Capítulo Dezoito - A indomável lady Lili

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- Solte-me. - Sua tentativa de parecer firme nada mais era do que um sussurro inaudível, sua busca para sair do aperto sufocante da francesa resultando em movimentos tão fracos que eram praticamente imperceptíveis a ela.

Sua cabeça era um turbilhão de dor, inutilidade e fraqueza. Enquanto era arrastada para fora seus esforços de parecerem a rocha sem sentimentos que foi treinada para ser não davam resultado algum. Ela simplesmente não conseguia parar aquelas malditas lágrimas e nem compreendia o porquê chorava! Só sabia que sentia-se enganada, suja e envergonhada!

"Será que trazê-la para observar mulheres seduzirem era apenas uma desculpa para arrasta-la a esse lugar e mostra-la quão patética era?" Sem aviso um questionamento traiçoeiro se formou.

"O que ela ganhava envergonhado-me dessa forma?"

Cibelle, tinha ciência que seu matrimônio era uma piada! Literalmente escutara por anos dúzias dos casos do marido da sua porta, de modo que se lady Marchand desejava diminui-la não precisaria de muito! Então por que expô-la aos caprichos de uma cafetina deixando-a ser humilhada e reduzida por ela?

Imagens de Joseph naquele lugar enchiam sua cabeça. Embriagando-se com elas, rindo com elas no seu colo, seduzindo e sendo seduzido! Deitando-se com cortesãs enquanto ela lutava inutilmente pelo sucesso do seu casamento! Ele estava em toda parte e substituíam os rostos do conde Goodwin que saia cercado por prostitutas e encaravam-na com o nojo do visconde de Derbyshire.

"Será que aquele encontro com o marido de Phoebe fora mesmo acidental?" Questionou definitivamente instável pelo turbilhão.

Num acesso de dor seus pensamentos frenéticos continuaram a tortura-la. Os cabelos ruivos da prostituta Vivian ou Ruby foram gradualmente substituídos por cortinas negras, a pele levemente sardenta se tornou um veludo branco e os olhos marrons eram agora incríveis esferas azuis que a encaravam com superioridade. Devidamente formados na sua mente os dois deuses perfeitos se enlaçaram com lascívia e riram zombando dela reduzida ao chão daquele lugar.

"E o que era aquele lugar afinal?"

"Como aquelas pessoas a conheciam?"

Inutil seu cérebro não parava de fazer perguntas pelas quais não tinha resposta e levantando seus olhos Cibelle encarou as costas da única mulher que as tinha.

- Solte-me! - Dessa vez sua ordem podia ser ouvida do outro lado da cidade e confusa a condessa se virou para encara-la. - Por que me levou aqui?

- Pensei tê-la explicado. Queria que obser-

- Não! Chega! Pare de me enganar! - As visões de Joseph, lady Marchand e as palavras de madame Baron nublavam seu controle e eram fortes o suficiente para ela querer machucar na mesma medida. - Eu não quero mais conhecer o mundo sujo dele! - Gaguejara tentando mandar aquela dor para alguém! Para ela! - Você faz parte desse mundo e você tem que ser passado!

- E o que pretende fazer para limpar essa sujeira da vida dele então? - A condessa parecia referir-se a si própria e pelo modo como Cibelle a olhava ela não estava assim tão errada. - Ele pode mudar lady Herveston, mas isso aqui. - Continuou apontando para a casa de prazeres atrás dela. - Sempre será uma parte da vida dele.

- Está errada! Quando ele se apaixonar por mim mudarei o mundo dele! - Gritou se livrando das mãos daquela mulher. - E se quer mesmo me ajudar em vez de gerar mais suspeitas, não me leve mais a lugares tão... Tão...

- Tão? - Instigou, Celine sadicamente curiosa, mas nem um pouco preparada para saber o que Cibelle Herveston achava dela. Porque embora estivessem falando de lugares era óbvio o nome de quem a loira realmente queria citar.

A outra [FINALIZADO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora