Capitulo 20

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— vamo Dona Edlene, vai ser divertido!— tento mais uma vez convencer a mulher a ir jantar com a gente

— eu realmente vou deixar vocês irem sozinhos dessa vez... aproveitem!— ela me abraça e vai abraçar o filho mas percebo que eles cochicham alguma coisa antes de se soltarem.

— pera um pouquinho, Mari!— ele corre em direção ao quarto

— aproveita, norinha!— mordo o lábio pra controlar o riso e observo a mulher sumir no corredor. O Rodrigo não demora muito pra voltar mas quando o faz percebo que ele está com uma mochila nas costas

— Dona Edlene me expulsou de casa, será que eu poderia dormir na sua? Não me importo de dormir na sua cama, agarradinho em você... não sou exigente— ele fala assim que passamos pela porta e solto uma risada

— eu durmo do lado direito, sempre!

— aqui você dormiu no esquerdo

— porque aqui a casa é sua... mas na minha eu só durmo no direito

— sabe que era só você ter dito e você ia dormir no direito, né?

— você ia me achar doida, Rodrigo... tinha que te conquistar antes— ele se apoia no capô do carro me prendendo entre os braços dele

— primeiro que eu já te acho doida— dou um tapa no braço dele que ri antes de me beijar— segundo, então quer dizer que você já me conquistou?

— e não?— levanto a sobrancelha e ele aproxima nossos rostos, minhas pernas me traem e me forçam a me apoiar no carro

— eu já disse que amo isso?

— o que? O jeito como minhas pernas me traem quando você tá perto?

— saber que eu tenho sobre você o mesmo efeito que você tem sobre mim— solto um suspiro surpreso e ele sorri— a gente tem que ir né?

— o jantar!— lembro que tínhamos horário marcado e me desvencilho dos braços dele antes de entrar no carro

Ao chegar no Paris 6 ele me diz pra fazer os pedidos e eu escolho uma lasanha com molho branco e de sobremesa um pétit gateau.
— Traz um vinho também!— o Rodrigo faz o pedido

— alguma preferência?

— me surpreenda!— o zagueiro diz por fim e vejo o sorriso do garçom

— você sabe que essa é a deixa pra ele trazer um vinho mais caro do restaurante, né?

— uma vez só... não vou morrer!

— hahaha, você fala como se fosse pagar a conta

— e eu vou!

— não vai não! Eu vou pagar, Rodrigo

— eu que te chamei...

— mentira, fui eu

— eu disse que queria sair pra jantar com você no dia que fomos pra casa do Everton— ele levanta a sobrancelha em sinal de desafio

— mas quem te chamou e ainda escolheu o restaurante fui eu, fim da discussão!— ele sorri e balança a cabeça

— me conte mais sobre você, girassol! Você é do Rio?

— minha família é de São Paulo, mas vim pra cá bem pequenininha. Eles voltaram pra São José e eu fiquei aqui fazendo faculdade e logo depois tive a oportunidade de trabalhar no Flamengo.

— tem irmãos?

— uma irmã, a Malu!

— eles vem te visitar com frequência?— ele pergunta como quem não quer nada e eu observo sua reação antes de responder

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