Capítulo 1

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Oie:)
Essa história foi feita com muito amor e carinho, espero que você goste:)))

"Tsuki?"-Janet, minha professora de matemática me chamou, parada bem na minha frente.
-Uh?- Respondi, percebendo que estava tendo um devaneio- Você pode repetir?
–Eu perguntei se você estava prestando atenção- Ela respondeu, com um olhar decepcionado no rosto.
-Ah.
-Por favor, vá ao banheiro e lave o rosto- Janet continuou, me entregando o passe do corredor. Peguei e saí da sala de aula.
Não estou cansado ... Estou entediado, e de qualquer jeito já terminei as atividades de hoje, o que me deixa sem nada para fazer em classe. Ainda assim, graças a Deus ela me deixou sair de lá, preciso de um pouco de ar fresco.
-Tsuki! - Ouvi uma voz masculina gritando meu nome.
-Cala a boca idiota, eles vão ouvir você- eu disse, depois de perceber quem era aquele que estava correndo atrás de mim.
-Tudo bem, Janet me deu um passe de corredor também.
Era Milo, meu melhor amigo.
-Qual foi sua desculpa para deixar a aula?- Perguntei, enquanto nós dois caminhávamos em direção à entrada da escola.
-Eu disse a ela que queria fazer xixi.
-E ela deixou você sair por isso?
-Olha, não, mas aí eu ameacei mijar nela se ela não me deixasse ir.
-Ah nossa- Respondi, com um tom irônico e expressão séria.
- Para onde vamos? - Perguntou Milo, entusiasmado.
-Não sei, para ser sincero, só quero ir para casa.
-Esse é o último horário né?
-Sim.
-Vamos pra casa então.
-Tem certeza? A Claire ainda está na aula.
-Ah, sim, pena que ela não veio com a gente, não é?
-Claire é nossa amiga, ela não vai gostar de ser abandonada.
-Hum- Ele respondeu, decepcionado.
Eu me perguntei se deveríamos ou não abandonar a nossa melhor amiga na escola, ela não gostaria, mas ... eu realmente quero ir para casa.
-Que seja- Eu respondi, deixando escapar um pequeno sorriso.
-Sim!- Milo gritou enquanto socava o ar.
-Shh- Eu disse, colocando meu dedo indicador na frente dos meus lábios.
-Ah, desculpa- ele respondeu, olhando para trás para verificar se alguém havia ou não o escutado.
- Você é tão barulhento - Eu disse a ele e depois ri.
Alguns minutos depois e já estávamos na garagem da escola, Milo já tem idade suficiente para dirigir o carro de seus pais, então tudo que tivemos que fazer foi entrar dentro do carro e dirigir para qualquer lugar que quiséssemos ir.
-Você quer ir pra sua casa né? - ele me perguntou.
-Uhum- eu respondi, depois de tirar um dos meus fones de ouvido para poder ouvi-lo melhor.
-E se eu não te deixar na sua casa? - Milo questionou, olhando atentamente para a estrada.
-Parece com algo que um psicopata diria.
-Não é isso que eu quis dizer, eu estou perguntando se você quer comer alguma coisa? Ou ir a algum lugar?
Pensei na pergunta dele por apenas meio segundo, considerando apenas se eu estava ou não com fome.
-Claro- Milo sorriu quando me ouviu responder sua pergunta.
-Onde você quer ir então? - ele perguntou.
-Em qualquer lugar, de verdade - eu respondi, não me importando com onde estávamos indo, desde que eu comesse algo em breve.
-Eu vou te surpreender então- Ele disse, abrindo um grande sorriso logo depois.
Dirigimos por cerca de uma hora e meia, apenas ouvindo as músicas no rádio, até que finalmente chegamos, quando olhei para fora da janela percebi que nós não estávamos mais na cidade.
- Onde a gente tá? - perguntei, ainda confuso sobre o novo local.
-Eu vou te matar aqui- Milo disse, com um sorriso cínico no rosto, porém, ele não conseguiu conter a piada por muito tempo até começar a rir.
-Você é tão idiota- eu disse, saindo do carro e fechando a porta do passageiro.
