Kimberly: Já estava ficando maluca sem tu. -Beijei tua testa.

Melissa: Mas calma, tudo isso vai acabar hoje, meu amor. Nunca mais aquele escroto vai aparecer aqui, tu vai ver. E nós vamos viver uma vida maravilhosa, eu te prometo. -Abraço ela.

Kimberly: Eu te amo muito, minha irmã, obrigado por tudo de verdade. -Sorri.

Melissa: Eu também te amo, mas vamos logo lá, antes que aquele gado chato chegue. -Pega no meu braço e eu dou risada.

Tranquei a casa, e fomos descendo as ruas.

Fazia mais ou menos duas semanas que não saia nem no quintal, Riquelme me trancou no quarto e me deixou lá, ele disse que eu havia "desobedecido" ele, e por isso iria ficar de "castigo".

Sim, ele é um verdadeiro doente, e me tratava como uma criança. Eu não podia fazer nada, que ele já me batia, me trancava no quarto, e me deixava lá, passando fome. Não sei como, consegui me apaixonar por esse monstro, nojento!

Passamos por aquelas vielas estreitas, e em poucos minutos chegamos no local. Comecei a me tremer, e a suar frio, sim eu estava com muito medo.

Melissa: Você tá bem, mana? -Me olha arqueando as sobrancelha.

Kimberly: Não, não estou nada bem! -Falo a verdade.

Melissa: Ei calma. -Passou a mão no meu rosto. -Tu tá fazendo a coisa certa, não tem por que tu ficar assim, eu prometo que não vou deixar nada de ruim acontecer contigo. -Me abraça.

Kimberly: Estou com um pressentimento tão ruim, não sei, vai que ele volte e faça alguma coisa comigo, com você, irmã eu não tenho mais estrutura pra isso. -Passo a mão no rosto enchendo os olhos de lágrimas.

Melissa: Calma cara, não vai acontecer nada com a gente, e se ele tentar fazer alguma coisa, já vou deixar avisado pros meninos mete a madeirada nele. -Me olha. -Tu tem que agir, mana, você quer ficar vivendo isso até quando? Chega de medo desse homem, chega de relacionamento abusivo, isso tudo tem que acabar hoje, e vai acabar! Vai ficar tudo bem, tu vai ver.

Respirei bem fundo, e realmente ela está certa, não posso mais viver isso, já deu, chega! Não quero mais.

Kimberly: Você tem razão! -Ela sorri. -Vamoa logo antes que eu desista.

A mesma sorriu, pegou na minha mão, demos alguns passos até pararmos em frente à uma espécie de barraco, tinha alguns meninos do lado de fora fumando e conversando. Assim que perceberam nossa presença param a conversa e nós encararam.

XxxX: Coé Melissa, o que tu quer? -Um pivete de meio metro pergunta.

Melissa: Quero fazer uma denúncia, tem como eu falar com o Renatinho? -Explica.

XxxX- Calma ae, vou acionar aqui. -O garoto pega um suposto rádio e fala umas coisas rápida. -Vem, me segue.

O mesmo foi na frente, e nós entramos no barraco seguindo ele, entramos em um corredor que no final tinha uma porta, ele apontou com a cabeça pedindo pra gente entrar.

Melissa bateu duas vezes, e ouvi uma voz grosso dizendo que podia entrar. Ela abriu a porta e nós entramos.

Era uma pequena sala, aonde tinha uma mesa pequena, uma cadeira e um sofá velho. O cheiro de maconha e de cerveja exalava no ambiente.

XxxX- Coé, manda o papo pra mim Melissa, pelo o que eu tô sabendo vocês querem fazer uma denúncia, certo? -Um homem que estava sentando na cadeira fala, ele era bem bonito, cabelo cortado, barba na régua, cheio de tatuagens, era uma gracinha de ver.

RENASCER - MORROWhere stories live. Discover now