8. Hot Dog

3.2K 421 420
                                    

Louis respirou fundo, encarando as planilhas sem acreditar naquilo. A Chococandies fechara no vermelho em setembro e ele não permitiria que aquilo acontecesse outra vez em outubro. Seus neurônios estavam fritando dentro de seu crânio, tentando pensar em alguma alternativa.

- Inferno! - xingou, jogando a caneta na mesa e passando as mãos pelos cabelos, enfurecido e frustrado.

Girou sua cadeira, contendo a vontade de rasgar aqueles papéis. Encarou a cidade de Londres, o sol já tinha se posto através dos grandes prédios comerciais, colorindo o céu nos tons de rosa, laranja e roxo. Algumas estrelas começavam a apontar e ele arregalou os olhos com a percepção. Viu o horário em seu relógio de pulso e gemeu baixinho, eram quase oito horas da noite.

Desligou o computador e guardou as planilhas impressas em sua pasta de couro, caminhando com esta para fora do escritório. Trancou a sala e desceu pelo elevador, estava praticamente sozinho na empresa, exceto pelos seguranças do lado de fora. Saiu do prédio e foi até seu carro, dirigindo para sua casa.

Seu celular tocou e ele transferiu a chamada para o Bluetooth, surpreendendo-se ao ouvir a voz grossa e rouca de Harry.

- Lou? - falou baixinho.

- Oi. - respondeu, virando em uma esquina. - Tudo bem?

- Sim, e você?

- Poderia estar melhor. - resmungou.

- Eu estava pensando... você quer jantar aqui hoje?

O quê? Harry Styles me convidando para ir à sua casa?

- Não está muito tarde? - questionou educadamente, escondendo sua surpresa. Tem caroço nesse angu, pensava. Aquele convite era inofensivo, mas estranho demais para sair de Harry, que era uma criatura orgulhosa e teimosa. - Não quero incomodá-lo.

- Bem, ainda não fiz o jantar. - riu baixinho. - Mas se quiser, preparo para dois.

- Não precisa. - mordeu o lábio. - PORRA! - gritou quando outro motorista o fechou, quase arranhando seu carro. - Tirou a carta onde, cara? Brincando com carrinho de controle remoto? Ah, vai para a casa do caralho! - xingou sozinho, o motorista que trouxe sua fúria ao limite já havia passado há muito tempo.

Harry estava de olhos arregalados do outro lado da linha, nunca ouviu Louis tão irritado. Não sabia o motivo que o levou a ficar assim. Será que fui eu?

- Perdoe-me, Harry. - Tomlinson falou, mais controlado. - O que dizia? Ah, o jantar! Não precisa se incomodar, como qualquer porcaria aqui na rua. - parou em um semáforo.

- Não faça isso. - repreendeu. - Venha aqui.

- Não se incomode em fazer o jantar para mim. - disse, suas bochechas coradas de vergonha. Desde quando sou tímido? - Está tudo bem.

- Podemos ir no parque e comer cachorro-quente, huh? - sugeriu. Ele queria ver Louis, grande parte do seu orgulho fora embora com a conversa que tiveram mês passado e desde então estava mais receptivo. Um ponto que sempre ficava em sua memória era o abraço caloroso que o empresário lhe dera, o que contribuiu para que o dentista passasse a confiar nele.

- Tudo bem. - disse baixinho. - Estou perto do seu bairro, vou passar para te buscar, ok?

- Certo! - sorriu e desligou a chamada.

Louis sentiu seu pescoço esquentar quando estacionou na frente da casa do dentista. Harry estava na porta, usando uma skinny preta e apertada e uma camisa rosa com flores. Seus cachos sedosos caíam em seu ombro e ele parecia alegre, a julgar pelo sorriso de covinhas.

Chococandies | Larry StylinsonWhere stories live. Discover now