Cap.38

1.9K 119 2
                                    

Pov's Mirella.

Hoje é sábado.

Resolvi me arrumar, para o tal almoço com o meu "pai", do meu próprio jeito, não iria mudar meu estilo só por quê iria me encontrar com ele.

Ou seja, vesti um short jeans preto desfiado com um crooped tomara que caia também preto. Coloco meu cardigan cinza que ia até minha coxas e calço meu allstar branco de cano longo.
Deixei meu cabelo solto, hoje meus cachos estavam bem definidos. Coloco um brinco de argola e faço uma maquiagem leve.

Estou pronta.

Chamo um Uber colocando o endereço que o Humberto me falou.

Deu o olho da minha cara o preço, mas vou relevar.

Saio do morro e assim que acho o carro entro no mesmo cumprimentando o motorista.

Assim que ele dá partida eu mando, como sempre, minha localização para quase todos meus contatos. Sim, sou paranóica em relação a sequestro em transportes por aplicativos.

[...]

Toco a campanhia daquela enorme casa e espero enquanto ouço o som se espalhar por todo o cômodo do lugar indicando que alguém havia chegado.

Não demorou muito e uma mulher, bem nova por sinal, com um sorriso maior que o rosto, abre a porta.

Xxxxx: Olá, você deve ser a Mirella, sim? - ela me encara de um jeito que eu até acharia assustador se estivesse no escuro.

Mirella: Sou eu. - dou um sorriso fraco.

Xxxxx: Sou a Jane, esposa do Humberto. - ela dá espaço para eu entrar.

Peço licença e adentro o lugar olhando para todos os lados. Tudo parecia ter feito por perfeccionistas profissionais, sério, nada parecia torto ou desregular, eu podia ver meu reflexo no chão. A casa era bem iluminada por causa das imensas janelas com cortinas finas que iam até o chão, todos os móveis eram de tons brancos, pretos ou cinzas.

Jane: Lindo aqui, né? - olho rapidamente para ela e assinto. - Meu marido, como um ótimo arquiteto, planejou tudo, e eu decorei. - fala orgulhosa.

Mirella: Ótimo trabalho de vocês. - elogio.

Jane: Obrigada. Ah, o almoço será na sala de jantar, vamos? - assinto a seguindo.

O barulho de seus saltos ecoava por essa casa enorme.

Quem anda de saltos dentro de casa?

Passamos por outros lugares até chegar a um cômodo amplo com uma mesa de jantar inteira de vidro e um enorme lustre de cristal no topo. E lá estava o meu doador de espermas, que assim que me viu abriu um sorriso e se aproximou.

Humberto: Você chegou! Seja bem vinda. - ele abraça sua mulher de lado. - Como você está?

Mirella: Bem.

Só eu que estou achando esses dois forçados?

Humberto: Que bom que aceitou almoçar conosco, queremos te conhecer mais. - ele aponta para uma cadeira me indicando para sentar, e foi o que eu fiz.

Jane: Como foi para você, Mirella, saber que tinha um pai? - pergunta após todos estarem sentados.

Mirella: Bom, tecnicamente eu já sabia, né. Minha mãe não me fez com o dedo. - dou um risinho e eles apenas forçam um sorriso. - Mas foi bem, perturbador.

Jane: Por quê?

Mirella: Me acostumei a não ter um pai. E minha mãe escondendo isso de mim e depois me revelando de um jeito absurdo, foi meio impactante. - digo.

Meu RecomeçarWhere stories live. Discover now