Capítulo 21

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

Horas atrás


Morgana está sentada no chão da sua cela. Seu nojo ao olhar as outras mulheres é evidente. Porém, ela está sendo ignorada, pelo menos, por enquanto.

— Ei, você! — Morgana toma um susto e até cai para trás quando um policial bate com força na grade, onde ela estava encostada. — Visita.

— Meu marido? — Morgana pergunta, toda esperançosa.

— Sim, é. — o policial destranca a cela e depois algema Morgana.

— Não tem necessidade disso. — Morgana tenta ser calma, foi ser grossa e agora tem uma dor na bunda e na lombar, pela ''rasteira'' que levou do policial. Tentou dizer que foi abuso de poder e levou uma chamada alta, ficou tão claro que ela é impotente nessa situação, que preferiu se calar. — Eu vi outras pessoas saindo sem algemas...

— Nenhuma delas tentou matar as filhas. — o policial fala, trancando a cela novamente e puxando Morgana pelo braço.

— Até que se prove o contrário, todo mundo é inocente.

— Não aqui.

— É a lei!

— Então por que não procurou pela lei quando sua filha, supostamente, tentou te agredir? — aperta o braço de Morgana.

Morgana não tem o que dizer. Já percebeu que, aqui, ela é a culpada e Adriana e Pamela são inocentes.

Ela é arrastada pelos corredores, os olhares das outras pessoas dão mais raiva a Morgana, pior, sente raiva dela mesma.

— Dez minutos. — o policial fala, abrindo a porta da sala.

Ali está Moisés, de pernas e braços cruzados, o olhar severo, a cara de quem quer matá-la.

— Não pode ser em um local reservado? — Morgana pergunta.

— Você é lunática ou é apenas burra? Ou as duas coisas juntas? — o policial pergunta. — Não tem tratamento VIP para tentativa de homicídio...

— Não foi...

— Vai entrar ou voltará para a cela? — o policial fala mais alto. — É a única visita que tem direito. Ou entra, ou sai!

Morgana engole seu orgulho, a vontade de gritar com o policial dizendo que tem dinheiro suficiente para acabar com sua carreira, então lembra que esse povo não foi comprado.

— Entro. — fala, engolindo a raiva. — As algemas.

— Continuará aí.

— Mas aquelas pessoas não estão algemadas...

— Você não é aquelas pessoas, Morgana. Você está abaixo delas, bem abaixo.

— É incrível como vocês são tão abusivos. Esse sistema de merda...

— Sabe onde é mais merda? O presídio. — ele sorri e ela fica séria. — Quando for comprovado sobre a menina Melina, te garanto que no presídio não aceitam violência contra criança, ainda mais sendo uma neta.

Morgana errou ainda mais ao citar Melina tão alto... Moisés não pode saber disso!

— Estão me acusando, me colocando como culpada...

— Ou entra ou sai!

Vira de costas para o policial, encontrando Moisés.

Anda para frente. É uma sala com mesas, tem mais gente aqui, e ela se sente inferior a todos eles. Tão inferior que as pessoas até olham para ela, vendo que é a única algemada do lugar.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now