━━ 22! i want kill him

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chapter 21!
i want kill him

SUPOSTAMENTE, VICENZO ME poupou de fazer minha apresentação, portanto, naquele exato momento, eu estava por trás das cortinas observando as pessoas que estavam na casa

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SUPOSTAMENTE, VICENZO ME poupou de fazer minha apresentação, portanto, naquele exato momento, eu estava por trás das cortinas observando as pessoas que estavam na casa.

─ Está cheio, né? ─ Fui supreendida com a voz baixa de Maxine, ela estava bem próxima de mim e também observava a movimentação no salão. ─ Fiquei curiosa com aquele negócio.

─ A fascinação do patrão para provar a mercadoria nova. ─ Murmurei com um sorriso de escárnio. Minha mente girava pensando nas inúmeras possibilidades que o italiano estava me dando de bandeja.

─ Bom, quem não quer?! ─ A olho de soslaio como que para confirmar o seu tom, ou até mesmo a minha interpretação maliciosa.

Maxine ainda usava seu roupão, este o qual não tirava toda sua beleza. Ela me encarava mordendo o lábio. A garota era muito atraente, vale ressaltar mais uma vez, além de que não sou comprometida com ninguém por enquanto.

Por enquanto? Garota, provavelmente o Oscar nem irá querer ter algo sério contigo.

─ Não está na hora da sua apresentação? ─ Pergunto-lhe com curiosidade.

─ Oh, não. Fui requisitada mais cedo por um homem em particular, ele pediu que eu fosse ao seu encontro mais tarde para uma dança. Mas... Você não tem algo com o Vicenzo? ─ Bufo e balanço a cabeça. ─ E com o outro cara?

─ Ai, amiga. Não sei. O Vicenzo apenas quer me foder, e o Oscar... Não sei direito o que ele quer, acho que gosta da sensação de estar sendo um cara normal comigo. Sem todo os problemas da família sendo jogado em seus ombros.

─ Será mesmo? Na minha opinião, deve ter algum sentimento envolvido por parte dele.

Talvez tenha, talvez não. Apesar de achar que conhecia Oscar com a palma da minha mão, na verdade, quanto mais eu me interessava em cavar, mais me surpreendia com o que ele me mostrava.

Era uma grande confusão. Eu sou uma grande confusão. Às vezes olho pra mim e penso se ele irá ter coragem de continuar ao meu lado e falando todas aquelas coisas fofas se souber a verdade. A minha verdade.

Por trás desse rostinho bonito, personalidade forte e caráter duvidoso, existe uma garota quebrada em vários pedacinhos e que se esconde por trás de uma muralha grossa e gigantesca para se proteger.

Minha alma é obscura, e tento consertar isso me rodeando de luz, como se isso fosse mudar o que há dentro de mim. Não gosto quando essa coisa toma conta de mim. Eu me torno tudo, menos humana. Um monstro dentro de um ser pequeno e frágil.

─ ... o amor é complexo, é complicado entender assim de primeira. ─ Notei quando Maxine suspirou, os olhos longe, como se estivesse se recordando de algo. Acho que todos nós tempos lembranças, estas as quais variam razoavelmente. Existem aqueles que gostam de lembrar, e existem pessoas como eu que fazem de tudo para trancafiá-las a sete chaves e jogar a mesma no mar.

─ Ei, acha que o amor é algo ruim? ─ Pergunto após uns segundos pensando. A garota olha pra mim e dá de ombros.

─ Há várias dimensões de amor, querida Luna. Tem aquele que te faz levantar da cama todos os dias com uma motivação excelente, e você sente que está pronta para enfrentar um exército. Tem o que te destrói, que rasga o peito e vai fincando estacas em teu coração. Você sente sua alma sendo abandonada, uma dor desgraçada, parece a morte... E tem o amor que te dá coragem pra pegar os cacos quebrados e começar a colar, um por um, com o tempo, com toda a calma do mundo. Deve haver mais tipos de amor para descobrir, mas isso vai de cada pessoa.

─ O amor que te destrói... Pode-se considerar como sendo o luto?

─ Bom, ─ Ela suspira pensativa ─ vai da interpretação, mas suponho que sim. 

Era um interessante ponto de vista, e eu nem me lembrava de como haviamos começado esse papo. Estava tudo muito interessante, e gostaria de ter perguntado mais coisas, porém fomos impedidas com a aparição de Vicenzo.

─ Garotas, que bom vê-las aqui. ─ Saudou com uma leve inclinação na cabeça. ─ Maxine, seu cliente lhe espera. ─ Ela olhou para mim rapidamente antes de se despedir e ir rumo à quem lhe esperava. ─ Mia bella, quero que fique comigo e aproveite as apresentações.

─ Sentar com o senhor? ─ Meu coração acelerou. Esse homem realmente era muito burro, eu mais ainda por estar embarcando nos joguinhos dele. 

─ Sim, algum problema?

─ Nenhum, vamos? ─ Nos braços se cruzaram e ele me guiou até o salão onde estavam os demais clientes. Todos começaram a me olhar da cabeça aos pés, certamente tentando avaliar meu preço.

Ele se sentou em uma mesa alcochoada de frente para o palco, e não tardei em sentar do seu lado. De onde estávamos, possuía uma visão ampla de todo o salão, e não demorou para meus olhos se cruzarem com os dele.

─ Aceita uma bebida? ─ Vicenzo pergunta e lhe respondo que sim, pouco me atentando ao que era servido em meu copo. Tudo o que via era os olhos flamejantes de Oscar apesar da baixa luminosidade.

O italiano me puxa para mais próximo de si e desce sua mão nojenta para minha cintura, e não hesitou em descer ainda mais para minha coxa e começar a fazer leves movimentos em minha pele desnuda, apesar de ainda usar o roupão de seda.

─ Está tensa, querida? ─ Fico alarmada com a pergunta do homem e nego rapidamente, o que o faz abrir um sorriso ladino. ─ Saiba que não farei nada que irá lhe machucar.

Sério? E passar a mão de forma incoveniente em meu corpo?

Sabia que os olhos escuros de Oscar não iriam me abandonar por um instante, e pude constatar isso quando voltei a olhá-lo. Ele conseguiu sorrir minimamente, talvez notando o desconforto em minha expressão e me permitir relaxar, mesmo que minha vontade fosse esganar Vicenzo.

Eu vou matá-lo.

Eu quero matá-lo.

𝗠𝗔𝗟𝗔 𝗦𝗔𝗡𝗧𝗔 ⎰⎰ 𝗼𝘀𝗰𝗮𝗿 𝗱𝗶𝗮𝘇Where stories live. Discover now