Capítulo 14

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*Bella narrando.

Após 2 anos terem se passado, reparei como a vida melhora, quando paramos de reclamar.
Talves tudo parecia dar errado comigo, por quê eu não acreditava em mim, sempre que algo poderia dar certo, eu mesma destruía aquela
esperança.
Bob e eu? Já não havia mais essa fantasia, ele havia conhecido alguém, o nome dela era Doroty, pra falar a verdade eles já se conheciam e há muito tempo.
Ano passado eu tinha começado um emprego temporário, era em uma sorveteria no centro da cidade, o salário era pouco mas dava para o gasto.
Trabalhei durante uns 4 meses, até que minha chefe em um dia nada a ver, estava um pouco estranha, talvez estivesse chateada com algo ou não, e me tratou mau na frente dos clientes.
Eu fiquei chateada claro mas relevei, afinal, era minha chefe e era meu primeiro emprego, não de carteira assinada mas era o que tinha.
Após esses devaneios, mesmo eu não falando com Bob (o que por um tempo me deixou triste), aprendi a conviver sozinha.
No final do ano passado, final do 2°Grau do colegial, tomei uma decisão difícil, passar a virada de ano longe de meus pais e de minha irmã Meghan.
Eu iria viajar para o Sul, junto com minha prima Kate, e voltariamos no começo do mês de Janeiro.
Eu pensei bastante claro, afinal, era uma decisão que só eu havia de tomar e porque eu nunca tinha de passado o final de ano tão longe de minha família.
Enquanto estava lá no Sul do Paraná, reparei que minha ansiedade havia controlado, meus pensamentos tinham sumido, era como se eu estivesse em paz comigo.
Eu precisava daquele momento.
Um dia antes do dia 31 de Dezembro, enquanto estava em um telefonema com a Meghan por vídeo chamada, observei um carro que chegará na casa de temporada em que estávamos.
Imaginei que fosse alguém para pedir informações ou que estivesse perdido, mas descobri que era os parentes distantes do marido de Kate.
Vi descer do carro, 5 pessoas e dentre elas um garoto, que aparentava ter entre 13 ou 14 anos de idade.
Eles vinham de muito longe, pelos ares de Rondônia, uns 3 milhões de quilômetros até São Paulo.
O garoto era tímido e não trocou nenhuma palavra comigo desde então, eu fiquei muito curiosa para saber seu nome, não que eu estivesse interessada mas só pra saber caso precisasse.
Seu nome era Gúzman, tinha 19 anos embora não apresentasse, ele não era muito de falar como mencionei, mas tudo bem, eu não estava no clima de conversas, só queria aproveitar o momento.
Enquanto estávamos na beira do mar, Kate pediu que eu e Ambry fossemos comprar mais refrigerante, pois havia acabado o que levamos, mas com uma condição, que Gúzman fosse junto.
Claro que Ambry e eu não gostamos muito da idéia, nos queriamos ir sozinhas, mostrar que éramos independentes mesmo que não fosse, mas tudo bem.
Gúzman não disse uma palavra, nem na ida até o mercado, e nem na volta, foi o tempo todo calado, o que me deixou muito incomodada.
(Não queiram saber o por quê).
No dia 01 de Janeiro, Gúzman, teve que seguir viagem, e é claro que não trocamos nenhuma palavra deis do dia que chegou, mas reparei que ele ficou com muita vontade de vir se despedir de mim, foi ai que tomei a iniciativa e chamei-o no Whatsapp.
Nós conversamos muito por sinal, até o dia que retornei para São Paulo, e é claro que viemos conversando durante todo o trajeto.
Após alguns dias, depois de ter passado as festas de fim de ano e eu ter chegado em casa, Gúzman e eu estávamos "mais" próximos, (droga, me apaixonei).
Ele morava em uma Fazenda no campo de Rondônia na qual tinha como propriedade, e seus pais haviam se mudado para a cidade, pois seu pai, tinha um problema de saúde que precisava tratar.
Era difícil conversar depois que ele chegou lá, pois não havia sinal de internet e tinha muitos afazeres como cuidar dos gados, e da Fazenda em si.
Muitos dias sem nos falarmos, percebi que aquele sentimento mínimo pelo fazendeiro já não era mais tão intenso como antes, embora pra ele parecia ou não.
Após alguns meses, reparei outra coisa na qual me surpreendeu muito e me deixava extremamente feliz, era a convivência com meu padastro, estávamos mais próximos e já não havia mais brigas, com minha mãe era um pouco difícil mas também não era aquela coisa de brigas todos os dias.
Após o início do último grau do Colégio, algo muito interessante aconteceu, minhas colegas na qual haviam se afastado de mim por terem me magoado com suas palavras, vieram se desculpar, e sim, com toda certeza foi de suma importância pra mim.
Tudo estava no devido equilíbrio da vida.
Nada de ruim mas nada de bom, e eu ia seguindo meus dias assim, sem ter alguém pra chamar de meu mas não era algo que me importava agora.
Mas nada dura pra sempre, quando achei que tudo havia de ficar no seu lugar, o mundo gritou socorro.

Minha Vida É Um Conto De FadasWhere stories live. Discover now