Hapiness

Capitulo 19

Acordo no dia seguinte e sorriu ao sentir o cheiro dele, dormimos de conchinha e eu não podia ficar mais feliz.
Eu não tinha isso com o Everton, dormir e acordar juntos, pode sair pra qualquer lugar, demonstrar carinho em público... e é como diz minha amiga Marilia Mendonça: Amante não tem lar, amante nunca vai casar. E o preço que eu pago é nunca ser amada de verdade....

Essa era a vida que eu tinha e eu aqui, com o Rodrigo, ele me faz sentir com se eu pudesse ser amada. O jeito que ele me olha e me trata me fazem dar graças a deus por ter dado um fim em tudo com o Everton e por não ter me negado a estar aqui com o meu zagueiro.
— achei que fosse virar pra me dar bom dia, girassol!— viro pra ele ao ouvir aquela voz rouca no meu ouvido e abraço sua cintura.

— bom dia, Rodrigo! Dormiu bem?

— maravilhosamente bem, tinha uma princesa do meu lado!— tento controlar o sorriso que brota nos meus lábios. Eu estou muito rendida por esse homem!

— mais você é muito fofo, cara! Não dá— falo levemente indignada e ele solta uma risada

— você não viu nada, girassol!— aproximo ainda mais meu corpo do dele, se é que isso era possível e ficamos em silêncio por algum tempo— eu juro que queria ficar aqui, mas tenho que concentrar pro jogo.

— Bom dia, meu filho!— a mãe do Rodrigo entra no quarto e sinto meu rosto esquentar— eita, eu não sabia que você tava... Mariana?

— oi, dona Edlene! Como vai?— com certeza essa não é a forma como eu queria rever a minha futura... a mãe do Rodrigo

— bem, mas não melhor que vocês dois!— ela sorri de lado e meus olhos arregalam o que faz o Rodrigo gargalhar, o sangue do meu corpo se dirige pro meu rosto e eu só procuro um buraco pra enfiá-lo

— não me disse que vinha...— o Rodrigo tira o foco de nós dois e faço uma anotação mental de agradecer por isso depois

— vim assistir você voltando a jogar! Bom, eu vou ajeitar um café da manhã pra gente...— ela sai e fecha a porta— finjam que eu não estou aqui!

— ai meu deus!— cubro meu rosto com as mãos e o Rodrigo as tira delicadamente

— não é como se ninguém soubesse que a gente transa, girassol!

— mas ela é sua mãe, Rodrigo! Aliás, vamo levantar logo... se não ela vai pensar besteira.

— vai tomar banho comigo?

— naaao! Sua mãe tá em casa, se controla— ele faz um biquinho e selo nossos lábios — desmancha o biquinho e adianta, Rod! O Mister detesta atraso em dia de jogo— ele levanta e vai tomar banho.

Pego minha farda e tudo que precisaria e assim que ele sai entro no banheiro, tento ser rápida. Me arrumo e volto pro quarto, o Rodrigo não está mais ali, pego minhas bolsas e vou em direção à sala mas paro ao ouvir meu nome.
— eu te disse, filho!— o que ela disse pra ele? Meu deus, to escutando a conversa deles! Que errado

— como sempre tava certa e ainda bem que eu te ouvi— a voz grossa se faz presente e eu só queria que eles fossem mais claros!

— eu disse pra você colar nela... quem sabe o que é ser machucado não machuca, Rodrigo! Ainda bem que eu fiz ela vim te ajudar todo dia... pode me agradecer— ele gargalha enquanto eu absorvo tudo aquilo bastante surpresa

— eu SABIA que tinha sido tudo de caso pensado, Dona Edlene! Mas vou ter que agradecer mesmo, viu!? A Mari é incrível...

— meu filho tá apaixonado...— eles falam alguma coisa baixo e não consigo entender, espero um pouco e ela volta a falar alto— vamo parar que jaja ela parece!— oh Dona Edlene, se soubesse que eu to aqui toda encolhida no corredor pra ouvir a conversa de vocês. Aliás, que minha mãe nunca saiba que eu fiz isso.