- Scarlet! Acorda! - senti mãos a abanarem-me mas doía-me demais a cabeça para abrir os olhos. É verdade o que dizem...o amor lixa-nos mesmo a cabeça. - Scarlet!
Abri os olhos devagarinho e vi a cabeça da Rose a olhar para mim preocupada. Olhei para os lados e vi que estava ainda no quarto do Dylan. Que raio se tinha passado? A última coisa de que me lembrava era de a ver abraçado ao...
- Scarlet, estás bem? - Dylan. Ele entrou pela porta do seu quarto com um copo de água e pousou na mesinha ao lado da cama.
- Scarlet, estás bem? - olhei para o lado e vi o Adler. Nem sabia que ele ainda estava aqui a estas horas.
Bebi o resto da minha bebida rosa, desta vez, e saí do banco alto onde estava sentada. Tropecei nos meus sapatos e quase caía mas o Adler agarrava-a.
- Orbi... quer dizer obrigada. É melhor ir para casa. - disse e afastei-me do Adler.
- Scarlet! - chamou e eu olhei para ele. - Manda-me uma mensagem quando chegares a casa para eu saber se estás bem! - ele estava com uma cara séria. Quem é que numa festa está com cara séria?
- Sim chefe! - disse a gozar e fiz o sinal de continência.
- Acho que sim... - tentei levantar-me e o Dylan ajudou-me mas eu afastei-me logo do seu toque. Nada era como antes, lembra-te disso Scarlet! - O que é que aconteceu?
- Nós estávamos lá fora e ouvimos um barulho no meu quarto e quando viemos ver o que era tu estavas caída no chão. - explicou-me ele mas eu não tinha percebido porque é que tinha caído no chão? Será que tropecei em algo?
- Tu desmaiaste Scarlet! - gritou a Rose. Que raio eu desmaiei e ela é que está alterada.
Comecei a sentir uma dor forte na cabeça e pus lá a mão. Que dores. Eu devo ter caído com a cabeça no chão. Ou talvez...
- Eu vinha falar contigo Dylan, mas acho que alguém me...
- Tu desmaiaste porque... - começou a dizer mas a Rose interrompeu-o.
- ...tu consumiste drogas! Drogas Scarlet! - ela falava aos berros enquanto me olhava com um olhar furioso. Mas o que ela dizia era mentira. Eu nunca consumi drogas!
- Mas não foi qualquer uma. Tu consumiste a pior de todas. O "Bafo da Loucura"... - disse o Dylan, chateado também. Essa era a droga mais terrível de todas. Quem a tomava ficava sem consciência do seu corpo e da sua mente. Era impossível eu ter tomado isso é ter vindo até aqui sozinha.
- Isso é impossível. - e era. Eu tinha razão. Porque é que eles não acreditava em mim? Eu posso ter mudado muito estes anos mas se mudei não foi para estúpida!
- Impossível? - vi o Dylan a rir-se e pegou numa pequena saca que continha um pouco da droga do "Bafo da Loucura" lá dentro. - Então isto estava no teu bolso e não foste tu que consumiste! Ainda por cima só resta um bocadinho o que indica que tu consumiste o resto!
Comecei a subir as escadas enquanto me agarrava ao corrimão para não cair. Está festa já deu para mim. Mal o Dylan me disse aquilo estragou a minha alegria e vontade de dançar. Eu olhava para o chão porque a minha cabeça já me pesava e eu já vi o chão um bocado desfocado. Senti que fui contra alguém e levantei a minha cabeça para pedir perdão.
- Vê por onde andas! - olhei para cima e vi um rapaz de cabelos negros e olhos azuis muito escuros como a noite. Estava vestido com roupas pretas e olhava para mim admirado. De certeza que era a primeira vez que via uma rainha bêbada.- O quê? Queres uma foto da rainha bêbada? - que raio estava eu a dizer? A bebida tinha me subido há cabeça e eu já não controlava o que dizia.
- Adorava ter uma foto tua. Assim todos os dias há noite via-a sabendo que a verdadeira beleza existe mesmo. - ele aproximou-se de mim e tresandava a droga e bebida. Devia estar tão bêbado como eu, ou mais ainda.
