Richard Solomon se viu diante do futuro casamento pela Seleção ''Quem Quer Ser Uma Princesa''. Sim, ele é o príncipe coroado de Acaia, um país europeu pequeno, mas muito amado. No entanto, alguns rumores tem ameaçado destruir a monarquia, o que fez...
Richard foi ao primeiro encontro do dia. Era uma hora da tarde e Susan resolveu que queria encontrá-lo no cinema. Richard repreendeu o responsável por deixar aquela opção em aberto. Ele não queria ter lembranças daquele lugar com mais ninguém além de Sulamita. Além disso com a proximidade poderia ser alvo do ataque desesperado de alguma delas. Ele lembrou-se de Susan. Viu a foto dela e sabia que ela poderia ser atrevida. As câmeras estariam filmando tudo e com certeza sua Sula veria no programa que seria apresentado.
— Alteza, a produção recomenda que você pareça gostar da companhia hoje para gerar conteúdo para o programa.
— Tony, o que estou fazendo?
— Não entendi.
— Se eu fizer isso, Sulamita pode interpretar mal e eu a beijei. Nós nos beijamos. –Ele sorriu relembrando e voltando a ficar preocupado.
— Eu entendo que esteja muito apaixonado, Richard, mas você sabia das condições do programa. Não vão acreditar que é real se você não der uma de ator.
— Eu amo a minha Sulamita, Tony. Queria uma desculpa para acabar com tudo isso. Nenhuma notícia sobre o hacker?
— Ainda não. Mas tenho certeza de que aqui dentro tem alguém trabalhando junto com ele. O ruim é que ninguém tem uma placa dizendo de qual time fazem parte.
— É, seria bom se tivessem.
— Bom, esse é seu fardo e por enquanto terá que carregar.
— Procure pessoas suspeitas. Ah, a propósito, aquele White parece suspeito.
— Bom, ele foi enviado pelo próprio pai da Alicia, o ministro da cultura para fazer parte da segurança.
— E se ele for um espião, Tony?
Richard contou como Sula pareceu com medo dele e toda a história da noite anterior.
— Então, demito ele ou deixo e observo?
— Acho que é a melhor chance de pegar ele. Mas é muita ousadia, bem debaixo do nosso nariz mandar alguém ou quem sabe, ele mesmo seja o hacker?
— Bom, não podemos descartar nada. Preciso que descubra quem de fato é de confiança e que eles mantenham todos os nossos assuntos em segredo.
— Nos meus homens, os que foram ao Brasil eu confio.
— E eu confio em Deus e em você, então, vamos pegar eles!
Duas da tarde, Sula estava na varanda de seu quarto que dava para um lindo jardim. Viu Richard passear por ali com a mão de Susan sustentada sob o cotovelo dele, a morena que usava um vestido preto que valorizava suas curvas. Restaria não muito para a imaginação de quem olhasse. Notou também que câmeras filmavam ao longe. Richard sorria para Susan que se derretia com a atenção e respondia como uma garota apaixonada. Isso Sula deduziu e segurou no corrimão lembrando do Brasil. Respirou fundo. Olhou para o príncipe tentando descobrir se ele parecia sentir algo pela Susan. E daquela distância não dava para dar um veredito. No entanto, seu coração ficou pequenino. Qual limite Richard não deveria ultrapassar? O que faria ela configurar como uma traição? Suspirou e ao virar-se percebeu rapidamente os olhos dele fixos nela e logo em Susan de novo.
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