━━ 18! date with oscar

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- O idiota do Vicenzo disse que estava cada vez mais encantado por mim. - Valentina dá risada. - Homem é um negócio burro né.

- Pois é, garota. Enfim, como assim você viu o Oscar ontem? Ele não estava no México?

Era de madrugada e como sempre, eu e minha irmã contávamos uma para a outra nosso progresso na missão de acabar com o Capo da Vita Nostra. Ela havia me ligado horas antes quando eu estava retornando ao camarim da boate, tive de sair às pressas pela saída lateral e avisar que esse não era o momento de falar comigo. Tive um grande susto ao dar de cara com Spooky.

- Sim, eu achava isso até horas atrás. Ele parecia tão sincero comigo... Não sei, será que ele está me enganando? - Suspiro. - De qualquer modo, hoje irei ter uma conversa com ele.

- Não vá comprometer seu disfarce. - Valentina avisa.

- Não irei, prometo. - Sorrio para a tela do notebook, minha irmã fez o mesmo. - Vou tentar agilizar o processo aqui, estou morrendo de saudades de você. Te amo.

- Também estou com muitas saudades de você. Te amo e tenha cuidado. - Ela finaliza a chamada de vídeo e me jogo na minha cama tentando pensar.

Estava muito surpresa pelo Oscar estar aqui em Miami, muito mais por saber que ele estava naquela boate. Será que ele gostou de alguma daquelas garotas? Quando o vi naquele beco, ele estava tão lindo com aquela roupa social. Nem parecia o Oscar de Freeridge que conheço desde que me mudei.

Engraçado que eu o prensei contra a parede e coloquei uma faca em seu pescoço.

Terei que omitir muitas coisas, mas meu peito se apertava só de pensar nessa possibilidade. Não gostaria de mentir pra ele.

Acordei com um barulho na porta. Peguei meu celular em cima da cama e vi que era apenas 12:45 AM. Me levanto e vou até a sala do meu pequeno apartamento encontrando um envelope pardo no chão. Era o que eu estava esperando mesmo. Passo os olhos pelas folhas e decido que a pessoa que me passava aqueles dados era bem lerda, afinal, tudo ali eu já sabia faz muito tempo.

Deixo a papelada no sofá - teria de queimar isso tudo mais tarde - e vou pra cozinha preparar alguma coisa pra comer antes de mandar a mensagem pro Oscar. Lembro que ele perguntou como eu iria entrar em contato com ele sem mandar mensagem. Bobinho. Tenho um sistema em meu celular que posso perfeitamente rastrear o número de alguém e salvar em meu aparelho.

Quando meu macarrão ao molho fica pronto, nem perco tempo admirando e já começo a comer.

Fazia muito tempo que não falava com o Rio, nem tinha notícias dele na verdade. Isso era angustiante porém se tornou algo normal. Ele leva uma vida perigosa, vai que ele está com problemas? Só espero que ele fique bem, não sei o que farei sem suas piadas sem noção.

Quando foi por volta das 15:30 da tarde, mandei uma mensagem pro Oscar. Iríamos nos encontrar antes das 17:00 PM em um parque de diversões. Era o local ideal. Iríamos ter várias distrações e poderia ludibriar ele quando não respondesse certas perguntas.

Antes do horário marcado, eu já andava pelo lugar. Usava um vestido branco muito confortável. Quando o vi, perdi o ar. Literalmente.

- Moça, moça. - O garotinho que havia me derrubado começa a bater em meu rosto. Estava um pouco zonza com a queda repentina. - Quantos dedos tem na minha mão? - Ele levanta dois dedos e reviro os olhos.

- Você tem cinco dedos em sua mão. - Tento me levantar e sou amparada por mãos fortes. Era Oscar. Ele ficou analisando meu rosto procurando por possíveis danos. O que estava danificada era a minha calcinha. - Oi.

- Ela é doida moço, confia não. - O garoto de aproximadamente 7 anos se manifesta mais uma vez. Mostro a língua e ele me mostra o dedo do meio. Insolente.

- Que filha da put... - Sou interrompida de xingar o moleque quando a mão do mexicano vai parar em minha boca. Ele estava rindo.

- Filha da puta é você. Além de doida é cega.- Arregalo os olhos com a audácia da criatura e mordo o dedo de Oscar subitamente insultada. As crianças de hoje em dia estão evoluídas nesse nível?

- Vem cá seu projeto de capeta, vem conhecer a louca. - Grito irritada mas o menino sai antes que eu possa agarrá-lo. Os braços de Oscar me cercam quando ameaço ir atrás do garoto. Algumas pessoas me olhavam sem entender e bufo me deixando vencer. O peito do homem às minhas costas começam a tremer em uma risada mal contida e logo ele está gargalhando.

- Você é impagável. Brigando com uma criança. - Nem respondo, estava muito irritada pra fazrr

Me solto de seus braços e começo a caminhar em busca de algo legal que me mantivesse entretida e longe de brigas. Escolho uma barraca de tiro. Se eu conseguisse acertar o alvo, poderia escolher algum bichinho de pelúcia. Havia uma pequena fila e fico no final dela esperando minha vez chegar.

- Amor, desculpa. - Ele diz ao parar na minha frente, sua mão indo de encontro ao meu rosto fazendo um carinho de leve em minha bochecha. - Foi engraçado, mas não achei que iria te magoar tanto.

- Ele me chamou de doida. - Resmungo dando um passo à frente quando a fila andou. - Aquela praga nem me conhece.

- Você é doidinha mesmo, - Reviro os olhos pra ele. - e eu gosto disso. - Faço um muxoxo de quem não acreditava muito mas ele apenas sorri. - Que biquinho lindo é esse?

Sua mão aperta os dois lados da minha bochecha espremendo minha boca. Certamente eu parecia um peixe horroroso, porém Oscar tampouco se importou e em público - PELA PRIMEIRA VEZ - me beijou. Quando nos separamos, ele sorria alegremente e me puxou para frente da barraca.

- Acaba com eles, amor.

𝗠𝗔𝗟𝗔 𝗦𝗔𝗡𝗧𝗔 ⎰⎰ 𝗼𝘀𝗰𝗮𝗿 𝗱𝗶𝗮𝘇Where stories live. Discover now