17 | Something's gotta change

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Boa leitura!
- júlia

Aproveitei o dia para dormir. Tinha ido deitar muito tarde ontem e, como consequência, acordei hoje perto do meio dia.

Eu gosto bastante que na minha escola tenha eventos sociais e que valorizem a arte porque acaba levando conhecimento para os alunos e os familiares que vão e também porque não tem aula.

Eu prefiro estudar em casa para as provas para faculdade do que ir para a escola escutar os professores falando tudo aquilo que eu não vou fixar, quando eu poderia aprender de uma vez sozinha.

Levantei com preguiça. Como sempre, eu não estava querendo sair. Começará umas sete da noite e o nosso grupo, por ser o último, iria só umas nove e cinquenta. Pois bem, nove e dez eu iria para lá.

Eu queria me apresentar fazendo alguma coisa até o fim do ensino médio, eu sei. Mas só de pensar em ficar em público ou falar em público para pessoas além da minha sala me dá um desesperinho. Definitivamente isso não é para mim. Fico feliz por não ter me metido nessa, se eu fizesse parte das pessoas que vão se expor hoje a noite eu estaria desde agora passando mal.

Conforme as horas foram passando, fui tomar banho para que meu cabelo secasse naturalmente a tempo. O máximo de antecedência que eu ia chegar era nove horas mesmo, não gosto de ficar esperando e de qualquer forma eu não seria mais útil hoje. Tudo o que eu tinha para fazer já foi feito há semanas, apoio moral eles vão ter de sobra.

Por ter a festa depois das apresentações, a roupa teria que ser arrumada a nível de festa e a nível de evento mais casual ao mesmo tempo. Tenho algo assim pra vestir? Isso mesmo, não tenho. Acho que vou então com uma roupa qualquer, levo outra muda e deixo a casual no meu armário pessoal, não naquele lixão que é o comunitário do teatro.

Pego uma jeans e uma camiseta mais ajeitadinha da gaveta e coloco separada na cama, com a bota de salto. Sapato não daria pra trocar lá, eu vou ter que usar salto desde antes.

Termino a tarde e começo a noite variando entre estudar, ler e descansar. Me peguei várias vezes fazendo a coreografia mentalmente e quando eu via estava fazendo de verdade, no chão do meu quarto. Fiz isso várias vezes ao longo dos dois meses, por a gente estar trabalhando só nisso por tanto tempo, a única música que toca na minha cabeça é Living Proof e a única dança é a nossa coreografia.

Chacoalho a cabeça.

Essas horas todo mundo já deve estar lá. Daria início às sete horas e agora são sete e dez. Tenho mais duas horas livres então aproveito para jantar e arrumar o meu quarto.

O jovem atual não consegue passar um dia diferente sem postar fotos nas redes sociais, prova disso era o meu Instagram cheio de fotos novas, não só da minha turma quanto das outras mais novas. A minha escola é para pessoas apenas do ensino médio, o prédio para o fundamental é outro e mais afastado, sendo assim, fica mais fácil da escola organizar seus objetivos de acordo com a faixa etária.

Nos stories do mesmo aplicativo, pequenos vídeos mostravam Juleka com seu cabelo preso preparada para a sua vez de ir e cantar e Nino com uma parte da sala conversando, todos animados. Outros videos mostravam partes do festival, com comidas e brincadeiras pagas.

Visto a roupa e coloco a da festa em uma mochilinha, indo pegar o metrô para a escola. Não é tão distante de casa, mas é muito mais rápido de metrô e é grátis por eu ser estudante. Além de que está de noite e Paris não é lá tão seguro assim.

Antes de pisar na escola já dá para ouvir alguém falando no microfone. A arquibancada do teatro está cheia, há vários fotógrafos também. Suspiro. Culpa do Adrien. Por ele ser famoso, não tem um lugar que ele está que paparazzi não estejam.

Assisto uma pequena parte da peça da Chloé. Não curto muito teatro, mas pelo rosto das pessoas que estão assistindo, provavelmente está bom. O fato de ter paparazzi aqui vai dar ótimas oportunidades para aqueles que estão apresentando, penso. Eles estão aqui por causa do Adrien, porém, para ver o Adrien, eles têm que ver todos e há muita gente talentosa presente.

Me grudo a parede e vou andando devagar, sem atrapalhar a visão de ninguém, para as escadas laterais do palco que leva à sala que estávamos fazendo os ensaios nos últimos dois meses. Nem acredito que passou todo esse tempo. Olho o relógio e vejo que são nove e meia, faltam vinte minutos para a nossa apresentação de menos de cinco minutos.

Subo as escadas, entrando na sala principal que está um caos. Bagunça no chão, a equipe do teatro inteira que não está no palco está esperando a sua vez de entrar ou acabou de voltar da frente da plateia e nada do meu grupo. Acredito que eles estejam separados, na nossa sala de ensaio mesmo, então vou para lá.

Esperava encontrar Kagami, mas, antes mesmo de eu andar, quem vem até mim é a Alya.

- Marinette! Graças a Deus! - Alya agradeceu desesperada.

- O que foi? Você está bem? - pego em seus braços para ver se ela está machucada.

- Eu te liguei umas dez vezes! Por que não atendeu?

Tiro o celular do bolso e vejo que, realmente, tem várias chamadas perdidas dela e do resto das meninas.

- Estava no silencioso, você sabe que não deixo com som. O que houve?

- A Kagami - Alya me arrasta para a sala. - Ela está no hospital. Você vai ter que ir no lugar dela e se apresentar com o Adrien.

Aligned | Adrien AgresteWhere stories live. Discover now