TRILOGIA "CORES" • LIVRO I
Nathan Lynch não suporta a palavra traição, muito menos o ato. Líder de uma das maiores facções de Londres, ele e seu braço direito, Dario Nestore, se veem encurralados quando descobrem que estão sendo traídos e são obriga...
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Há pouquíssimas coisas que assustam um homem de madrugada, mas há um total de duas coisas que me assustam de madrugada: Nathan puto (mas ele me assusta em qualquer hora do dia) e, agora, uma ligação de Lucy dizendo que Catherine está no bordel.
Eu não penso em absolutamente nada quando arrumo minhas coisas e dirijo feito um louco até o local, porém quando chego no mesmo começo a me perguntar o motivo de tamanha preocupação para com Catherine.
- Dario... - Lucy me puxa assim que eu passo pelos seguranças.
- Cadê ela? - Pergunto.
- Ela está dormindo no seu quarto, deixe a coitadinha descansar um pouco a mente. - Sua voz está com aquele tom específico de quando eu estou estressado e ela tenta me acalmar.
- O quê aconteceu aqui, Lucy? - Agora eu viro meu corpo totalmente para ela.
- Tinham uns abutres... - Começa e eu coço a cabeça. - Eles estavam... Fazendo o quê sempre fazem com uma das garotas e Katie se meteu...
- Quê que fizeram com ela, Lucy? - Vejo ela engolir em seco.
- Nada, mas ela tinha uma... Uma arma, Dario. - Eu solto uma risada debochada e me viro para o primeiro segurança que vejo e, numa atitude muito impensada, o jogo contra a parede e seguro em seu colarinho.
- Eu espero muito, muito mesmo, que Catherine não venha a ter problemas por causa de falta de responsabilidade de vocês. - Ele arregala os olhos e eu percebo a falta de movimentação em volta de nós. - Foda-se se você não é o chefe da segurança, avise aos seus amiguinhos que eu não vou tolerar mais esse tipo de merda aqui dentro.
Solto ele e me afasto, Lucy está me olhando boquiaberta, assim como todas as outras pessoas do lugar.
- Desligue essa porra desse som e eu quero esse lugar vazio em cinco minutos. - Grito e vejo todos os homens levantando.
- Mas... Senhor... - Polyanna, uma das garotas mais nova começa e eu a encaro, lhe dando a oportunidade de falar. - Nós não fizemos o mesmo...
- Não tem problema, o resto da noite é folga. - O som é desligado e vejo Lucy se colocar a expulsar as pessoas. - E, mais, Catherine é a autoridade dessa merda tanto quanto eu e se ela mandar, vocês obedecem.
- Sim, senhor. - O segurança diz e eu passo no meio das pessoas, percebo que todo mundo se afasta de mim e, se eu estivesse normal, em uma situação normal, estaria rindo de cada filho da puta medroso aqui.
