Capítulo 5 - Perigo...

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Olá, queridos leitores, boa noite! Resolvi postar mais esse capítulo tenso. Jesus te ama, não entregue os pontos, não jogue a toalha, Ele É Fiel para fazer muito mais além do que pedimos ou pensamos! Há esperança! Respire e vá em frente! 

A música do capítulo é a de "Amor que enche" interpretada por "Com Cristo". Amo demais essa música. Na criação de Provérbios foi uma das que mais ouvi, mas na voz de Laura Souguelis.

A foto é de Sulamita olhando para o nosso príncipe. 

Se gostarem do capítulo, cliquem na estrela e comentem o que estão achando! 

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Ela sentia algo pontudo e afiado quase perfurando sua cintura. Seus pulmões buscaram ar e ela começou a ofegar, lembrando de que tinha naquela bolsa o salário do mês e todos os documentos. No entanto, lembrou que mais importante era sua vida. Entregou a bolsa e o rapaz parecendo notar a beleza excepcional dela, talvez uma descendente de índios, talvez uma asiática, a desejou, mudando assim suas ordens:

— Devagar, vamos comigo até aquela rua ali, senão, eu enfio essa faca tão fundo que garanto que você não vai viver para contar a história.

Sulamita sabia para que ele estava a conduzindo, via nos jornais com frequência. Em um instante, se arrependia de não ter aceitado a carona de Richard, de ter saído de casa e ter esquecido de tirar da bolsa tudo que agora estava sendo levado ou mesmo, de nem a trazer. Olhou com desespero para todos os lados, buscando uma ajuda, tentando lembrar das defesas pessoais que vira num filme: dedo no olho, chute na virilha. Mas ele estava tão perto e ela de costas, estava muito difícil, perigoso. Na hora certa, ela teria que reagir, mas só soube chorar baixinho e orou:

— Espírito Santo, Vida, socorro!

Tudo aconteceu rápido demais. Eles pareciam anjos. Ela não contou, mas pareciam mais de dez homens, arrancavam ela dele, o surpreendendo enquanto ele gritava O que é isso?!

Sulamita caiu no chão em choque, suas lágrimas anuviando sua visão.

— Calma, está tudo bem. –Uma voz tentava lhe trazer conforto.

Quando sentiu alguém tocando em seu braço se sobressaltou e abriu os olhos. Richard tinha um joelho dobrado olhando abismado para ela. Ele olhou para o rapaz que antes a mantinha refém e ela acompanhou seu olhar. Ele não tinha mais uma faca nas mãos. Estava preso sob um mata-leão de um dos homens que estava na pizzaria pelo que ela pôde detectar. Alguns outros mantinham armas apontadas para ele.

Richard a colocou de pé devagar e a abraçou. Em seguida, seus olhos assumiram certo ódio e desprezo, nojo ao fitar o assaltante. Ele segurou na mão dela, que ofegou com o toque, e foi até onde estava o rapaz que antes não parecia tão indefeso.

Todos observavam Richard em silêncio, como se esperassem um comando. Sulamita notou engolindo em seco, mas agora não tinha mais medo, se sentia segura com ele ali, segurando sua mão com firmeza.

— Está vendo essa garota? –Indagou com o sotaque charmoso, mas com um tom que até ela mesma sentiu medo.

O rapaz com os olhos arregalados permanecia em silêncio atônito pensando que estava perdido, que hoje morreria.

— Se você encostar em um fio do cabelo dela, você vai se arrepender. E em qualquer lugar do mundo que estiver, eu vou te encontrar, eu prometo. Entendeu? –A voz dele era baixa, felina.

O rapaz só assentiu. Imaginou que ele estava falando sério. Como um líder de um exército. Richard deu um murro sob o queixo dele, o nocauteando.

O que me dizem Cantares de Salomão?Where stories live. Discover now