mas você já tinha embarcado e eu quis te dar um tempo pra se recuperar.

— você não pode me fazer esquecer tudo assim tão fácil... é tão injusto eu ainda te querer tanto

— eu te amo, girassol! Já disse que vou esperar você no seu tempo... até lá somos amigos.

HapinessWhere stories live. Discover now