CAPÍTULO DEZOITO - SEFIRA

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E falta exatamente 3 capitulos pro final!!! 

Comentem, votem, apoiem por favor! Espero que até dia 10 eu consiga revistar tudinho, qualquer problema no caminho eu aviso no twitter. Obrigada por tudo, amo vocês.

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KIM TAEHYUNG

POSEIDON

Conter um espirito era um trabalho difícil, eles não tinham um corpo, podiam se desfazer em fumaça em segundos, desaparecer sem deixar qualquer rastro. Prendê-los era uma tarefa para poucos e mantê-los presos mais difícil ainda, por essa razão existiam os receptáculos, mas infelizmente eles eram um preço alto demais para o que estávamos dispostos a pagar. Hécate era boa com espíritos, conseguia pegá-los como moscas, delimitando seus caminhos, antecipando seus passos. Não os impedia de escapar, mas saber para onde estávamos indo era melhor que correr a esmo.

Sarga tinha ficado mais forte, não conseguia mesurar o quanto, mas o suficiente para escapar de nós com muita facilidade. O trabalho da equipe era, em resumo, achar outros espíritos soltos para além dele e por serem menores e menos poderosos, bani-los de volta ao Tártaro. Esperava também tentar localizar Jeongguk, depois de quase três semanas sem qualquer noticia.

Eu sabia onde ele estava, sabia bem o único que conseguia fazer alguém desaparecer sem qualquer rastro e manter até mesmo deuses fora do próprio caminho, mas ainda havia riscos, especialmente com Sarga e talvez espíritos mais perigosos, brincando de se esconder. Diana e Irene haviam prendido um espirito naquele exato minuto, se olhasse atentamente as correntes em volta do corpo da coisa – que fingia ser de uma adolescente – era possível identificar as milhares de linhas de ouro, formando grilhões finos, prendendo-a ao chão.

Irene e Diana conjuravam juntas uma magia de aprisionamento, as marcas no chão eram uma mescla de hanja, latim e inglês arcaico. Além desses encantamentos, havia frases inteiras em runas gregas e egípcias, criando círculos de luz dourada em volta do espirito, fazendo "cercas" de proteção. Contudo, algo me dizia que aquele espirito em especial não seria um problema. Ela não tinha fugido quando chegamos, sequer resistiu muito e parecia mais desesperada com a ideia de Sarga puni-la do que ter sido presa por nós.

— Você tem um nome? — perguntei, me abaixando diante dela. Diana estava posicionada atrás do espirito, Irene permaneceu ao meu lado — Ele te deu um nome?

— Sefira — ela disse, o rosto que tomou a identidade era muito jovem, uma garota de no máximo 15 anos, o cabelo era curto e tinha olhos brilhantes. Foi muito bem escolhida, porque parecia demais com Jeongy. Mesmo que não fosse um espirito de todo ruim, a escolha não foi gratuita — Cantera disse... Disse que é o nosso tempo.

— Ele mentiu — Isis falou, o brilho dourado em seus olhos intensificou, e da mesma forma o aperto das correntes em volta de Sefira também, a garota apertou os olhos e os lábios com força, sufocando um grunhido de dor.

— Você pode ter uma chance de ter uma existência melhor, até mesmo uma existência humana se cooperar. Conheço vários espíritos que tiveram a chance, eu cuido de cada um deles — Irene disse, num tom mais ameno e menos monótono que o habitual. Ela e Diana assumiram uma dinâmica de policial bonzinho e malvado, como era comum em filmes velhos — Você sabe disso também, inveja a chance que outros tiveram e nunca teve... — olhei em sua direção quando tirou os óculos do rosto. A íris dourada surgiu no único olho perfeitamente branco, indicando um caminho bom para Sefira se ela decidisse escolher o nosso lado. Eu não tinha qualquer dom ligado a empatia, mas era fácil reconhecer o rosto de alguém que só foi induzida a algo que não queria fazer.

— Como... Como posso ter uma chance?

— Pode ter uma se nos disser quem soltou você — Diana disse, ainda sem afrouxar o aperto — Foi Cantera?

HAG: Human Among Gods - LIVRO 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora