Capítulo 3

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~~Stella Collins~~


Já estávamos no escritório do Ethan, continuo dizendo para mim mesma que estou muito ferrada, não me importo se eles estão olhando para mim, estou andando de um lado para o outro.

Ser namorada de mentira de um dos homens mais ricos de NY, não é brincadeira existe regras de protocolos a ser seguidos, como, segurança irei me tornar para algumas pessoas um dos pontos fraco dele, existe também os milhares de urubus querendo notícias novas, além que vou ter que acompanha-lo em festas de gente rica, não que eu nunca tenha ido para algumas, mas é completamente diferente de ser namorada e barriga de aluguel.

— Você vai acabar fazendo um buraco no chão do meu escritório! — Escuto a voz rouca dele que me dão arrepios sendo direcionada para mim, finalmente respiro fundo e decido encarar os dois.

— O que mais eu poderia fazer se não um buraco aqui! — Heitor olha para mim chocado por minha atitude e seus olhos vão ao encontro do amigo, onde observo que o mesmo, fecha a mão em punho. Ótimo vou conviver por dois anos com um cara que não gosta que entrem em conflito ele. — Eu poderia ter ao menos sido avisada que se tratava de Ethan Campbell.

— Porque o que teria feito se soubesse que se tratava de mim? — ele pergunta, olhando para mim.

— Teria recusado, mesmo que eu tivesse que morre pagando as dívidas do meu pai!-digo e por incrível que pareça eles ficam em choque pelo que eu disse. — Racione comigo, você é um dos homens mais ricos de NY, sou apenas uma médica que trabalha mais de 24 horas por dia para pagar as dívidas do pai, você anda com seguranças por todos os lados, já eu não, sou livre, você é um ímã para jornalistas, a única vez que apareci na televisão foi porque salvei a vida do Delegado Noah Blake, você é um homem de negócios que participa de muitas festas chiques e com gente rica, a última vez que fui em uma festa dessas foi a 3 anos atrás.

— Percebe como os nossos mundos não se bate, mas agora eu preciso do dinheiro se não sou morta, por causa de um homem que só doou os espermatozoides para minha mãe, pois, ele não merece ser chamado de pai.

—Estou entrando em um contrato que vai mudar toda minha vida. Será que fiz alguma merda na minha vida passada e estou pagando nessa, por que eu só vivo para sofrer ou entrar em furadas, senhor—Não tinha percebido, porém, tinha começado a andar de um lado para o outro de novo, acho que estava entrando em pânico novamente, eu tentava controlar, mas não é como se desse muito certo.

Sinto mãos em meus braços, uma pequena sacudida, porém, eu não estava me concentrando, alguém me pegar nos braços e me faz sentar.

— Ei! Respira com calma...—Tentava, mas não estava indo, comecei a ter ataques de pânicos desde a primeira vez que os capangas de Caleb foram à minha casa que eu morava com Erick.    — Devagar! Faça isso Stella! Respire!—Percebo um certo desespero na sua voz, meus olhos finalmente conseguem focar nos dele e minha respiração vai voltando ao normal.

— Obrigada e desculpe pelo meu ataque—Sussurro envergonhada, odiava quando as pessoas vinham meu lado mais frágil. — Essa é a hora de falar que não vai mais fechar um contrato comigo!

— Por que diz isso?—ele pergunta me olhando confuso

— Quem vai querer uma namorada e barriga de aluguel com todos esses problemas e ainda mais tendo ataques de pânico.—Eu sei que ter ataques de pânico não impede ninguém de ter um amor, eu queria apenas...Não sei desaparecer, amo meu trabalho, mas o Erick suga todas minhas energias, será que desaparecer é a melhor escolha?

— Eu não julgo você pelos seus problemas ou por seu pânico, isso quer dizer que você é uma batalhadora, pensa que eu não pesquisei sobre sua vida antes de manda Heitor fazer a proposta. Você é uma pessoa honesta e só disso que eu preciso.—Antes que eu possa agradecer novamente, ele se levanta e se senta na sua cadeira.

— Vamos tratar de negócios agora ou ficaremos o dia todo aqui.-Maravilha vou conviver com alguém bipolar. Me levanto do sofá e me sento de frente para eles, chegou a hora de acabar com o resto da minha vida.

 [...]

— Você está dizendo que vou ter que morar com você?—Esse contrato tem cada exigência

— Quero acompanhar o crescimento do meu filho! E para isso você precisa morar comigo, além disso, como já viu no contrato você não pode ter relação com outro homem, enquanto estiver comigo e principalmente carregando meu filho.—Como se eu tivesse tempo para homens com um agiota na minha sombra, reviro os olhos. E isso, deixa ele irritado.

— Assim que assinar o contrato, eu mesmo vou mandar alguém entregar o dinheiro e você não vai ter mais nenhum contato com aquele homem e deixarei claro que se seu pai fizer uma nova dívida ele mesmo deve pagar, por que se forem atrás de você, irei denuncia-los a polícia, tenho ótimos amigos para deixa-lo apodrecer na cadeia.—Respiro fundo, sei que estou ferrada, mas espero não sair machucada no final da história.

— Uma coisa você vai ter que mudar no contrato.—Ele ergue as sobrancelhas

— O que?—Ele me pergunta, se levantando da cadeira e aproximando-se mais de mim.

— Não vou parar de trabalhar mesmo sendo sua namorada e quando estiver carregando seu filho.—Eu já sabia e sentia no final eu iria sair machucada, será que eu teria mesmo coragem de dar todos os meus direitos a criança para ele, meu sonho sempre foi ser mãe.

— Você vai estar gravida!—Grita, mais um que acha que gravidas não podem trabalhar. A vontade de dar um tapa na minha testa é grande, mas me controlo ele já está irritado por causa da revirada de olhos.

— Isso grávida, não doente. Esqueceu que sou médica sei muito bem o que devo ou não fazer na gravidez, eu não vou parar de trabalhar e ficar na sua casa apenas olhando para o teto sem fazer nada.—Não irei virar um vegetal na casa dele, porque o senhor arrogante quer.

— Você vai receber dinheiro melhor do que o salário que você ganha, pode sair para gastar.—Começo a rir, juro que tentei me segurar, mas já sabia que ele ia dizer alguma coisa idiota.

— Você pensa que sou que nem essas patricinhas? Prefiro trabalhar e ganhar meu próprio sustento.

— Certo, você pode trabalhar...—Meu sorriso se ampliar. — Porém, quando você completar 7 meses você vai ficar em casa.—Bom é tudo ou nada, dou de ombros. — Certo.—assinamos os contratos, e estou amarrada a esse homem por dois anos, eu só peço que eu não saia machucada, já bastam todos esses anos.

— Amanhã mesmo vamos a uma clínica de confiança e começamos o processo de inseminação artificial.—Olho para ele espantada. — Amanhã? Já!

— Claro! Quero muito um filho, logo.

Ethan Campbell - O destino trouxe vocêWhere stories live. Discover now