Capitulo 27

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ÚLTIMO CAPÍTULO DA PRIMEIRA TEMPORADA
Quero só agradecer mesmo, vocês são FODAS!! 💛

Uma estranha sensação de calmaria toma conta de mim, fico ali vendo ela sumir entre as pessoas antes de caminhar até o meu carro e dirigir até uma padaria, eu tinha que comer alguma coisa que não fosse brigadeiro.
O lugar estava pouco movimentado, peço um pão na chapa, vejo um brownie e lembranças invadem minha cabeça
vai Rod, só um pedacinhooo!— depois do nosso jantar fico tentando convencer ele a provar o brownie que fiz

— isso é muito doce, girassol!

— vai adoçar a sua vida... só um pouquinho

— você é o que adoça a minha vida, Mariana! Comer isso aí vai me fazer explodir de tanta glicose dentro de mim, deixa pra um dia que a gente brigar feio e eu estiver ranzinza

— você é muito clichê, puta que pariu— ele solta uma gargalhada antes de me beijar

— isso é uma desculpa pra nunca comer isso— olho pra ele sem entender e ele revira os olhos— a gente nunca vai brigar, girassol!

Volto a realidade quando vejo dedos estalando na minha frente, sinto meu rosto aquecer e agradeço antes de pegar minhas compras.
— eu vou querer esse brownie!— volto pra frente do balcão após alguns passos e a mulher suspira antes de pegar e eu pago pelo novo item.

Finalmente chego em casa, pego meus livros e coloco eles empilhados no meu sofá. Faço um pão na chapa e um café e volto pro meu cantinho. Pego um dos livros aleatoriamente e começo a folhear ele enquanto como, a campainha toca e levanto pensando em que poderia ser.
— Marizinha!— o Bh entra e se joga no sofá

— oi Bruno, como vai? Claro, pode entrar sim!— falo ironicamente e ele revira os olhos

— vai se arrumar que a gente vai sair!

— que sair que nada, tá louco? Vou ler esses livros aí do seu lado e depois assistir Dark, minha cabeça fica tão confusa que eu preciso dormir!

— vai logo, Mariana! Não tenho o dia todo, veste qualquer coisa aí e bora

— eu to pensando seriamente em te expulsar daqui!— ele me dá língua— pra onde, Bruno!?

— você vai gostar...

— odeio surpresa!

— mentira! Eu sei que você gosta, o Rodrigo me disse— ao ouvir aquele nome vou pro meu quarto sem falar mais nada. Tomo um banho rápido e coloco uma roupa confortável mas bonita. Escovo meu cabelo e passo um blush no rosto antes de voltar pra sala com a minha bolsa

— vamo antes que eu desista!— ele pula do sofá e abre a porta pra mim

— primeiro as damas!

— quem vê pensa que você presta, Bruno!

— você vai me agradecer em algumas horas!— penso em tentar arrancar algo mas o que ele tinha de fofoqueiro, ele também tinha de bom em guardar os segredos que lhe interessavam.
Ele liga o rádio e começa a cantarolar até que o celular toca. Ele fala da forma mais neutra que ele podia e eu me perguntava o que ele tava armando.
Ele chega na casa do Gabriel

— o que você tá aprontando, Bruno?

— ele tá no quarto da direita!— arregalo os olhos

— quem? Bruno, o que você tá fazendo?

— ele pediu pra você vim, é urgente!— como assim ele precisava de mim? Corro até o andar de cima e entro no quarto indicado

— o que aconteceu?— ele estava de costas e encarava a janela

— eu que te pergunto, pedir pra eles armarem isso só pra me ver?

— que? Eu não fiz isso

— aproveitem! Volto em 2 horas— o Gabriel grita do lado de fora e escuto a porta ser trancada, olho pro Rodrigo que bate na porta furiosamente e grita pros meninos abrirem a mesma

— eles não vão voltar e você vai machucar a mão...— me aproximo dele e seguro seu braço, ele relaxa ao meu toque mas logo desvia e vai pro outro lado do quarto

— vamo fazer isso logo!— olho pra ele sentindo um frio na barriga— eles só vão sossegar enquanto eu não te ouvir... então vá em frente!— tento pensar no que eu falaria, pensei em todas as palavras tantas vezes e agora tudo havia sumido. Me ajoelho na frente dele pra forçá- lo a manter contato visual antes de começar.

— lembra o homem casado que eu me relacionei?— ele me olha confuso, é óbvio que ele sabe— ele é o Everton, eu sei que você vai ficar chateado. Que você vai achar estranho e vai ficar com raiva de mim, mas também sei que você tá coberto de razão. Eu também sei que demorei a te contar, mas eu tinha medo desse olhar que você tá me dando depois de tudo... eu mereço, mas não é por isso que dói menos.

— porque você tinha que foder tudo, girassol?— mordo meu lábio tentando controlar as lágrimas que teimavam em cair dos meus olhos

— eu amo você, zagueiro.... por Deus, como eu amo. Eu sinto a sua falta....

— de todas as pessoas tinha que ser logo com o meu melhor amigo? Eu não posso...

— não? porque não é o que o seus olhos me dizem agora!— me aproximo dele e percebo ele soltando o ar— ainda sou eu, o seu girassol. Eu to aqui, eu sou sua... eu só preciso de uma chance— tiro os fios que caiam na testa dele antes de descer minha mão pela lateral do seu rosto. A respiração dele estava acelerada e não muito diferente da minha, seguro o queixo dele e colo nossos lábios. Meu corpo agradece por sentir o gosto daqueles lábios novamente, as mãos dele pousam na minha cintura e a apertão com força. O beijo era o mesmo e o amor também, era o meu zagueiro que estava ali na minha frente.

— mari...— ele se afasta de mim— me desculpa pelo que eu falei hoje... mas tudo mudou!

— mas não precisa mudar! Você me ama e eu também te amo, com o tempo a gente pode lidar com isso— ele balança a cabeça em negação e meu peito aperta— não desista de nós dois, Rodrigo! Eu não sei mais viver sem você, eu te dou todo tempo do mundo mas não me deixa...

— eu não acho que consigo lidar... primeiro a Tayane me trai, eu juro não confiar em mais ninguém até que você aparece. Você virou o meu tudo, Mariana!— ele levanta da cama e se afasta— mas aí você traiu a minha confiança... eu não quero mais

— eu posso esperar, Rodrigo! Eu já fiz tudo que eu podia, mas se você precisa de tempo eu te dou....

— tempo não vai mudar minha decisão!— tento argumentar mas ele estava irredutível.
Começo a ficar desesperada, tento pensar em qualquer coisa que pudesse fazer ele mudar de ideia mas nada vinha a minha cabeça. Eu não acreditava que iria perder ele assim, me culpo por não ter contado antes, por ter me envolvido com o Everton.... sento no chão e fico ali sem rumo. Me esforçando pros meus soluços permanecerem baixinhos, fingindo que ele não podia escutar de onde estava.
Depois de algum tempo os meninos voltam e abrem a porta, o homem que eu amo sai como um foguete e os meus amigos sentam ao meu lado. Eles tentam me confortar ao ver o meu estado...

Eu não conseguia falar nada mas também não precisava, eles já sabiam que não tinha dado certo!

HapinessWhere stories live. Discover now