Epílogo

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

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Pamela De La Torre

Cinco dias depois


Minha cabeça parou de doer um pouco. Depois de muito relutar, concordei com Solange e aceitei o analgésico que ela me ofereceu.

Minha cabeça parecia uma bomba relógio, pulsando, queimando, e prestes a explodir. Após tudo o que Bruno falou, fiquei tonta, preocupada e assustada. Não consigo pensar em crianças ali dentro, morrendo acorrentadas e sufocadas, apodrecendo ali. Local que só não estava fétido, porque tinha algumas saídas de ar, mas pelo nosso trajeto, locais que mesmo que eles gritassem, ninguém escutaria.

A minha vontade real é de ir até Moisés, confrontá-lo, tentar entender toda essa história, se está envolvido ou não, se teve alguma preocupação por Melina, se... Se ele foi capaz de fazer tudo aquilo para descobrir sobre minha filha.

Se ele foi o responsável pelas mortes dos Ferragamo, se pegou a menina que morava ali, se é a Melina mesmo... Mas escondê-la por três, quatro anos? Por quê? E o lance do incêndio? O corpo de outra criança ali, o suco que tomei e me apagou, as minhas internações... Foi apenas Morgana por trás de tudo?

Então Moisés fez tudo isso e agora nem ajuda Morgana por raiva? Alguma coisa não encaixa muito nessa história, e minha vontade real é de ir até Moisés e tirar tudo a limpo.

— Pamela, o combinado foi de entregarmos tudo ao Gallardo, para ele prosseguir com o trabalho. Somos de um cartel de drogas, mas, nessa questão, optamos pelo Gallardo.

— Para não trazer um grande conflito. — complemento. — É, eu sei. O conflito entre quadrilhas seria muito caótico. — olho para o Bruno, que está sentando a minha frente, com uma xícara de café e um sanduíche nas mãos. — Não há mais o que fazer agora, o plano sempre foi esse. Despertar o interesse de alguma autoridade para eles fazerem todo o trabalho.

— Entendo a ansiedade e a expectativa que foi gerada, porém, não podemos fazer nada por agora. Até porque podemos atrapalhar toda a investigação de Gallardo.

— Que vai demorar dias para começar, ele ainda tem que mandar tudo isso para algum órgão superior, para aí sim ter autorização de começar as investigações de outro Estado, um município lá longe.

Tento não desanimar, ou melhor, tento não pirar durante essa espera.

Respiro fundo.

Suspiro com cansaço.

— Desculpe-me, Bruno, mas, pelo menos hoje, eu não serei uma pessoa legal para conversar. — sou sincera ao falar isso, e tento falar da maneira mais suave possível. — Eu ainda estou processando tudo e sentindo um aperto no peito, nó na garganta e vontade de chorar e gritar. Não sou uma boa companhia por agora, por favor, me deixe um pouco sozinha.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now