Uma Nova Casa

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Quando Alina desceu as escadas novamente, voltou a ficar impressionada com os sons que saiam dos degraus.

O tempo frio a fez colocar uma blusa de mangas compridas e uma calça quente de moletom. Os cabelos soltos passavam os ombros.

Ela não achou ninguém na sala.

- Tony. - chamou - Pepper!

Mas não obteve resposta. Imaginou que eles ainda estivessem nos quartos. Ela usou o tempo para admirar a decoração da casa que era impecável. Cada objeto era elegante e sutil, e parecia se adequar perfeitamente ao local onde havia sido colocado. Aquilo se parecia com algo que a senhora Stark faria, Alina pensou.

Em um dos cantos daquela sala enorme, a garota avistou um piano. Era com certeza uma das peças mais lindas que ela já tinha visto. Sua cor branca parecia brilhar sob a iluminação do ambiente. Ela caminhou até o instrumento e se sentou na poltrona vermelha que estava à sua frente.

Passou a mão delicadamente sobre as teclas e admirou o instrumento. Uma das teclas foi tocada e o som extremamente limpo e suave começou a dar vida ao ambiente, até que desapareceu novamente.

Alina colocou as duas mãos sobre as teclas e começou a tocar a primeira melodia que veio em sua mente. Fazia algum tempo que não tocava, não havia tido tempo devido aos últimos acontecimentos, mas jamais esqueceria aquela música. Não era uma melodia famosa ou nada do tipo, era algo que ela própria havia criado após algumas aulas de piano. Tinha sete anos na época. A música que havia se tornado a favorita de seu avô, e que ela sempre tocava para ele.

Mas fazia tempo que ela não a tocava. A última vez havia sido a anos atrás, no velório do homem que ela tanto amava e admirava. Depois disso não sentiu vontade de voltar a toca-la, até aquele momento.

Quando seus dedos tocaram a ultima nota, ela sorriu e um som de palmas ecoou no ambiente e ela se assustou um pouco virando-se para trás.

- Isso foi lindo. - disse Tony impressionado.

- Obrigada. - sorriu um pouco sem graça. - Eu não sabia se podia tocar mas... - tentou se explicar.

- É claro que você pode. Quando quiser. - ele cruzou os braços e sorriu - Onde aprendeu?

- Eu fiz algumas aulas.

O homem se aproximou mais e se sentou ao lado dela na poltrona.

- E essa música que estava tocando? De quem é? Perdoe minha falta de senso, mas não decoro muitos nomes dos artistas atuais. Se bem que essa música parecia bem clássica.

- Na verdade não é de nenhum artista que o sen... que você possa conhecer. - explicou voltando a olhar as teclas - Fui eu quem fiz isso.

- Você? - ela apenas afirmou. - Essa com certeza é uma música muito bonita. Você tem talento.

- Verdade?

- Claro que sim. - Respondeu - Estou orgulhoso.

- Obrigada. - agradeceu com um singelo sorriso, embora por dentro estivesse muito contente por ele ter gostado.

- Poderia me ensinar?

- Claro.

- Perdoe minha falta de prática. Estou bem enferrujado. - ele estalou os dedos e a garota riu de sua expressão. - Vamos lá.

Alina começou a ensinar ao pai nota por nota que compunha a melodia. A cada tecla que ela tocava, ele repetia. Tony não teve muita dificuldade em aprender, pois assim como a filha, era um ótimo pianista, embora realmente não tocasse a um bom tempo.

Alina Stark Kde žijí příběhy. Začni objevovat