Capítulo Trinta e Oito - Resgate

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- Você nunca decepciona Celine, tudo ao seu redor é sempre tão divertido. - Recepcionou o conde assim que ela entrou no quarto que era do falecido e irritante marido dela.

Esgotada Celine levou alguns minutos contemplando-o. Já fazia um tempo que não sentia mais a animação prazerosa de tê-lo na cama e depois dessa manhã a condessa não conseguia mais olhar para o amante sem sentir nojo dele... Saymon deixava enfim de ser um novidade em sua vida. 

- Disse para informá-lo quando não o quisesse mais. - Iniciou tomando o restante do líquido antes de deixa-lo. - Pois bem, nosso tempo como amantes chegou ao fim. 

Se seus amigos estivessem lá teriam dado uma festa em comemoração.

- De acordo. - Disse para o choque de Celine diante da aceitação tão fácil. - Nosso tempo como amantes se encerra hoje, mas nosso tempo como marido e mulher pode começar agora. 

- Não estou entendendo. 

- Estou pedindo sua linda mão em casamento, minha querida. - Explicou sorrindo ligeiramente.

- Você já não tem esposa? - Questionou entediada com as brincadeiras inoportunas dele.

- E de que isso importa? Minha mulher é um só um incômodo... E incômodos podem facilmente ser removidos desse mundo. - Respondeu com uma simplicidade assustadora. 

- Espere, fala a sério?

- Lídia é uma mulher instável, suas sanidades são um perigo para si. Constantemente ela vive se machucando para atrair minha atenção... Uma queda de escada ali, um corte lá, acho que ninguém se surpreenderia se encontrassem minha frágil esposa suspensa em uma corda algum dia. - Explicou ofertando o plano do diabo para a amante. - Ninguém suspeitaria de nós. Eu seria um pobre viúvo e em dois ou três anos você poderia ser a nova condessa que curaria minhas feridas.

- Está louco? Não participarei disso!

- Aah vamos Line, não é a primeira vez que você toma o lugar de uma condessa morta. - Continuou ele inabalável. - Sabe, até hoje há pessoas que se perguntam se a morte dela foi realmente natural... Em só alguns meses a doença a levou tão rápido.

Se fosse qualquer outra mulher Saymon já teria aquela mão decorando seu escritório assim que ela se atrevera a atingir seu rosto com o tapa doloroso que levou, porém seria consideravelmente mais difícil feri-la que uma vagabunda comum e um desperdício enorme para seu mundo tão ausente de cores.

- Como ousa seu desgraçado? Não sou uma assassina! - Rugiu sua ardente amante a um fio de acerta-lo de novo. 

- Não? E o que está fazendo andando com a duquesa de Manchester? - Interrogou apreciando a dor. - Não me engane Celine sei que você e Joseph estão tramando algo. O que planeja fazer com essa tonta? Quer tomar o lugar dela?

Mais alerta agora Saymon conseguiu apanhar a mão dela a centímetros de seu rosto. 

- Isso querida! Adoro quando vejo essa fúria em seu rosto, sinto que ela poderia trazer o caos! - Estimulou com a loucura ressurgindo nos olhos de gelo. - Não se preocupe não revelarei seus planos. Pelo contrário me excita imaginar minha Line enganando a todos... Mas, então eu pensei já que eu gosto tanto desse plano por que não toma-lo para mim?

A mão que segurava dolorosamente o pulso foi se arrastando até o rosto desfigurado pela raiva.

- Seja minha condessa Line, escolha a mim.

- Você seria capaz de matar sua esposa? A mãe de sua filha?

- Aquelas duas não significam nada para mim. - Dispensou sem preocupação. - Minha mulher nunca dará o filho varão que preciso, mas você... É jovem, sã e inegavelmente divertida... Posso até mesmo eliminar Annalise se assim desejar, uma criança vive fazendo travessuras arriscadas, então não seria difícil também. 

A outra [FINALIZADO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora