Capítulo 10

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Continuação...

Marcos

Fiquei sentado esperando por um tempo até que a recepcionista veio até mim

- O senhor já pode subir. O sogro de Alyssa já está te esperando no andar presidencial é só pegar o elevador e colocar no último andar, entendeu? - ela disse finalmente me encarando.

- e-e acho que sim...- falei me levantando

Fiquei em pé, parado. Não sei o que fazer agora que não é ela quem eu vou ver. Senti meu coração bater bem forte, capaz de sair do peito. O toque suave da jovem moça mim traz de volta a realidade

- Senhor? O senhor está bem? - disse se me encarando de perto

- Ah, oi. Sim... Tô bem sim, obrigado - tentei sorrir enquanto ia em direção ao elevador

Quando cheguei em frente as portas do elevador e apertei o botão, vi ela atrás de mim. Quase ri disso.

- Qual o andar mesmo? - disse enxugando o suor das mãos em um lenço

- O último, vigésimo - disse no mesmo momento que as portas abriram.

- Obrigado de novo senhorita...?

- Amanda Hanks, e qual o seu nome?

- Marcos Almeida. Foi um prazer - ela sorriu e assim se foi

Enquanto o elevador subia meu desespero aumentou, não esperava me encontrar com o sogro dela, mas ainda sim tinha que pensar bem no que dizer para que não estragasse os planos.

Um tempo depois

Eu falei de planos? Esquece. Tudo foi por água abaixo agora.

Eu tinha grandes expectativas para esse dia, mas de todas as coisas ruins que eu consegui pensar que poderia acontecer (e eu pensei em muitas) encontrar o sogro dela chorando com o porta-retrato na mão não era uma delas. Mas o pior de tudo não foi isso, foi saber que talvez eu nem tenha a chance de ouvir a voz da minha filha uma vez sequer. Nem tive tempo pra pensar direito em tudo. Pedi a Paulo que me falasse o nome do hospital e que desse a permissão para que eu pudesse entrar no hospital e fosse vê ela. O infeliz ainda me disse que ficaria feliz em tirar esse peso dele, que ela estava dando trabalho. Claro que eu fui expulso depois de soca-lo.

Assim que José chegou falei o endereço do hospital particular onde ela acabou de ser transferida e fomos rapidamente para lá.

Quando cheguei lá tinha um rapaz com o crachá na mão que veio até mim.

- Olá senhor Almeida me chamo Brian, o senhor Soares informou que você estava vindo e pediu para que liberassem o seu acesso como familiar para a senhora Alyssa. Visto que as visitas só serão na parte da tarde o senhor só poderá ficar com ela por no máximo 20 minutos- terminou me entregando o crachá

- Ele é útil no final das contas -  sussurrou José

- Obrigado Brian. Qual o andar e o número do quarto dela? - perguntei com pressa colocando o crachá

- Venha comigo por favor

- Vou te esperar aqui Marcos - Falou José sentando

- Ok - disse indo atrás do rapaz

O quarto é frio, completamente branco e escuro. O som dos aparelhos deixa todo o ambiente ainda mais mórbido, e as esperanças de qualquer um vão embora ao olhar para as caras de pena dos enfermeiros (pra completar o clima pesado desse lugar) é como se dissessem: já faz um ano que ela está assim, ela não vai acordar mais. Isso me causa uma dor forte no peito, como se alguém estivesse arrancando meu coração a força com as próprias mãos.

Ela é realmente muito bonita, se parece comigo, mas eu já sabia disso porque José me deu uma foto dela. Ela não tem mais os ferimentos do acidente, mas pelos aparelhos que estão no seu corpo dá para ver que ela não está só dormindo.

Pego em sua mão fria e deixo enfim as lágrimas cair, lágrimas que guardei por muito tempo.

- Eu te achei, agora faça a sua parte minha querida, volte para mim e não se preocupe, agora que estou aqui eu não vou mais te deixar... Eu te amo tanto filha








A tristeza bateu na minha porta😩😟
Como vocês estão depois desse capítulo?
Me digam o que acharam!
Não esqueça de voltar
Beijo beijo!!!

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