Capitulo 34 - Alive

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“Tu…o quê?”

“Tu ouviste-me.” Ele vociferou antes de colocar a cara nas suas mãos. Ele grunhiu. “Desculpa. Eu-“

“A sério?” Eu não podia acreditar nos meus ouvidos.

Ele suspirou. “Estás fora disto, Lia. Estás… livre.”

“E-eu pensei que o contrato já não pudesse ser alterado-“

“O meu pai é um mentiroso do caralho. Não acredites em nada do que ele diz.” Ele disse antes de se inclinar para os bancos de trás, as suas mãos a procurarem algo.

“E-eu não sei o que dizer.” Eu murmurei, não sabendo mesmo o que dizer mais.

O Harry afastou-se e tinha uma caixa vermelha na sua mão. “Eu comprei isto há uns dias atrás.” Ele estudou o pequeno objeto por um momento antes de entregar-mo. “Toma.”

Eu lentamente tirei-o das mãos dele, um pouco atenta e confusa. Eu olhei para ele antes de puxar a fita que fechava a caixa de veludo. Quando eu levantei a tampa, a minha boca abriu-se e eu olhei para o objeto sem acreditar, sem ter a certeza do que aquilo significava.

Eu pus o medalhão revestido de diamantes nas minhas mãos e este brilhava com todos os pequenos movimentos. O brilho da corrente era igualmente encantador enquanto pendia para a almofada da caixa. O meu estomago latejou com o facto de que isto era provavelmente a coisa mais cara que eu alguma vez segurei.

“Harry…” Eu murmurei, a minha voz mais suave do que eu pretendia.

“Eu sei que tu não irias querer lembrar-te de nada disto mas… eu não quero que tu te esqueças de mim.” Ele disse calmamente. As palavras dele arranharam o meu coração e uma sensação de vazio emergiu em mim.

“Eu não posso aceitar isto.” Eu pus cautelosamente o medalhão na caixa e ele carrancou. “Se tu queres dar-me algo, dá-me aquele retrato que tu fizeste. De mim.”

Os olhos do Harry estreitaram com o que eu disse. “Então viste-o.”

Eu assenti enquanto fechava a tampa da caixa. “És talentoso.” Eu elogiei-o.

As suas feições iluminaram-se, um pequeno sorriso a ficar à vista. “Achas?”

“Definitivamente. Tu não o devias desperdiçar. Porque não me contaste acerca disso?”

“Eu não sei. Ninguém quis saber. Não pensei que tu quisesses.” Ele encolheu os ombros. “Eu não sou um psicopata ou assim, nem tenho uma estranha obsessão por ti. Só que havia algo em ti que me fez querer desenhar novamente.”

Nós entreolhámo-nos por uns momentos, leves carrancas a crescerem em ambos os nossos rostos. Eu dei por mim a despedaçar-me por dentro. Peça por peça. A dor que estava a causar isso crescia com cada segundo que passava. “Obrigada, Harry.” Eu consegui dizer antes da minha voz ficar presa na minha garganta. Eu queria sair, mas não sem o Harry.

“Apenas mata-me ver-te tão infeliz.” Ele segurou no meu queixo, o seu polegar a traçar o meu lábio inferior. “E eu odeio ser a razão disso.”

Ele podia reverter a situação se quisesse e fazer de mim a rapariga mais feliz. Eu não queria uma despedida. Eu queria-o. Eu amava-o. O meu subconsciente repreendeu-me, uma voz feroz a gritar na minha cabeça. Mas os meus sentimentos não podiam ser controlados.

O Harry descansou as suas costas contra o assento do carro e gemeu baixo. “Há um motel na rua Gurney. A uns poucos minutos de aqui se formos a pé. Não é o lugar mais puro mas nós obviamente não podemos voltar para trás esta noite, então nós podemos ficar lá.”

Baby Doll (Harry Styles) PTOnde as histórias ganham vida. Descobre agora