Is It Love - Drogo VLM2

Capítulo 274

Na manhã seguinte, ao raiar do dia, saio da minha estranha sonolência vampírica, aquele estado de coma que não é nada tranquilo.

Eu tateio o colchão ao meu lado. Não tem ninguém. O Drogo foi embora sem me avisar.

Eu enterro meu rosto no travesseiro. Eu sei que não deveria me preocupar, mas seu hábito de fugir me incomoda.

Eu saio da cama e me alongo sensualmente.

Faz muito tempo desde a última vez que acordei me sentindo tão bem!

É um novo começo, uma ardósia limpa. Depois da nossa conversa na noite passada, sinto que as cartas foram embaralhadas.

E isso me faz muito bem!

Eu acho que é o tipo de crise de relacionamento que fortalece e não destrói.

Depois de uma breve ida ao banheiro para tomar um banho rápido, coloco meu uniforme e desço para a sala de jantar.

Quando chego lá, os três irmãos Bartholy estão radiantes para mim. Saúdo-os com um aceno de cabeça e pergunto-me onde me sentar.

- Onde está a Lorie? - Eu digo

- Ela já comeu e queria brincar com suas bonecas antes de ir para a escola. Então você pode se sentar onde quiser. - Diz Nicolae

Sento-me ao lado do Drogo, escondendo a enxurrada de emoções que estou sentindo. Assim que me sento, ele coloca a mão discretamente na minha coxa. Eu sorrio para ele timidamente.

O Peter olha para mim do outro lado da mesa. Um vislumbre de diversão dança em seus olhos.

- Iai, Peter? Tem alguma coisa no meu rosto? - Eu digo

- Você está bem esta manhã... Você deve ter tido uma noite maravilhosa e memorável. - Diz Peter

Meu queixo cai; Fico completamente desequilibrada com o que ele acabou de dizer.

Eu posso estar imaginando coisas, mas qual é do tom sarcástico?

- Eu não sei do que você está falando... Eu dormi bem, na verdade. Como foi a sua noite? - Eu digo

O Peter sorri para mim. Eu posso ver imediatamente pela sua expressão que acabei de entregar a ele em uma bandeja de prata.

- Vamos apenas dizer que eu não dormi bem... Às vezes, há ruídos que você prefere não ouvir... - Diz Peter

Sinto minhas bochechas ficando vermelhas, provando minha culpa. Nenhuma desculpa vem à mente.

Eu me volto para o Drogo em busca de apoio, mas tudo que consigo é uma piscadela travessa.

Ah, certo, quando se trata de tirar sarro, não faltam voluntários!

O Nicolae pigarreia, e posso ver pela expressão em seu rosto que a conversa é um pouco arriscada para o seu gosto, particularmente na hora do café da manhã.

Ele também ouviu minha discussão com o Drogo e nosso sexo de reconciliação?

O irmão mais velho dos Bartholy coloca um copo grande e vazio na minha frente, depois enche até a borda com um líquido rubi que emite um aroma metálico de fazer dar água na boca.

- Por que você me deu tanto? - Eu digo

- É o dobro do usual... Por precaução. - Diz Nicolae

- Obrigada pela sua preocupação, mas eu duvido que faça alguma diferença. - Eu digo

- Claro, mas eu prefiro saber que você está saciada antes de ir para a aula... Isso deixa minha consciência à vontade. - Diz Nicolae

- Hmm, eu entendo... Mas, sabe, o meu controle desenfreado tem mais a ver com magia do que a própria sede. - Eu digo

O Nicolae me dá um olhar severo. Ok... Eu entendi a mensagem. Sophia, beba sua hemoglobina e não, repito, não fale mais sobre isso!

Com um gesto levemente mecânico, pego o copo e tomo um grande gole sob o olhar atento do Nicolae.

- Você não tem nada a me dizer, Sophia? - Diz Nicolae

Uh o quê?

- Não tenho certeza se entendi sua pergunta... Há algo que você queira saber? - Eu digo

Ah meu Deus, não, que vergonha! Por favor, não me faça pedir desculpas por meus gemidos de prazer ontem à noite!

- Onde você foi na noite passada? - Diz Nicolae

Chocada, me viro para o Drogo.

Graças à sua audição supersensível, o Nicolae ouviu minha pequena escapada noturna. Estou ferrada!

Eu puxo discretamente a manga do Drogo. Francamente, eu poderia ter uma mãozinha para me tirar dessa armadilha!

- Só você tomou a iniciativa. Goste ou não, você tem que aceitar as consequências. - Diz Nicolae

- Eu sei... Me desculpe. Foi idiota, mas eu precisava sair. - Eu digo

- Desculpas aceitas, mas eu ainda gostaria que você respondesse a minha pergunta. Onde você foi? - Diz Nicolae

Eu começo a ficar incomodada. Eu pego meu copo de novo e bebo todo o conteúdo em um gole. Eu limpo meus lábios furiosamente.

- Sinceramente, além de satisfazer sua curiosidade, qual é o objetivo de você saber? - Eu digo

- Eu não aprecio esse seu tom comigo, Sophia. - Diz Nicolae

- Bem, estou farta de sua vigilância excessiva! - Eu digo

- Eu faço o que é necessário para a sua segurança. - Diz Nicolae

- É sempre o mesmo velho refrão... Sério, vira o disco. - Eu digo

- Você pode pensar o que você quiser, Sophia. Mas saiba que eu protegerei você de você mesma se eu precisar. - Diz Nicolae

- Eu aprecio todo o seu esforço e seu desejo de me proteger, apesar de tudo. Mas você também tem que entender que eu tenho que viver! - Eu digo

- Eu não estou privando você de sua liberdade... Eu só peço a você para ter cuidado. - Diz Nicolae

- Isso não é verdade e você sabe disso! Você quer ditar tudo. Está sempre me responsabilizando, criticando minhas decisões... Já estou de saco cheio! - Eu digo

Um véu de tristeza e confusão recai sobre o rosto do Nicolae. Eu percebo a dureza das minhas palavras imediatamente.

- Eu... Nicolae, tente entender... - Eu digo

O Nicolae suspira.

- Muito bem. Eu vou trabalhar nisso. - Diz Nicolae

- Mesmo?! - Eu digo

- Se você concordar em abandonar a faculdade e se concentrar em dominar suas habilidades sobrenaturais, tentarei poupá-la das minhas críticas. - Diz Nicolae

Eu não posso acreditar! Isso é escandaloso!

Eu me levanto abruptamente de raiva e amargo desapontamento, bato as mãos na mesa e saio furiosamente da sala de jantar.

Ouço o Drogo se levantar para me seguir, mas o Nicolae manda que ele não o faça com um tom autoritário.