A babá da minha filha

Sixty Five

Enzo: Aconteceu tanta coisa nesse tempo que a gente se conheceu... - suspira e deita a cabeça no meu ombro.
Estamos sentados no sofá da sala.

Zoey: É, vão fazer uns... Dois anos, a Danny faz cinco este ano. - entrelaço nossos dedos e fico brincando com eles.

Enzo: Nós crescemos...

Zoey: Enzo, eu tenho certeza que foi a Danny que cresceu - dou risada sentindo a respiração dele arrepiando a minha pele.

Enzo: Não isso... A gente evoluiu sabe? Eu lembro como você chegou na minha casa. Faladeira, meio fofoqueira sempre com o celular pra cima e pra baixo, falava tudo o que vinha na cabeça, autoritária...

Zoey: Ah, mas eu também tenho umas boas lembranças do senhor, tá bom? Com pose de mandão, mas no fundo era uma manteiga derretida, fazendo as vontades da Danny, só brigando com ela no final.

Enzo: É, acredito que mudamos bastante... Mas eu adoro ver você toda séria, tanto como gosto do seu jeito animado. Eu adoro tudo em você.

Zoey: Eu também adoro você mais presente, responsável de alguma forma. Todo pai carinhoso. - seguro o rosto dele com uma mão e deixo um beijo na bochecha dele.

Enzo: A gente tá foda nessa fase né? - fala convencido.

Zoey: Okay, com alguns palavrões.

Enzo: Vem cá. - vira o meu rosto e junto seus lábios nos meus.

Zoey: Hm, eu preciso ir para casa. - me afasto dos lábios do Enzo.

Enzo: Precisa ir? - segura meu rosto me puxando para ele.

Zoey: Sim, a gente fala pelo celular e combina alguma coisa para o final de semana. - arrumo o cabelo dele com os dedos.

Já eram dez da noite e alguns minutos, de uma quarta-feira. Colocamos a matreira da Danny na cama por volta das oito para as nove horas, a menina parecia uma pipoca saltando o brincando a tarde inteira. E eu toda derretida e fazendo todas as vontades dela.

Enzo: Tá bom... Vamos. - ele levanta.

Zoey: Pra onde? - ergo a sobrancelha ainda sentada.

Enzo: Eu te levo, mulher. - estende a mão para eu me levantar.

Zoey: Não, não leva - ele olha para mim com uma sobrancelha erguida - Eu vim de carro Lorenzo, volto com ele e chego em casa em segurança.

Enzo: É tão sexy quando você me chama de Lorenzo - segura minha mão me puxando e colando nossos corpos.

Zoey: É o seu nome, e pare de tentar me seduzir, eu preciso mesmo ir.

Enzo: Vamos então! - me dá um selinho - Eu dirijo seu carro e um segurança vai com o meu logo atrás, e eu volto com ele.

Eu tentei por mais um tempo fazer ele desistir de me levar para casa, mas, não resultou muito e agora eu estou olhando para ele dirigindo meu carro e sorrindo como uma adolescente apaixonada. Ele só olha pra mim e ri da minha cara, pegando minha mão e beijando os meus dedos.

Chegamos na minha casa e ele rouba o meu fôlego, colando os seus lábios nos meus. Nos despedimos e eu confesso que me deixou mais segura ele ter voltado com o segurança, com essa história de tentativa de sequestro eu não quero eles correndo perigo.

Entro em casa e deixo as minhas chaves no meu potinho. Tiro os sapatos deixando em algum canto e vou diretamente tomar um banho e me jogar na cama.

É, deu certo... E eu estou muito feliz, por não ter dado ouvidos ao orgulho e seguido o caminho para essa felicidade. E eu sinto, que ainda tem muito por vir... Ah, se tem. Que sejam coisas boas pelo menos.