Escolhas Perigosas - degustação

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Observo tudo completamente maravilhada. Estamos indo a uma festa oferecida por um dos parceiros do Vicente. Ele me disse que seria uma festa de gala, entretanto acho que não captei bem o recado apenas com essas palavras e o pedido de que eu usasse as joias que ele havia me dado há duas semanas. Até cheguei a pensar que havia exagerado no vestido, mas agora vejo que não. 

Há uma fila de carros de luxo estacionados por toda rua até chegar na entrada da mansão do Deputado o qual viemos prestigiar.

Garrafas com luzes brilhantes estão penduradas em todo o caminho, enquanto nós chegamos mais perto com o carro, percebo quão luxuosa será a festa.

— Você está deslumbrante. — Ele diz, talvez para me acalmar um pouco. Eu adoro os seus elogios, sempre me deixam mais confiante, ele sabe disso. Ele para na entrada de automóveis e um manobrista abre a porta para mim. Ele beija a minha mão e sai do carro no mesmo instante em que entrego a mesma mão que ele havia beijado para o manobrista ajudar-me a descer.

Uau! Um tapete vermelho corre ao longo da grama, uma mulher sorri e segue na frente conduzindo-nos ao impressionante terreno da parte traseira. Seguimos pelo tapete de mãos dadas, sinto que a minha está pegajosa pelo nervoso, Vicente aparta, sorri quando olho para ele.

Vejo alguns fotógrafos guiarem alguns convidados para posar para fotos contra uma enorme parede de samambaias.

Muitos garçons servem nas bandejas taças cheias de champanhe e outras bebidas. Nós nos aproximamos de uma grande árvore seca com muitas garrafas penduradas nos galhos como se fossem folhas. Abaixo dela, uma mesa com todos os tipos de bebidas. Sorrindo da minha cara de admiração, Vicente me leva para o lado oposto, em uma pista de dança montada embaixo de uma enorme tenda transparente onde outros convidados estão reunidos, conversando com suas taças de champanhe, enquanto alguns estão apenas movendo-se ao ritmo da música.

Outra tenda enorme encontra-se do lado oposto onde eu posso vislumbrar as mesas reservadas. Uma música da Nora Jones toca e Vicente me puxa pela cintura para dançarmos.

— Pensei que nesse tipo de festa ninguém dançasse — falo no ouvido dele.

— Você se surpreenderia com o que pode acontecer em uma festa como esta.

— Tipo o quê? Um quarto separado só para orgias?

— Isso também. — Afasto-me bruscamente olhando seu rosto de olhos arregalados.

— Mentira. Você já...

— Ei, melhor nem perguntar certas coisas. Não quero mentir para você e a verdade pode ser decepcionante.

— Safado, você é chegado em uma orgia? É isso?

— Não, eu não sou, embora já tenha participado, eu prefiro ter apenas uma mulher em meus braços, você. E não suportaria dividi-la com ninguém.

— Boa resposta, porque apesar de estar muito apaixonada por você, eu não curto esse tipo de coisa. — Ele sacode a cabeça sorrindo. Olho ao redor vendo tantas pessoas elegantes. — Quem diria.

— Deixa de pensar besteira, vem, vamos procurar nossa mesa.

Caminhamos em direção à tenda onde uma mulher nos recebe, confere no tablet e nos mostra onde será nossa mesa. Pego uma taça de champanha da bandeja de um dos garçons que passa por nós.

— Vicente, que bom que você veio. — A voz de um homem nos faz parar.

— Carlos, como vai? — eles apertam as mãos. — Esta é minha namorada, Hannah.