CAPÍTULO VINTE E QUATRO

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ANNE BARTOLINI

Os dias passaram voando após nossa volta, muitas coisas aconteceram. Uma delas foi quando acordei no outro dia, com manchetes que falavam de Artur Gonzáles e seu “suicídio”. Miguel acordou comigo aquela manhã, disse que precisaria se ausentar o dia todo devido aos acontecimentos, mas prometeu me compensar. Ele realmente estava mudado, a cada dia se mostrava mais carinhos e atencioso, não sabia se ele tinha se dado conta disso, porém torcia para que não parasse. 

Valentina e Ângela estavam se adaptando bem, menos no quesito aceitar que, agora como são da família, tem direito a usar o dinheiro que lhes dou. Tive que usar meu lado duro com elas quando as levei as compras, após a primeira consulta de nona, e lhes asseguro que não foi tarefa fácil, usei como desculpa que uma tia e prima da Primeira Dama não poderiam aparecer de qualquer jeito em público, logo acusariam que Miguel não cuida das novas parentes, imagine da Famiglia, e por mais idiota que isso possa soar, elas caíram.

Logo estavam com roupas mais quentinhas, pois as chuvas deixavam o clima mais frio, como também roupas de festas, já que elas seria muito solicitadas.

Angela começou seu tratamento, e o médico nos garantiu que com uma fisioterapia, como também um tratamento, logo ela sairia de sua cadeira de rodas, e passaria a usar bengala. E isso animou todos nós.
A casa havia sofrido algumas mudanças, um quarto foi instalado no andar de baixo, todo equipado para Angela, como também a contratação de uma enfermeira. Tentávamos ao máximo lhe dá, apesar de suas tentativas inúteis de não aceitar, conforto, as duas.

Valentina em pouco dias aprendeu algumas coisas com nós três, e devo admitir, ela levava jeito tanto na luta corporal como usando uma adaga.

- Tente ver qual é o ponto de desequilíbrio em seu oponente. – disse em um de seus treinos, e apesar de ter começado a dois dias, ela já mostrava como se saia bem em uma luta.

- Como? – pergunta curiosa enquanto me analisa, estávamos treinando uma contra a outra.

- Simples, - falo dando uma rasteira rápida nela. - O distraia. – falo a ajudando a se levantar. – Viu como é fácil?

- Fale por você, - diz esfregando o ombro dolorido pelo impacto.

- Em apenas algumas palavras pude ver como você deixa seu lado esquerdo desprotegido, e se apoia mais na perna direita. – falo ficando em posição de ataque.

- Então preciso distrair meu adversário em uma conversa barata...

- Ou provoca-lo. – July a interrompe, ela estava sentada em uma cadeira vendo uma revista de moda. – Amo quando ele tenta atacar com raiva. – suspira com um maligno no rosto.

- Conversar e provocar. – Valentina repete como se fosse para memorizar – E focar no ponto fraco do adversário.

- Não importa o tamanho. Ele terá algo para se desequilibrar. – a garanto.

- Tipo como Davi e Golias? – pergunta.

- Só que sem a pedra. – respondo sorrindo. Mas para quando sinto o impacto do meu corpo com o chão. – Cazzo! –falo no chão, ela havia usado a mesma tática que usei com ela.

- Você está bem? – ela pergunta vindo até mim, preocupada. Aproveito sua distração pego o braço que ela me ofereceu como apoio para me levantar, a puxo e giro, ficando com ele entre minhas pernas e o puxando, como se o fosse quebrar.

PROMETIDA AO DOM - Trilogia Bartolini - Livro I Where stories live. Discover now