Fico um pouco confuso.

Rafael: É, foda isso. - penso. - Mas pô, não vou mentir que não gostei, como sempre tu sendo a especialista, mas porra...bó seguir igual esses três anos, fechou? - ela assente.

Mirella: É melhor, tu é muito manipulador. - me fingo de ofendido.

Rafael: Não tenho culpa se sou irresistível.

Mirella: Teu sonho. - rimos.

Rafael: Olha, me desculpa mesmo morena. - a olho arrependido.

Mirella: De boas, tá suave. - sorrir fraco. - Olha, tô indo estudar lá com teu primo. - aponta para a mochila do seu lado.

Rafael: Tu quer carona?

Mirella: Não precisa, vou de mototáxi. - ela se levanta. - A amizade tá a mesma, né?

Rafael: Igual.

Mirella: Volto na janta. - ela se aproxima de mim e aperta minha bochecha, faço uma careta dando um tapa em sua mão.

Vejo agora de perto algumas marcas que deixei em seu pescoço, ela tentou esconder com base, mas se chegar bem perto dá para perceber.

Ela se despede e sai, eu volto a ficar brisando e no final resolvo chamar uma puta daqui do morro que é mais rodada que prato de microondas, fazia tudo por dinheiro a vadia.

Não julgo, até gosto.

Minutos depois alguém abre a porta, eu estava de costas, não pude ver que era.

Rafael: Tá atrasada. - me viro fazendo semblante de sério logo em seguida. - Que porra tá fazendo aqui? - me levanto indo até sua direção, aperto seu pescoço a jogando na parede. - Vagabunda do caralho, tava te procurando pelo morro todo, tu tava aonde desgraçada?

Luísa: Oi Rafael. - ela sorrir debochada a aperto mais vendo seu rosto perder a cor, sua mão segura a minha. - Vai matar...a...mãe da sua...amante? - ela tenta rir mas tosse.

A olho com ódio e depois solto seu pescoço vendo ela cair no chão tentando recuperar o fôlego.

Luísa: Foi o que eu pensei. - sua voz sai fraca.

Rafael: Fala logo o que tu quer, e depois... - me abaixo eu sua frente segurando seu rosto fortemente. - Vai pagar por ter colocado fogo na goma da Mirella. - dou um tapa em seu rosto e a Luísa começa a rir ainda com o rosto virado.

Maluca.

Luísa: Seu sexo é assim também? Adoro sexo selvagem. - eu ia bater nela novamente mas a mesma levanta a mão em rendição. - Calma aí, relaxa.

Me afasto voltando a me sentar, ela se levanta com dificuldade e ajeita o minúsculo vestido em que vestia.

Luísa: Eu vim fazer um acordo. - reviro os olhos rindo.

Rafael: Não faço acordos com pessoas como tu, ainda mais quando estão na mira da minha arma. - ela se aproxima e se senta na mesa em minha frente deixando as pernas um pouco entreaberta o que fazia mostrar um pouco da sua calcinha rendada. Ela sorrir quando percebe que olhei, mas logo subo meu olhar para seu rosto. - Manda logo o papo, tu tá perdendo é tempo.

Luísa: Quero trocar uma informação em que tenho, pela minha liberdade novamente aqui no C.D.A.

Rafael: Vai sonhando.

Luísa: Tu tem que aceitar. - se inclina me encarando séria.

Rafael: E por quê eu faria isso?

Luísa: É sobre o pai da Mirella. - a olho confuso. - Tu sabe que ela nunca conheceu ele, né? Inventei pra ela que ele me largou por quê já tem um família e blá, blá, blá. Tudo mentira. - arregalo os olhos. - Ele sempre quis conhecer ela, e sem mim, nem Mirella e nem ele vão saber quem são. - soco a mesa a olhando irado.

Rafael: É o direito dela saber disso. - aponto em seu rosto.

Luísa: Por isso que está em suas mãos, fazer que ela saiba. É só me deixar em paz.

Rafael: Ou podemos fazer de outra maneira. - tiro a arma da minha cintura e atiro em uma parede atrás de nós, logo depois aproximo o cano quente da arma bem perto da sua parte íntima, ela arregala os olhos. - Abre o bico.

Luísa: Vai em frente, deve ser excitante. - ela segura minha mão que segurava a arma me provocando.

Rafael: Vagabunda. - afasto a arma e dessa vez coloco o cano da mesma em sua coxa fazendo ela soltar um gemido de dor. - Fala logo porra.

Luísa: Temos um trato ou não? - ela fala tentado disfarçar a dor.

Rafael: Quer morrer agora ou mais tarde? - ameaço.

Luísa: Levo a informação comigo para o túmulo.

Rafael: Veremos. MURALHA! - o chamo segurando o braço da Luísa e a tirando da mesa. Um dos meus vapores entra na sala. - Cadê o Muralha?

Binho: Foi cobrar os pivetes como tu pediu. - explica.

Rafael: Leva essa louca pra salinha e deixa ela lá, sem comida e sem água. - a empurro para ele que a segura forte.

Luísa: Péssima escolha Rafinha, a Mirella vai ficar péssima ao saber que poderia ter uma oportunidade com o pai, e tu tirou isso dela.

Rafael: Tira ela da minha frente porra! - o Binho a puxa tirando ela da minha sala.

Mas que porra!

Tiro um maço de cigarro do bolso e me jogo no sofá acendendo o mesmo.

Tenho que pensar no que fazer, não quero fuder ainda mais a vida da Mirella.


Meu RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora