Capítulo Um: Uma Proposta Sincera?

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NOTA: Devido a dor em meu ombro, os capítulos, por hora, serão postados apenas aos domingos, enquanto eu faço o descanso que o médico me pediu. Espero que compreendam.

Boa Leitura!

05/11


Era um dia ensolarado e bonito lá fora, o que era estranho, já que estávamos em novembro e deveria estar muito frio lá fora agora, mas não estava, embora ventasse um pouco, o que fazia os cabelos longos de Elizabeth voarem enquanto ela entrava no carro, o clima parecia ameno, como um fresco dia de primavera. Talvez fosse por conta do aquecimento global, creio.

Pegamos a estrada para irmos para Pemberley House. Estava cedo e o sol continuava a brilhar enquanto saíamos da cidade, Elizabeth usava um vestido bonito verde que eu gostava e tinha deixado seus cabelos longos soltos, agora eles voavam a favor do vento como uma bandeira por conta da janela com vidros cerrados. O som de sua risada preenchia a atmosfera do carro, mais bonita que qualquer melodia e, inesperadamente me fazendo rir junto.

Continuamos assim, eu sentia uma alegria enorme no meu peito, ameaçando estourá-lo, parecia que tudo estava finalmente perfeito, que nada poderia dar errado agora.

O sol continuava a brilhar, o céu quase sem nuvens, azul límpido. Elizabeth ainda ria, jogando sua cabeça para trás, a luz do sol brilhava a sua pele e iluminava os fios de seu cabelo dando a ele um aspecto dourado, como se ela fosse alguma criatura celestial de outro mundo. Toquei em sua mão, meio que para ter certeza de que ela era mesmo real, que ela estava do meu lado e seus dedos enrolaram-se nos meus, tão macios, quentes, me dando a sensação de conforto, paz, pertencimento.

Então viramos na estrada entrando em Lambton e a paisagem subitamente mudou. Não, não fomos banhados com a visão das lindas planícies, sim, elas estavam lá, o que mudou foi o tempo, enquanto continuávamos o trajeto o céu escureceu tão de repente que parecia noite e uma chuva forte começou a cair, inundando tudo e dificultando a minha visão.

A risada de Elizabeth se findou completamente e a alegria deu lugar ao medo e apreensão. Nos víamos no topo do penhasco, na entrada da cidade, eu comecei a diminuir a velocidade conforme íamos nos aproximando da curva, mas não importava o quanto eu tentava desacelerar, o carro continuou mais rápido, mais rápido.

"Fitzwilliam, o que você está fazendo?" exclamou ela parecendo amedrontada. "Diminua! diminua!"

Desesperado eu continuei a pisar no freio.

"Não consigo, não quer funcionar!" gritei exasperado.

"Porque você está fazendo isso comigo?" chorou ela olhando aterrorizada para mim.

"Não é culpa minha, eu não quero fazer isso, me desculpe!" choraminguei, ainda tentando parar o carro, ou diminuir a velocidade.

"Pare, por favor!" implorou ela, entre lágrimas, estávamos tão próximos da curva agora, iriamos bater a qualquer momento.

"Me desculpe! Me desculpe, eu não posso!" disse pisando com força no freio, mas não funcionava, nada funcionava e o carro ganhou ainda mais velocidade.

"O que você está fazendo?" gritou ela desesperada.

"Não sou eu, me desculpe, por favor!" chorei de volta.

"Você vai nos matar!"

"Eu não quero... por favor, me perdoe!"

Então inesperadamente o volante se moveu, fazendo o carro virar bruscamente e o carro bateu com tal violência no guard rail da estrada, que o carro capotou algumas vezes, passando por ela com violência, chuvas de detritos metálicos, de vidro e terra e chuva entraram no carro enquanto éramos sacudidos por varias direções, eu podia ver, em câmera lenta Elizabeth ser jogada contra o painel do carro, quando ela bateu com força a lateral da cabeça e do rosto ficando imediatamente coberta no seu próprio sangue, ouvi seu grito, mas o mais importante eu podia ver o olhar dela, me acusando por tudo.

O Diário de Darcy - Felizes para Sempre?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora