Cap.16

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Pov's Rafael

Que porra, caralho!

Jogo tudo em que estava em minha mesa no chão me irritando.
O Muralha aparece rapidamente me olhando sem entender nada.

Muralha: Qual foi cuzão? - me encara cruzando os braços.

Rafael: Qual foi a maior cagada que tu fez? - ele pensa.

Muralha: Aquela vez que a Giovana inventou de fazer feijoada, porra revirou tudo aqui dentro mano. - faço uma careta.

Rafael: Não tô falando dessa cagada, idiota. - me sento bufando. - Porra, tu é burro viu.

Muralha: O que tu aprontou viado? - se senta em uma cadeira em minha frente. - Tá acordado dês de ontem que eu sei.

Rafael: Porra, quase transei com a Mirella. - arregala os olhos.

Muralha: Tua protegida? - assinto. - Que merda moleque, tu não disse que não ia mais pegar ela?

Rafael: Eu tava chapado, e também maluco da cabeça. - chuto a mesa com raiva. - Como que eu vou olhar pra cara dela agora pô, ela deve tá pensado merda.

Muralha: Primeiro tu tem que mandar a real, sei que tu não quis só transar com ela por causa do pó. - me olha desconfiado.

Rafael: Sei lá, tô confuso.- digo fazendo uma carrerinha em cima da mesa.

Muralha: Tá, Mirella é gostosa pra caralho, pode ser esse o motivo?

Rafael: Provavelmente.

Muralha: Ou tu tá gostando dela?

Rafael: Capaz. - nego. - Até hoje nunca senti nada relacionado a sentimentos por ela.

Eu acho.

Muralha: Sei. - me observa. - Vem cá, ela não vai desencalhar não? Lembro que antes até em cima de mim ela já deu.

Rafael: Rapaz, antes ela tava na lista das mais putas daqui. Mas depois daquele b.o que aconteceu lá, nem sei viu, mas tipo, ela saiu com meu primo um dia desses.

Muralha: O riquinho do asfalto? - assinto. - Não vou com a cara dele.

Rafael: É gente boa o parceiro. - coço o nariz sentindo meu corpo entrando em êxtase. - Mano, pede pros moleques lá ir cobrar o pessoal, os que tiverem devendo por muito tempo e não quiserem pagar pode descer o ferro. - aviso fechando os olhos.

Muralha: Pode crê, cuida aí viu, e vai falar com a nêga. - faço um sinal dos malocas e ele sai.

Fico aproveitando a brisa até um certo tempo, ouço baterem na porta da salinha e eu mando entrar ainda sem sair do lugar.

Mirella: Rafa. - ouço sua voz e me ajeito na cadeira.

Cacete.

Rafael: Qual foi Mi, entra aí. - pigarreio limpando a mesa com um resto de pó, ela se senta na cadeira que o Muralha estava sentado antes.

Mirella: Tá chapado?

Rafael: Tô suave.

Mirella: A gente pode conversar?

Rafael: Manda o papo. - digo.

Mirella: O que aconteceu ontem, não era para ter acontecido, né?

Rafael: Pode acreditar que não, vacilei com tu.

Mirella: Tu também não tem total culpa, eu me deixei levar pela bebida e pelo... - ela para de falar e eu levanto uma sobrancelha esperando. - Desejo.

Meu RecomeçarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora