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Ayla on

Bom, não posso falar que eu acordei, porque eu não dormi, mas parecia que eu tinha acordado de um transe. Meu quarto estava organizado graças a tia Freya. Mas a minha cama ainda estava no lugar errado.

Levantei e comecei a arrumar a minha cama e depois coloca no lugar. Quando comecei a empurrar, o barulho que fazia era irritante e alto, mas eu acredito que todos estão já acordados.

Assim que termino de colocar a cama no lugar, minha porta é aberta rapidamente por Rebekah, que estava ainda de pijama e com uma cara brava.

- Que barulheira é essa, Ayla? - ela perguntou quase gritando.

- Eu estava empurrando a cama, não é minha culpa que você estava dormindo.

- Óbvio que eu estava dormindo. Você sabe que horas são? - ela me pergunta com as mãos na cintura e eu fiz que não com a cabeça - Ata, está aí o problema, são 4 da manhã!

- O que? Não é possível - falei e olhei o relógio que estava na mesinha do lado da minha cama. 4:31. - Desculpa, tia Rebekah. Eu não vi o horário.

- Não tem problema - ela falou ainda irritada - Só que da próxima vez, olhe o relógio antes, sabe sono da beleza é difícil.

- Claro, tia Re - eu falei e deu um leve sorriso.

- Agora, se você não for voltar a dormir - ela começou - Faça algo menos barulhento, porque eu vou voltar a dormir.

- Tá bom, tia - eu falei - Boa madrugada.

- Boa madrugada para você também - ela disse e logo saiu do quarto.

Foi para a mini varandas no meu quarto e fiquei observando o pôr do sol que ainda demoraria alguns minutos. Estava escuro e eu podia ver algumas estrelas no céu.

Era difícil de fazer isso, tanto em NY quanto em Mystic Falls, mas aqui, parece doido, mas eu me sinto tão livre, mesmo com pessoas querendo matar pessoas, uma doida do inferno vindo falar comigo e tudo o que está acontecendo hoje em dia.

Percebo que já está ficando mais claro, e daqui a pouco haveria uma movimentação nas ruas e em casa. Vou para o banheiro, tomo um banho rápido, coisa que eu não fazia já faz um dia. Término, me arrumo, vou para a cozinha, caço a bebida que meu pai me deu pela geladeira, e no caso já estava acabando, e antes de alguém descer para a cozinha, eu já tinha ido embora.

Meus dias de viver como uma pessoa normal acabaram no momento em que eu fugi, e a partir de agora, teríamos que ter menos problemas, e mais tempo para resolver o problema do colar. É fato, que tudo que eu sei sobre ele já poderia ter ajudado todos nós, porém o meu maior medo é que se tudo sair do controle, o que eu sou capaz de fazer.

A escola estava vazia, fui para a biblioteca, que acabou virando o meu refúgio. Sentei no banco que fica na janela, ainda eram 6 da manhã. Encostei no colar, e fiquei o encarando. Não conseguia tirá-lo de jeito nenhum, é isso era frustrante.

Além do que, a pele onde o pingente encosta, fica extremamente vermelha e quente, não só quando eu uso sem querer a pedra, mas normalmente.

Alguns raios de sol batiam na pedra e ela lançava pequenas faíscas, o que era muito estranho. Fiquei olhando por um tempo, quando alguém chegou batendo em tudo. Só podia ser ela, não é?

- Me desculpa, não vi que tinha gente - ela falou.

- Óbvio, do jeito que você entrou trombando em tudo e batendo a porta - eu falei e revirei meus olhos, voltando meu olhar para o colar.

- Eu pedi desculpas - ela falou meio brava.

- E eu ouvi, só decidi ignora-las - disse dessa vez olhando para ela.

A Mikaelson perdida - temporada 2Where stories live. Discover now