Ethan Campbell - O destino trouxe você

Capítulo 11

~~ETHAN CAMPBELL~~

Aconteceu tudo muito rápido em um minuto estava tudo silencioso, no outro só escuto o barulho da colher da Stella caindo e um pouco de sopa caindo no seu braço, rapidamente pego o lenço ao meu lado e limpo a sopa da sua pele que se encontra um pouco avermelhada.

Examino com mais cuidado o braço dela, para que não forme bolhas peço para um empregado trazer uma bolsa com gelo. Sinto um aperto forte no meu braço, levanto meu olhar para Stella, vejo lágrimas descendo pelos seus olhos.

—Stella, diga-me o que você tem! — Quando ela não me responde, tento novamente.

—Stella— Chamo seu nome com um tom mais forte —Diga-me qual é o problema! —exclamei nervoso e preocupado.

Quando seus olhos encontram o meu vejo que é algo forte parecia que a mesma está sem ar, a respiração forte atravessou seus lábios e ela colocou uma mão na garganta para que pudesse puxar mais ar, afasto sua cadeira e a deixo de frente para mim.

—Stella, respira fundo e tenta dizer qual é o problema, está me assustando.—Eu pensei que nunca iria me preocupar assim por outra mulher depois de Alisha, então qual a razão para todos esses sentimentos que estou sentindo por ela? raiva, ciúmes, preocupação, entre outros que eu mesmo não consigo decifrar.

—Sou...alérgica...frutos...do...mar— Ela finalmente me revela o motivo do seu mal estar entre respirações profundas.

— Vou levar você para o hospital—Falo e já passo um dos braços nos seus joelhos e o outro na sua coluna, levantando a mesma.

— Vai demorar muito tempo para chegar ao hospital, temos que aplicar uma injeção anti-alérgico rapidamente, devo ter alguma, na minha maleta. Volto logo, enquanto isso deixe ela deitada para que o ar circule melhor e não a deixe perder a consciência.—Faço o que meu irmão diz, caminho em direção a sala para deita-lá no sofá.

Fico do seu lado no sofá enquanto sinta sua mão aperta cada vez mais forte meu braço, ver a expressão de dor em seu rosto me deixa com uma dor no peito, não poder ajudá-la me deixa extremamente angustiado.

Sua respiração começa a falhar toda a sala é preenchida com os sons profundos dela tentando puxa sua respiração, seus olhos começando a se fechar me deixando em completo desespero.

—Stella —Chamo seu nome, quando ela fecha os olhos.— Não se atreva!— Ela abre os olhos, mas logo em seguida fecha os mesmos de novo e por mais que eu chame ela não volta a abrir e sua respiração está ficando cada vez mais fraca.

—Porra!—Exclamo —Onde, merda está o Mason?—Grito

—Ethan, fique calmo— Pediu meu irmão Andrew

—Não me peça para ficar calmo, porra. Não quando a minha namorada está passando mal —Tomo uma longa respiração, e então eu percebo que não escuto mais as pequenas respirações da Stella.

—Stella— Chamo seu nome em desespero — Não faça isso comigo.— È assim que vai acabar? Ela vai morrer assim por minha culpa.

Vejo meu irmão finalmente surgi na sala, abri sua maleta rapidamente e pegar o medicamento com uma seringa, e logo em seguida se aproximar de nós.

— Quanto tempo ela está inconsciente? — Pergunta Mason

— Acho que de um ou dois minutos.

Quando sua mão encosta na sua coxa, uma fúria cresce dentro de mim. Bato em sua mão, e não importa o olhar de raiva que ele lança para mim, também não escondi que não estou gostando onde ele está tocando.

— Isso não é hora de ciúmes, Ethan! O melhor lugar para aplicar é no músculo da coxa.— Ignorando meus protestos, ele toca ela novamente, vejo quando a agulha entra na sua coxa, ele puxa o ar e depois aplica todo o conteúdo. Olho para Stella esperando ela puxa alguma respiração e abrir os olhos mais nada acontece, deixando-me mais aflito.

— Porque ela não está reagindo? — Pergunto para Mason, que estava olhando para o relógio em seu pulso. O mesmo não me responde, então quando estou prestes a perguntar novamente, escuto uma longa respiração vindo de Stella, olho para ela, que agora tem seus lindos olhos azuis abertos, se engasgando um pouco com todo ar que está puxando, ajudo a mesma a se sentar, enquanto ela tenta estabilizar a respiração. Passo a mão pelas suas costas.

[...]

~~Stella Collins~~

— Tem certeza que já se sente bem, gatinha? — Pergunta Mattew e mesmo que tenha me conhecido apenas hoje vejo a preocupação no seu rosto, assim como em toda sua família.

— Estou — Quando respondo sinto minha voz um pouco rouca ainda.

— Me desculpem por estragar o jantar.

—Querida! Você não estragou o jantar, não se culpe. Mas, nós avise se tiver mais alguma alergia para que possamos tirar do cardápio na próxima vez que aparecer aqui em casa, certo?— Eu apenas aceno para Mayra, as pessoas dessa família são tão gentis, que sinto uma dor no meu coração por está mentindo para elas.

—Obrigada, Mason!— Agradeço ao meu salvador, minha alérgia se tornou um pouco critica com o passar do tempo, já aconteceu antes, comer sem saber que tinha frutos do mar e isso ajudou no processo para deixa-la mais avançada por isso sempre ando com uma injeção na bolsa, mas com tudo que me está acontecendo não lembrei desse detalhe, acho que se Mason não tivesse a injeção eu poderia ter tido uma parada cardiorrespiratória ou até mesmo morrido.

Olho para todos são visiveis nos seus rostos a preocupação, porém tem um rosto que eu não vi desde que acordei mas sei que estava comigo no momento da crise alérgica, Ethan. Começo a procurar pelo cômodo para vê se encontro o mesmo, entretanto sem sucesso.

— Ele está no jardim.— Responde Adam, parece que ele é uma pessoa de poucas palavras como disse Mia, mas espero um dia ganhar sua confiança.

— Você deixo-o muito preocupado, gatinha! Nunca vi meu primo ficar naquele estado, ele saiu para respirar um pouco.

Me levanto com o olhar atento de todos, e Mattew sabendo que eu iria até ele diz que me levaria ao jardim. Quando chegamos no jardim vejo Ethan de costas para a porta onde estou, olhando para o céu.

Vou me aproximando dele quando ele sente a minha presença se vira e fica me encarando por alguns segundos, até que ele faz uma aproximação que deixa nossos rostos completamente perto e toda a minha visão está na sua boca. E como se ele tivesse reivindicando algo, ele me beija.