-Você não ficou com medo? - ele perguntou, parecendo desapontado- Eu achei que você ia se assustar já que mais cedo você me disse que eu parecia um psicopata.
-Não. Onde estamos? - perguntei mais uma vez, ignorando o que havia acabado de acontecer e olhando em volta para ver se encontrava algum restaurante interessante.
-Você vê aquela cafeteria? - Milo perguntou, apontando para algo atrás de mim. Olhei em volta e fiquei surpreso quando meus olhos pousaram em um pequeno e aconchegante Cat Café
-É sério? Eu achei que não tinham nenhum desses na nossa cidade- perguntei, ainda surpreso.
-E não tem, estamos fora da cidade- Disse Milo, com um grande sorriso no rosto. Eu apenas revirei os olhos e comecei a caminhar na direção de um dos lugares mais aconchegantes ​​que já vi. Milo estava atrás de mim, me seguindo até o local.
Quando entramos, uma senhora idosa com voz calma veio falar conosco.
-Olá rapazes- A senhora disse, sorrindo- Por quanto tempo vocês dois vão ficar?
-Ah ... - Milo começou a responder, ficando um pouco nervoso- Posso ver o cardápio, por favor? - ele finalmente respondeu, dando à mulher um grande sorriso depois.
-Claro- ela disse, caminhando até a bancada e trazendo uma cópia do cardápio de papel- Aqui está querido- Ela disse, entregando o mesmo a Milo.
Ele começou a encarar o cardápio, ficando um pouco frustrado por não conseguir escolher entre um dos horários.
-Tsuki? Você pode me ajudar a escolher um? - ele me perguntou, com olhos de cachorrinho.
-Quanto tempo?
-Sim... Ficamos por uma hora ou o que?
Antes de responder, peguei o cardápio das mãos dele e considerei qual das opções sairia mais em conta.
-Uma hora, podemos comprar por dez dólares mais barato se comprarmos como casal - respondi, apontando para uma das opções no cardápio.
-Como um casal? - Ele gritou, corando enquanto parecia enlouquecer.
-Sim, olha, só vinte dólares com bebida e tudo.
-Mas... mas nós não somos ... você sabe ...?
-Cara, é literalmente um desconto, você realmente não vai aceitar?
-... ah, foi isso que você quis dizer- respondeu Milo, o rubor nas bochechas desaparecendo lentamente.
- Você é idiota- Eu disse, caminhando até a velha senhora, depois de alguns segundos voltei para chamar Milo.
-Vamos entrar.
-Ela não achou nada estranho? - ele perguntou, escondendo o rosto da tal mulher.
-Como assim?
- É que tipo, pessoas mais velhas geralmente não... gostam...de pessoas... gays...?
-Ah, é, você não precisa se preocupar com isso.
-Por que? - ele perguntou confuso.
-Ela sabe que somos hétero.
-Huh?
- A propósito, seu nome é Milly a partir de agora -Continuei, e então esperei até que ele percebesse o que eu queria dizer com aquilo.
-Espera, você disse a ela que eu sou uma garota? -ele gritou.
-Cale a boca bobão, ela vai ouvir você...e talvez eu tenha dito a ela que você é uma menina.
Milo cruzou os braços e revirou os olhos enquanto entramos na cafeteria. O lado de dentro era tão confortável quanto parecia ser do lado de fora, haviam cobertores por toda parte e um aquecedor no teto, não estava tão frio naquele dia, então tirei meu moletom.
-Olha que coisinha linda!- disse Milo, já sentado em um dos travesseiros no chão enquanto acariciava a cabeça de um dos gatos.
Normalmente sou uma pessoa séria, mas ver tantos bichinhos adoráveis ​​em um espaço tão pequeno tirou um sorriso do meu rosto.
-Olha esse! - Milo exclamou, apontando para um gato preto embaixo do sofá- Eles não dizem que encontrar um gato preto dá sorte?
-Tenho quase certeza que é o contrário- eu disse, indo em  direção a Milo em uma tentativa de encontrar o tal gato- Além disso, como você o encontrou lá?
- Eu não sei, meu olhar voou exatamente para onde ele estava - ele respondeu, sorrindo para o gato, que se aproximou de Milo, logo em seguida se sentando em seu colo.
