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XEQUE-MATE
Lost Boy - Ruth B.


Xadrez. O único jogo que pode dar-te uma lição para a vida. O xadrez ensinou-me que com um má escolha eu posso perder a minha rainha. Que posso perder-me a mim.

Sempre que jogava eu ganhava. Nunca me entusiasmava muito com isso, porque no fim do jogo, o rei e o peão voltam para a mesma caixa.

Peguei no rei e derrubei a peça branca com uma coroa. Derrubei a rainha com delicadeza e fiquei a olhar para a sua peça caída no tabuleiro.

- Xeque-mate, Aurora.

Sempre me disseram para arriscar ou eu iria perder a minha chance. Então eu arrisquei uma vida normal pela minha mãe. Mas terá valido a pena? Eu sinto que vivo num jogo de xadrez e que todos os dias a regras mudam.

*****

- Ele estava mesmo ao meu lado! - a Rose estava demasiado exaltada. Eu sabia como eles eram muito chegados mas nunca pensei vê-la assim tão preocupada.

- Bem, pelos vistos não. - às vezes o Tyler devia ficar calado.

- Rose, quando é que ele deixou de estar ao teu lado? - o Dylan perguntou-lhe mas ela estava demasiado baralhada para pensar claramente. E aí estava, o nosso pior inimigo, o nosso coração. Eu sempre dizia que a minha mente era sempre a minha principal traidora, mas era mentira. O coração é que o era. O coração era o único órgão que nós podia destruir e nós dar vida ao mesmo tempo. Que bela ironia, não acham?

- Eu...eu...não faço a mínima. - ela já gaguejava. Nesse momento soube que não valia a pena perguntar-lhe mais nada porque na cabeça dela só se passava uma coisa. Uma pergunta. "Onde é que está o Adler?"

- Secalhar ele está apenas a jogar às escondidas... - eu não posso acreditar Tyler! Há pessoas que situações delicadas entram em pânico e depois há o Tyler que só diz porcaria da boca para fora.

- Cala-te Tyler! - disse o Dylan.

Olhei há minha volta para ver se ele tinha deixado algum rasto para trás. Alguma pista de onde ele poderia estar.
Já não estava um aglomerado de pessoas como este na hora do conto então fui em direção ao palco ver se tinha lá alguma coisa. E tinha. Encontrei outro bilhete branco em cima do palco.

- Ei! Encontrei algo! - gritei e eles vieram ter comigo a correr.

- Agora vai começar o jogo. Ar faz parte do meu coração e pelas minhas veias percorre paixão. Um grande jogo vamos jogar nesta mesa então vem ter a esta fortaleza.

- É um enigma. - não Tyler é a minha lista de compras!
- Como é que adivinhaste meu. - o Dylan ironizou e o Tyler empurrou-o devagar com o braço.

- Estão a falar do Reino do Ar. - tinha a certeza absoluta que era desse castelo que a pista falava.

- Acho que isso é uma armadilha. - o Tyler disse baixinho.

- Talvez, mas é a única pista que temos. - tínhamos duas opções. Esperar sentados quero Adler aparecesse ou ir atrás dele. E eu não sou muito do tipo de ficar sem fazer nada.

- Então vamos buscar o Adler. - olhei para o Dylan e ele sorriu-me. Acho que era nestes momentos em que dávamos valor há amizade.

*****

Chegamos ao límpido Reino do Ar. Este reino dava um sentimento de leveza, talvez por há volta do castelo haverem nuvens brancas. Era a particularidade deste reino, as nuvens eram tão mas tão brancas que pareceriam neve.
Entramos no Castelo Branco e cinzento e deparamo-nos com um dos empregados do castelo há porta.

𝐎𝐬 𝐄𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt