HAG: Human Among Gods - LIVRO 1

CAPITULO OITO - CONTRA A CORRENTE

— Então pra resumir-

— Eu sou um fracassado.

— Não... — ela disse, mas segurando o riso pelo meu tom — Você só tá se sentindo frustrado. O que é normal. Você não disse que tinha uma entrevista com Jackson Wang na sexta? — assenti — Então, eu tenho certeza que as coisas vão melhorar. Zeus e Hermes sempre foram próximos.

— Mas já tem quase um mês, noona... — ela fez uma careta.

— Já tem tudo isso?

— Vai fazer daqui uns dias. E eu não tenho nada pra dizer a Seokjin.

— Pode ter, Jackson deve saber de algo... alguém tem de saber de alguma coisa! — ela suspirou e olhou na direção de um dos tecidos — O que acha desse? — ela puxou um dos tecidos e pequenos pontinhos laranjas subiram no ar, como de uma fogueira ardendo em chamas. Provavelmente era da pequena deusa da guerra — Não... O de Eros é- — o tecido brilhante se desfez em pétalas brancas que dançaram em volta dos seus dedos antes de retornar ao tecido — Ok, esse foi bem legal. O que acha? Algum chamou sua atenção?

Corri os olhos pelos panos brilhantes que pareciam quase idênticos colocados juntos, puxando um de brilho azulado. Eu sabia de quem era e foi quase satisfatório vez como o tecido balançou como se fosse água, a noona riu quando puxei-o de uma vez, envolvendo-a com a peça como uma capa. Parecia água, dançando em volta dela, desafiando a gravidade. O efeito se foi quando soltei uma das pontas, fazendo o tecido escorregar de seus ombros.

— É tão bonito... Tem de ser esse tecido, imagina dançar com Woojin com ele? Vai ser perfeito! Obrigada, Ggukie-ah! — ela puxou a saia do próprio vestido para correr em direção à porta e chamar a estilista, mesmo que a moça fosse voltar dali 10 minutos no máximo, animada com seu vestido mágico. Joguei o tecido de volta na mesa, vendo naquele momento a etiqueta presa ao tecido.

"Canção do mar"

Era um bom nome... E claro que o tinha de ser justamente o tecido relacionado a ele. Era impossível fugir de Kim Taehyung.

(...)

— Quando é seu próximo dia de folga, Jeongguk-ah? Eu quero que conheça a Son Min-Hee antes do casamento — a noona disse, com os olhos no celular. Ela tinha me feito parar numa cafeteria quando começou a chover. A chuva estava forte como eu não via há muito tempo.

— Não quero um encontro às escuras, noona — disse, tomando um gole do café que parecia mais forte do que eu tomava geralmente. Talvez pela qualidade ser melhor, o valor daquela xícara era o que eu pagava pra tomar café por um mês.

— Mas você nunca sai com ninguém, como vai achar uma namorada se não procura uma?

— Namoro não é uma prioridade agora, noona.

— Nunca foi... Eu me preocupo com você, Jeongguk-shi — a noona tinha a mania de me chamar de maneira formal, mas só o fazia em tom sério quando estava mesmo preocupada — Ok. Depois que a investigação acabar... — ela fez uma pausa — Enfim, Woojin-ah vai servir seis meses na Força de Paz ano que vem, ele vai pro leste da Europa e eu vou junto pra fazer uma especialização numa faculdade local. — a noona deu um suspiro curto — Venha conosco.

— O que?

— Você pode ir como assistente pessoal do Woojin-ah. O dinheiro vai bastar pra que pague um quarto e fique bem até achar outro emprego. Você não é feliz aqui, Jeon. Eu só vi seus pais duas vezes e sei que eles não são ótimas pessoas, mas cobram demais de você — eu quis argumentar, dizer que ela estava errada, mas as palavras entalaram em minha garganta — Sei que tenta a Força de Paz todos os anos porque quer viver longe deles. Pode finalmente ter essa chance.