-A promoção de casal diz que a gente pode escolher qualquer bebida pelo mesmo preço, uma pra cada, o que você quer? - perguntei a Milo, enquanto olhava para o cardápio na parede.
-Eu só quero um café normal- ele respondeu, acariciando as costas do gato preto sem prestar atenção no que eu estava dizendo.
-Tem um monte de bebida chique aqui, você tem certeza que quer só um café?
-Uhum- ele respondeu.
-Ok- eu disse, e então comecei a pensar no que eu poderia pedir, uma das opções era uma xícara de chocolate quente com um biscoito em formato de gato por cima, parecia bem bonito no menu, então foi o que eu decidi pedir para mim.
-Vou fazer o pedido com a mulher então - falei para Milo enquanto me levantei para ir até a recepção.
Quando cheguei até ela expliquei o que queria pedir e em alguns minutos as duas bebidas estavam prontas e entregues a mim.
-Obrigado- eu disse, esboçando um sorriso.
-De nada- ela respondeu.
Quando voltei para onde Milo estava, percebi que sua expressão mudou de feliz para chocada.
-O que foi? - eu questionei, entregando sua xícara de café.
-Por que o seu é assim? - ele perguntou, apontando para o copo extravagante na minha mão esquerda.
-Porque eu, ao contrário de você, olhei o cardápio- eu respondi, esperando até que ele pegasse sua xícara, que era significativamente menor que a minha. Ele tomou-a de minha mão com um rosto decepcionado. Comecei a rir dele por ser tão descuidado na hora de decidir o que beber.
-Cala a boca, você não deve julgar um livro pela capa, aposto que o meu é muito melhor que o seu- ele disse enquanto botava a língua para fora.
-Talvez, mas você nunca saberá- eu disse depois de tomar um gole da xícara quente.
-Espera, você não vai me deixar experimentar? - Milo perguntou, fazendo uma cara triste.
-Não- respondi, sem me incomodar.
Ele me encarou com um rosto irritado e sentou-se no mesmo travesseiro que estava sentado à alguns minutos atrás, aceitando a derrota e bebendo sua própria xícara de café. Eu também me sentei no chão, às vezes deixando um "hmm" escapar para deixá-lo com inveja da minha bebida, o que pareceu funcionar todas as vezes. O chocolate quente nem era tão bom assim, eu só queria brincar um pouco com ele.
Depois de terminar nossas bebidas, nós dois começamos a brincar com os gatos até que o tempo acabou e tivemos que ir para casa. A dona ainda teve a gentileza de nos deixar ficar por mais meia hora de graça, mas aí nosso tempo acabou outra vez, como tudo na vida. Eu e Milo dividimos a conta e pagamos por ela.
-Volte sempre- A senhora disse, enquanto se despedia de nós.
-Nós vamos -eu respondi, sorrindo para a gentil senhora e depois entrando no carro de Milo.
Sentei no banco do passageiro e coloquei meus fones de ouvido. Ouvir música sempre me faz viajar um pouco, eu nem percebi o tempo passando.
Do lado de fora da janela haviam árvores e o sol estava se pondo,o que fez com que o céu se preenchesse com belos tons de rosa, laranja e azul. Ter essa visão me deixou um pouco sonolento, mesmo eu sendo muito energético na maior parte do tempo. Finalmente chegamos à minha casa e Milo teve que me acordar do meu devaneio.
- Acorda bobão - ele disse, apertando a ponta do meu nariz.
-Não estou dormindo- respondi, soltando o cinto de segurança.
-Claro, claro- Ele continuou, acenando para mim- Tchau.
-Tchau Milo- eu disse de volta, saindo do carro e fechando a porta- Tchau.
Ele lentamente se afastou com seu carro, me deixando sozinho. Foi um bom dia, afinal.
Eu me pergunto o que o dia de amanhã terá para mim.

Fim:))
Esse capítulo acabou ficando bem longo (quase duas mil palavras:O), vou tentar encurtar um pouco nos próximos.
Espero que tenha ficado bom:)
Tchauzinho

Hydrangea MacrophyllaWhere stories live. Discover now