Capítulo 12

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Hannah 

Ergo os braços alongando o corpo antes mesmo de abrir os olhos. Sei que a porta que dá acesso à varanda do quarto está aberta, pois sinto a claridade em minhas pálpebras fechadas, foi isso o que me fez acordar, provavelmente mais cedo do que eu gostaria. Relutante, abro os olhos e constato que Vicente não está mais na cama, levanto-me e vou a procura dele. O encontro em pé na varanda olhando fixamente para a imensidão do mar azul. O sol ainda está baixo indicando que acabara de nascer. Vestindo uma calça de linho branco com elástico na cintura, ele segura firme na grade de madeira, tão firme que seus dedos estão brancos com a força imposta. Abraço-o pela cintura e ele se assusta com minha presença, mas depois relaxa completamente.

— Levantou-se cedo — digo com a voz rouca pelo sono e recebo seu beijo de leve em meus lábios, enquanto ele me aperta em seus braços de forma carinhosa e protetora.

— Eu gosto de ver o sol nascer e daqui é simplesmente fantástico.

— Com certeza, mas depois de semanas estressantes eu pensei que descansar, dormir até não aguentar mais seria o natural, não acordar de madrugada para ver o sol nascer.

— Já para mim, assistir esse espetáculo é o que me faz descansar a mente. E você, por que não está dormindo?

Fico calada diante de suas palavras, pois senti que alguma coisa estava errada. Na verdade, venho percebendo isso há algum tempo, entretanto estou evitando pensar sobre o assunto. Ele mal dormiu durante a noite, e quando fizemos amor parecia que seria a última vez. Minha garganta se aperta com esse pensamento. Ergo minha cabeça e encaro seu rosto.

— Está acontecendo alguma coisa? Você parece preocupado — disparo.

Talvez eu devesse deixar de lado e acreditar no que ele diz, pois ficar colocando caraminholas na cabeça não é a melhor opção. Estamos em um lugar exclusivo, feito para casais em lua de mel ou apenas para viagens românticas a dois, para aqueles que querem privacidade durante a estadia. Nosso bangalô tem vista para a Praia do Morro do Pico que é realmente uma vista deslumbrante e dá vontade de ficar o tempo todo admirando tanta beleza.

— Impressão sua, está tudo bem. — Beija minha testa. — Amanhã eu prometo que te chamo para assistir comigo. É perfeito, você vai adorar. — Puxo um longo suspiro de resignação.

— Não subestime minha inteligência, Vicente. Mesmo que eu não o conhecesse bem, ainda assim eu notaria que tem alguma coisa errada.

— Desencana, meu amor, não é nada mesmo. — Segura meu queixo delicadamente, passa o nariz no meu como um beijo de esquimó.

— Você me diria se alguma coisa estivesse errada, não é?

— Hannah, está imaginando coisas. Não há nada demais, só algumas coisas do trabalho que às vezes me estressa. O que acha de pedir o café no quarto? Hoje marcamos mergulho, lembra?

Prefiro ignorar a mudança brusca de assunto. Não quero pressionar e parecer uma louca cheia de neuras. Mas, às vezes, eu queria que o Vicente não fosse tão fechado em algumas coisas. Ele não é um homem de muitos amigos, mas eu não posso julgar isso, também não tenho muitos, mas os poucos que tenho são verdadeiros.

— Sim, vamos pedir e comer aqui mesmo — digo passando a mão em seus braços fortes. Olho para frente e percebo que o sol subiu mais um pouco, penso que isso mostra porque é chamado de astro rei. As ondas quebram furiosas sobre as rochas lá embaixo ao passo que do outro lado a água aparenta estar calma, quase uma piscina.

Escolhas Perigosas - degustação Where stories live. Discover now