Capítulo catorze

786 70 10
                                    

A história está sendo corrigida por alguns problemas de continuidade e furos no roteiro, relevem se do nada aparecer o reposte de algum capítulo já postado. Normalmente eu só tenho tempo pra escrever de noite, então desculpe a má correção.

Aproveitem o capítulo

Keith tinha um beijo forte e um pouco violento, diferente de como McClain lembrava não que lembrasse muito.

O toque dos lábios era molhado, desastrado e sóbrio (Sóbrio!), não havia música para abafar o barulho dos dentes se batendo e dos risos soprados que soltavam, desesperadas por mais contato, e o que faziam ao derrubar coisas por onde passavam, sem ligar.

Lance não se abalou com a força do aperto na cintura e nem em como os dedos se afundaram na sua pele escura, apenas resmungou quando os quadris se chocaram, imprudentes, e foi empurrado contra a parede dura de onde morava atualmente.

Sozinho.

Céus, Lance nunca comemorou viver sozinho.

Não até aquele momento.

A porta da entrada do apartamento bateu por causa do vento e se trancou, mas eles já não estavam perto dela para ouvir, e Lance estava distraído demais para se importar. Ele afastou o rosto do alheio, o maxilar doía, outro resmungo saiu quando mordidas leves foram deixadas em seu pescoço e chegavam na gola do seu uniforme, as mãos quentes desabotoando sua calça com agilidade e pressa, quase como se esperasse que Lance fosse fugir daquele momento.

Lance malditamente não lembrava o porquê de não trocar de roupa.

Mas também não se importava.

Os pulsos se ergueram, meio segundo, e pousaram nos ombros de Keith..

Os olhos de ambos brilharam, no escuro, e notou que Keith estava o observando com atenção, decorando cada simples mudança de expressão que o cubano demonstrava, os lábios vermelhos brilhavam com a luz amarelada que vinha da janela. Havia desejo nas irises de Keith, junto de outro sentimento que Lance não conhecia, mas temia.

Lance se encontrava com medo do que aconteceria caso se deixasse levar completamente, seria derrubado ou a onda o levaria até a terra? Sua curiosidade era mais forte, os sentimentos que tinha o sufocariam se lembrasse de todos os seus problemas e inseguranças. Não. Lance sempre estragava tudo, tudo.

O cubano balançou a cabeça, a visão embaçada conforme a figura de Keith se distanciava dele com uma expressão preocupada, ouvia um sussurro "Está se sentindo mal?" e não abria a boca para o responder, pois sabia que não conseguiria.

O sabor de Keith ainda estava em seus lábios, as mãos tocando todo seu corpo, testando cada reação. Sua garganta ardeu e apoiou a mão na testa.

Lance acordou com a destra na cabeça e um aperto no peito, tudo girava ao seu redor quando encarou o teto branco do quarto que dormia, os olhos coçaram quando um bocejo escapou entre os lábios ressecados, o corpo dolorido por levantar caixas e bandejas de um lado para o outro sem parar.

Tinha trabalhado na cafeteria no dia anterior, até próximo da meia-noite, não fazia o menor sentido que se sentisse embriagado.

Nico claramente estava consigo no trabalho, ao seu lado durante a apresentação de Keith e até mesmo o ofereceu uma carona para casa no final da noite — quando teve fracasso ao flertar com o atendente do caixa —, já que o primo ia buscá-lo. No entanto, por mais que fosse uma boa forma de conhecer um dos primos de Nico, não, Lance não voltou com ele. Pensou que ao aceitar a garona iria perder suas chances de falar com Keith.

𝘉𝘦𝘤𝘢𝘶𝘴𝘦 𝘐 𝘩𝘢𝘥 𝘶 - 𝘒𝘭𝘢𝘯𝘤𝘦Where stories live. Discover now