Capítulo 4

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

Moisés De La Torre


Recebi um ''ok'' como resposta do Bruno.

Eu confio na inteligência dele, pesquisei sobre sua vida. Não posso acreditar que ele é burro para fazer algo contrário do seu ''ok'', do mesmo modo como acredito na inteligência do Gallardo.

Mas se eles fizerem besteira, o problema não será meu!

Toco a campainha, sei que os carros da polícia estão logo ali. Pelo menos fizeram como foi pedido, assim que apaguei meus faróis, eles apagaram também, entenderam meu recado. E assim que parei o carro, eles pararam logo atrás, em uma boa distância para não gerar suspeitas.

— Moisés. — Gioconda Rossi me recebe, com seu sorriso falso. Nem parece a mesma mulher que me ignorou quando foi à empresa do Gianluigi. — Uma honra tê-lo aqui.

''Honra'', claro que sim!

— Gianluigi pediu para vir até aqui. — falo, forçando um sorriso. — Ele avisou, não foi?

— Sim. — pede para que eu entre. — Meu marido já está separando tudo.

Entro em sua enorme casa. Não uma mansão como as do Bianchi, mas essa casa aqui tem lá os seus luxos. Também não tem os seguranças armados, mas tem câmeras.

— Boa noite. — cumprimento o jovem sentado no sofá, sua cara emburrada, de braços cruzados, lembrando Melina quando a vi pela primeira vez. Também emburrada, não aceitando minha ajuda, quase me batendo, tive que sedá-la, torcendo para que não morresse, e deu certo no fim. Demorou um mês para conquistar a confiança da garotinha... — Sou o Moisés.

— Esse é o meu filho...

— Esse é o sonho dela. — o garoto praticamente cospe as palavras, interrompendo a fala da mulher. — O maior sonho dessa...

— Não seja idiota, garoto! — e a mulher grita. — Se ele está aqui e se você está aí, é porque ele faz parte dos meus negócios. Pode reclamar à vontade, pode me dedurar, ele não se importa!

E como se o garoto tivesse alguma esperança em mim, ele muda de fisionomia, parecendo derrotado, até mesmo os olhos começam a encher de lágrimas.

— Drama adolescente. — Gioconda sussurra.

— Então ele sabe o que fazemos? — sussurro. — Isso é perigoso, não acha?

— Por isso ele não sai de casa. — pisca um olho.

— E como ele sabe? — indago. — Nunca esqueceu a verdadeira família?

— Eu o amo verdadeiramente. — e ela sorri com o maior amor do mundo para o jovem, que está vermelho de ódio. — Um dia ele entenderá que salvei sua vida, que o meu amor é genuíno.

— Foda-se! — ele grita.

— Olha a boca! — ela grita de volta. — É um jovem rebelde, como pode ver. — fala mais calmamente.

— Como não quero participar dessa reunião familiar, poderia dar logo o que Gianluigi pediu? Ele tem pressa.

— Meu marido está contando...

— Então ajude-o, para ser rápido. Como sabe, a família Bianchi anda morrendo, sendo assassinada. Esse dinheiro é para pagar umas pessoas. Não queremos irritar um patriarca, um chefe desesperado e desolado.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now