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 Desculpem minha ausência? 
Mas eu estava com um bloqueio horrível , ajudando a minha namorada que está em crises e tento se mata....  desculpa

Espero que gostem e boa leitura♡
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  Marichello narrando

Não é possível!!! Eu não posso ter escutado isso! Aquela garota. Ela... e-ela tem p. ênis! Não posso acreditar que suportei tudo isso pra ter criado uma aberração!! Todos esses anos! Toda essa farsa de família perfeita!!

Entrei em meu quarto furiosa, e joguei tudo o que está em cima do criado mudo para o chão! Bati o punho com força contra a parede e senti as lágrimas caírem sem parar!

Minha vida tem sido uma grande merda todos esses dezoitos anos. A depressão que eu tive e tudo o que me aconteceu foi tão horrível, tão traumatizante. A grande responsabilidade e culpa é do Enrique!

Eu tinha que agir de alguma maneira, e fiz o que tinha que ser feito! Não importa quantas lágrimas tiveram que ser derramadas, porque eu tenho certeza que derramei muito mais!

Não me comove saber de sofrimento algum, porque ninguém é prova de uma vida sem felicidade, quanto a minha!

Só lhes dei a sentença que mereciam por terem me feito de idiota!!! – sequei o rosto, em seguida soltei um longo suspiro – Mas não importa o que aconteça, Enrique nunca saberá de nada! Esse é seu castigo!

- O quê tá havendo Marichello? De quem estava falando? – escutei a voz de Enrique atrás de mi

- Não era ninguém! Me deixe só! – falei ríspida.

- Eu sei que não te agradou em nada a condição da Ana, mas ela é nossa filha, com ou sem p. ênis. – revirei os olhos.

- Pare de encher a minha paciência com essas baboseiras! Não quero voltar a ouvir que Dinah é diferente! Com toda a certeza esse filho não é dela!! – o olhei, ele me encarou como se estivesse decepcionado!

- Sinto muito Marichello, mas sim, Dinah é intersexual – fechei os olhos com força. - ela namora uma garota incrível que vai nos dar um neto agora. Chega de ódio e ressentimentos. – senti ele querer tocar meu ombro e me afastei.

- Muito fácil pra você dizer isso!! – eu já sentia o rosto quente pelas lágrimas. – Não passou por metade do que eu já passei, e tudo por sua culpa!! Suaaa!! – ele suspirou como quem está cansado de lutar. Cínico!!!

- Tudo podia ter sido diferente, se você tivesse sido uma mãe e uma esposa amorosa. Não isso aí! Essa capa de bronze que te impossibilita de sentir e compartilhar, qualquer tipo de amor, seja de mãe ou de mulher. Você é seca Marichello!!!

Enrique mordeu a mandíbula com força, depois de colocar a mão sobre o lado do rosto onde lhe dei um tapa. Seus olhos faiscavam raiva e decepção. Ele ergueu a mão para devolver, eu fechei os olhos, mas não cheguei a sentir o tapa.

- Não faça isso pai! – vi Dinah segurar o braço dele.

Enrique a olhou e logo seu olhar de raiva foi suavizando, ele abaixou o braço e coçou a nuca.

- jane eu não queria... eu... eu só... perdi a cabeça.

- O quê tá havendo? Por que toda essa gritaria? – perguntou Dinah.

É inevitável, não consigo ficar muito tempo perto dessa garota. Eu não consegui amá-la como devia! Saí rápido daquele quarto ouvindo os chamados de Dinah.

Será que ela desconfia ou sabe da verdade? Será? Mas como? Ela acreditou em tudo o que lhes disseram naquela época! A não ser que... Droga!! Preciso encontrar a Kendal. Antes que a desgraçada a encontre! Ela não vai saber nunca a verdade! Nunca!!

Passei pela sala e peguei minha bolsa e as chaves do carro, espero ainda encontrar Kendal por lá!! Ela não pode abrir a boca, já se passaram tanto tempo. Por que ela faria algo agora?!

Fui correndo até a garagem, apertei o botão para que o portão abrisse e entrei no carro. Depois de sair fechei o portão e arrastei com tudo, rumo ao lugar onde me traz lembranças nada boas.

 Dinah  narrando

Depois que Marichello teve aquela reação, que eu já esperava que tivesse. Ela subiu para o quarto, ouvimos barulho de coisas quebrando e papai foi logo em seguida, eu sentei no sofá soltando um longo suspiro, enquanto esfrego as mãos no rosto.

Minutos depois

comecei a ouvir as vozes alteradas, resolvi subir e assim que entro onde estão, vejo meu pai levantar a mão pra bater na mulher que apesar de tudo, não deixa de ser minha mãe. E não deixei que ele a agredisse.

Ele me olhou como quem estava arrependido do que pretendia fazer, e acredito no meu pai. Perguntei o que se passava ali, mas nenhum dos dois me respondeu, Marichello saiu apressada, e senti as mãos de papai me puxarem para um abraço. Fiquei com a cabeça apoiada em seu peito.

- Obrigado filha, obrigado por ter chego a tempo. Eu com certeza me arrependeria depois.

- Por que estavam discutindo? – ele moveu a cabeça em sentido negativo. Ali eu soube que papai não me falaria nada.

- Esqueça isso! Não tem a menor importância! – eu ia falar algo, mas ele me interrompeu - chega Ana! Você não precisa ficar remoendo essas coisas que te fazem mal. – beijou meus cabelos e suspirei.

- Eu te amo meu velho. – falei o apertando no abraço.

- Também te amo minha princesa, mas não gostei do velho. – escutei seu riso baixinho.

- Espero que estejam com fome, porque preparei huevos rancheiros.

Disse Tali assim que apareceu ali na sala, mordi os lábios só de imaginar.

- Sim, é exatamente da maneira que está pensando, à base de ovos, acompanhada de carne, feijão encarnado e chilaquiles, pedaços de tortilha fritos. Já preparei seu suco e café nespresso. – completou.

- Ai Tali você não existe! – corri até ela e a enchi de beijos.

- Tudo isso só porque fiz sua comida preferida? – sorriu, e me beijou o topo da cabeça.

- Não, mas também porque você é umas das pessoas mais importantes da minha vida, incluindo meu pai, a normani e agora o nosso filho

- Meu Deus! Minha menina será mamãe? – me olhou surpresa e eu afirmei. – nem posso acreditar.

- Pois é Tali, a mulher da minha vida vai ter um filho meu! – falei boba.

- Ok, ok! Vamos comer ou ficar paparicando o MEU neto, que nem se quer nasceu ainda? – disse meu pai com uma pontinha de ciúme.

- Ah sim senhor Enrique, mas não se esqueça que ele também será meu neto. – Tali respondeu, mostrando uma falsa irritação.

- Hey! Meu filho nem nasceu e vocês já brigam por ele! – peguei no braço de cada um e fomos em direção a cozinha.

* Tali nos serviu e logo sentou pra comer conosco também. Gemo e fecho os olhos em satisfação quando começo a mastigar a comida.

- Você e a normani vão contar da gravidez para o pai dela quando filha? – quis saber meu pai, abri os olhos para olhá-lo.

- O mais rápido possível pai, provavelmente ele vá pirar, mas não tô nem aí pra isso. Se ele expulsar a normani de casa, me mudo pro meu apê com ela.

- Calma, vamos por partes ok? Primeiro dêem a notícia e depois vemos como tudo vai ficar.
- Tudo bem. – suspirei voltando a comer.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸•  I̶M̶P̶O̶S̶S̶I̶V̶E̶L̶ R̶E̶S̶I̶S̶T̶ GipHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin