1 ◦ Sou um cara morto

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HEY, PUNKS!!

Com uma introdução que me faz parecer o Supla, eu dou boas-vindas para vocês ao 1º capítulo de ARREBOL. Sei que prometi postar este cap em janeiro ou em fevereiro, por isso perdão pelo atraso, nem sempre consigo realizar tudo o que planejei (;-;). Mas agora Arrebol está aqui, e, de bônus, veio com um trailer feito pela minha baby sorvetae

[⚠ATENÇÃO Há menção sobre morte e suicídio, pode provocar gatilhos. Mesmo o cap sendo relativamente leve (na minha percepção), fiquem avisados sobre isso.]

Usem a tag #MariposaPunk para comentarem sobre Arrebol, isso ajuda muitíssimo a fic, pessoal! E não se esqueçam de Comentar, de ⭐VOTAR⭐, e de me seguir para receber avisos sobre atts. Obrigada💜

Acesse a playlist da fic (que está no carrd do meu mural) e BOA LEITURA!

[ 1 ◦ Sou um cara morto ]

Nós nunca sabemos quando vamos morrer.

Não é como acordar e ouvir o tic-tac do relógio avisando sobre as últimas horas da nossa vida, igual àquele filme "O Preço do Amanhã" com o gostoso do Justin Timberlake no elenco. A verdade é que a gente simplesmente não tem como prever, porque tudo se resume a um grande e infinito e completamente sem noção ciclo biológico no qual todos estão fadados a perecer.

E eu digo isso por experiência própria. Quando acordei naquele dia, nada parecia diferente. Minha cama estava bagunçada e cheirava a cigarro e perfume, como sempre; e o quarto que eu dividia com meu colega de república também parecia o mesmo, cheio de tralha, roupa suja e umas caixas de pizza num canto.

Na real, a única coisa que de fato acontece do jeitinho que dizem por aí é aquele momento antes da morte em que toda a nossa vida passa diante de nossos olhos.

Para mim, foi como ver um longa metragem de quarenta minutos que se divide entre momentos aborrecedores e instantes divertidos. Basicamente uma ida interessante ao cinema, mas não algo que valeria o preço do ingresso e da pipoca cara.

Com essa comparação eu já devo ter deixado óbvio que não gostei muito de partir dessa para melhor aos vinte e dois anos de idade. Vamos lá, é realmente deplorável iniciar a vida adulta assim.

Eu até poderia preencher os próximos parágrafos com reclamações sobre ter todos os meus objetivos de vida dilacerados por um deslize momentâneo e fatal, e falar que, por mais que eu seja um cara sozinho no mundo e com dificuldades em levar a sério relacionamentos pessoais, eu ainda pretendia ter uma família em algum momento do futuro.

Mas algo completamente engraçado e maluco aconteceu comigo depois que meu coração parou de bater. Então, no lugar de jorrar um repertório cheio de lamentações, vou narrar os ocorridos do dia em que morri, pois foi a partir dele que a melhor parte da minha quase vida começou.

Era 20 de julho de 2020, dia do maior evento anual de rock em Sant'Angela, e tudo parecia estar dando certo.

Eu não tinha acordado com ressaca, meu colega de quarto havia viajado ㅡ então nosso banheiro seria só meu por uma semana ㅡ, não haveria aulas pelo resto do dia por conta das férias de verão, e o chefe do trabalho no posto/lavatório de carros aceitou me liberar do turno às nove da noite, duas horas antes que o habitual.

ARREBOL • JiKookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora