Capítulo Quarenta e Quatro - Aproximação

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- Ei, homem! Há damas aqui se não percebeu! - Gritou Celine flagrando o amigo andando quase como viera ao mundo.

Seu olhar que estava prestes a rebater expondo o fato de que ele já vira corpos em estados bem mais reveladores andando no Lune, mudara completamente ao encontrar uma expressão tão incomum na protetora que ele não conseguiu ignorar como normalmente fazia.

" Por que parece tão estupidamente feliz? "

Um gritinho semelhante ao que ele escutara minutos antes chamou a atenção para a entrada onde a duquesa - ao qual ele gradualmente achava menos irritante - estava congelada na porta. O rosto dela tão vermelho quanto o dele o fizera relembrar de seu estado e mais uma vez suas pernas se apressaram em direção ao corredor que levava a ala dos criados. Aquele sorriso no rosto da protetora novamente assombrou seus pensamentos e bem a tempo sua curiosidade deteve seu caminho até quarto fazendo Vitor regressar alguns passos e se manter discreto o resto do tempo.

O sorriso ficando maior na presença dela era a resposta para sua pergunta e enquanto observava a amiga atentamente uma resposta mais profunda lhe veio com a força de um raio. Engasgando-se com a revelação ele se demorou vendo tudo com tanta clareza que era como se um véu tivesse sido retirado de seus olhos.

" Em que estupidez você se meteu agora, Celine?" Pensou ele já prevendo tragédias acontecerem nos sorrisos que elas dividiam.

Por anos vira a condessa se envolver com homens perigosos e desprezíveis por causa da estúpida crença dela de que não merecia alguém decente. Haviam juntos saído vivos de situações que aqueles mesmo homens lhe trouxera, porém eram situações em que se não eram resolvidas com as balas dela ou seus punhos, o último recurso eram as chantagens. De todo modo sua amiga sempre saia ilesa e ele com um problema a menos para lidar.

Mas, o que encarava naquele momento lhe parecia tão potencialmente desastroso e arriscado que seu corpo estremeceu gritando perigo. Ainda sim, algo na expressão repleta de felicidade dela o fez ignorar os sinais e calar seu os alertas. Porque, no fundo, o que quer que aquela nova aventura lhes trouxessem, ele não se importava... Fosse na morte ou na vida Vitor sempre seguiria Celine.

- E então? Como foi com os trabalhadores? - Perguntou interrompendo aquele clima constrangedor, mas repleto de uma energia que a deixava animada

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- E então? Como foi com os trabalhadores? - Perguntou interrompendo aquele clima constrangedor, mas repleto de uma energia que a deixava animada. Não. Animada, não. "Estupidamente feliz" fora o que seu amigo dissera.

- Expliquei a situação e os dispensei temporariamente. Eles ficaram temerosos no começo, mas assim que lhes prometi uma remuneração eles rapidamente saíram felizes daqui. - Assim como ela, Cibelle sorria ao menor estímulo.

Um cheiro que sem aviso vinha até a mesa e interrompia a conversa gerou um barulho constrangedor e encarando aquele ronco na barriga da duquesa como um elogio, Anaya riu pondo pratos que dificilmente um inglês encontraria em seu cardápio.

- Está com fome? - Zombou Celine, mais entretida com as reações dela a cada refeição do que a comida em si.

- Mais do que já estive em toda minha vida. - Confessou rindo.

A outra [FINALIZADO]Where stories live. Discover now