- Essas cantadas não resultam comigo. - disse-lhe e continuei a subir as escadas. Vi que ele veio atrás de mim.
- Tenho aqui um presente que se provares comigo tenho a certeza que vais gostar de todas as cantadas que te irei dizer esta noite. - ele piscou-o olho e tirou uma sarjeta com droga do bolso do casaco preto. - Queres um bocado de diversão?
- Eu posso ser estúpida por beber mas não sou assim tanto para chegar ao ponto de consumir isso. - disse-lhe empurrando a saqueta para o peito dele e virei costas continuando a subir as escadas sem ele vir atrás de mim agora. Tirei a minha chave dimensional e abri um portal para o meu castelo.
- Eu acho que alguém me bateu na cabeça. Eu nunca consumiria drogas! - disse convicta.
- Scarlet, ninguém está no castelo! - ele gritou perto de mim e afastou-se virando me as costas. Antes de sair do seu quarto, passou as mãos pelo seu cabelo e olhou para mim. - Nós tínhamos prometido que não íamos mentir mais um ao outro? Essa não é a Scarlet que eu conheço.
- A Scarlet que tu conheces já não existe mais. E não vai voltar nunca! - disse com raiva olhando-o nos olhos para o fazer sofrer. Sim, eu queria que ele sentisse a dor que eu sinto sempre que ele me trata mal. Ele pode ter a certeza que nunca mais me vai magoar porque a partir de agora não o vou proteger mais.
Ele olhou para mim e vi o sofrimento nos seus olhos azuis da dor do mar. Ele olhou para baixo e depois para mim outra vez antes de sair pela porta do seu quarto chateado.
- Tu não consumiste as drogas? Tens a certeza? - perguntou-me a Rose baixinho sentando-se ao meu lado na cama.
- Eu não consumi. - olhei para ela para lhe assegurar que estava a dizer a verdade. Olhei para a porta do Dylan e vi que o vaso preto com um girassol que estava lá quando entrei já não estava. Não posso acreditar... - Eu tenho de ir embora daqui. - disse-me levantando rapidamente da cama. - Falamos depois.
Saí do quarto dele, passei pelo corredor onde estava o quadro e quando ia em direção às portas de saída do castelo ouvi umas vozes que pareciam que estavam a discutir. Aproximei-me da porta e vi que era o escritório do Sr. Morgan.
- Foste tu não foste? - ouvi a voz do Dylan e espreitei pela fechadura vendo-o a ele e ao seu pai.
- Não sei do que estás a falar. - ele estava muito calmo enquanto ia tirando folhas das suas gavetas.
- Sabes sim. Encontrei a Scarlet desmaiada no meu quarto. De todas as pessoas no castelo tu és o único que não a suporta! - ele gritou enquanto se aproximava do seu pai tirando das mãos deles as folhas que ele estava a ler.
- Por causa daquela rapariga já desconfias do teu próprio pai? - ele perguntou com um sorriso irónico na cara. Claro que ele tinha de vir sempre o Dylan contra mim. Fazia isso desde que éramos pequenos.
- Ela não é uma rapariga qualquer e tu sabes! Porra pai! - o Dylan bateu na mesa com o seu punho fechado fazendo o café do seu pai salpicar a mesa.
Acho que está na hora de me ir embora daqui. Quando me afastei da porta, a madeira do chão estalou e vi que eles os dois ouviram. Consegui ouvir paços a vir na direção da porta e quando a mão dele tocou na maçaneta da porta eu passei pelo meu portal até há cozinha do meu reino.
- Voltaste cedo. - olhei e vi a Susan já com a decorar o seu bolo a tons de preto e vermelho.
E quando ia abrir a boca para lhe responder tossi e pus o meu braço há frente da boca. Quando afastei o meu braço vi que tinha sangue nele. Isto não deve ser nada bom.
✨✨✨
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO
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𝐎𝐬 𝐄𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬
Fantasy➳ "𝐍𝐞𝐦 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐞 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐞𝐜𝐞" ➳ 1° livro da trilogia "Os Elementos" Terra, Ar, Água e Fogo, quatro elementos que juntos são a salvação ou a destruição do Universo. Mas toda a gente se esquece de um, o Espiritual. Em centenas de...