chapter 3 - henry

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"Go find a woman, and you'll find love
And don't forget, son there is someone up above

And be a simple kind of man
Oh, be something you love and understand"

Música: Simple Man • Cover Jensen Ackles

Música: Simple Man • Cover Jensen Ackles

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HENRY

Nunca havia ficado tão nervoso por me apresentar em um painel, mas fiquei, a partir do momento em que subi naquele palco. A comoção foi tanta que não soube como agradecer tamanha recepção, os gritos de animação eram ensurdecedores e toda aquela energia chegou a me arrepiar. Quando desço do palco encontro Rach me esperando, está visivelmente animada.

— Meu Deus, aquilo foi incrível! — diz ela assim que está próxima o suficiente para que eu possa ouvi-la.

— Não é? Eu não consigo nem explicar a sensação! — sinto que estou sorrindo de orelha a orelha.

— Espero que tenha sido a melhor recepção que você já teve, não aceito nada menos que isso — um sorriso divertido dança em seus lábios e ela me olha com a sobrancelha arqueada.

— Ah Rach, isso aconteceu desde o momento em que me buscou no aeroporto. Então com certeza sim! — seus olhos se arregalaram levemente e então ela os desvia dos meus, está sem jeito.

E vou dizer Rachael, você fica mais linda quando está tímida.

Retornamos para o camarim, Rach me entrega uma garrafa d'água que havia frigobar, já fazia calor e aquela agitação toda me deixou com mais calor ainda, volto a me sentar no sofá quando ela fica próxima, a minha frente. Enquanto concentra toda sua atenção na programação que tem em mãos, eu a observo — a última vez que fiz foi no carro e no elevador, quando peguei ela também me observando — era perceptível o quanto ela se esforçava para que tudo saísse em perfeita ordem. Mas a tatuagem no braço, próxima ao pulso sob o relógio acaba chamando minha atenção, não havia percebido. Era uma frase — The road so far — acho que não poderia ficar mais intrigado se haveria mais tatuagens sobre o seu corpo.

— Bom, ainda temos uma entrevista e uma coletiva de imprensa — diz, me arrancando dos meus pensamentos — E então acabamos — completa.

O toque do seu celular nos interrompe no exato momento em que abro a boca para falar. Ela o atende de imediato após checar a tela.

— Pronto? — fala em português, mas eu não entendo uma palavra sequer da sua conversa ao telefone — Bia, você pode encaminhar por e-mail tudo isso? Assim que estiver livre vou analisar e dou um retorno. Tudo bem, obrigada. Beijos! — Finaliza a chama ainda encarando a tela do celular.

— Henry, podemos ir? — ela indica a porta.

— Claro! — digo me levantando — Depois de você — estendo a minha mão para que passe primeiro e ela agradece.

Seguimos então para a segunda parte do dia, a entrevista aconteceria dali a alguns minutos.

•••

Voltávamos para o hotel passava das 18 horas, o céu alaranjado indicando que começava a anoitecer em São Paulo, o movimento no trânsito estava bem menor por ser um domingo e quando deixamos o evento, o lugar ainda estava lotado

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Voltávamos para o hotel passava das 18 horas, o céu alaranjado indicando que começava a anoitecer em São Paulo, o movimento no trânsito estava bem menor por ser um domingo e quando deixamos o evento, o lugar ainda estava lotado. A entrevista e coletiva de imprensa havia ocorrido normalmente. Encostado na parede do elevador, percebo que Rach está longe em seus pensamentos — observá-la passou a ser um costume pra mim, até rápido demais pra uma pessoa que conheço a menos de um dia, mas ela me intrigava — talvez pudéssemos virar amigos ou algo do tipo, e assim nos conheceríamos melhor, talvez. Mas o que eu estava pensando? Eu iria embora amanhã e está mais que óbvio que não vamos manter contato algum.

— Uma libra pelo seus pensamentos — quebro o silêncio.

— O que? — ela me olha sem entender.

— Consigo ouvir sua cabeça funcionando daqui — respondo sorrindo. Ela solta a respiração e sorri de volta.

— Pensando no trabalho ainda — sorri de canto.

— Imagino que hoje tenha sido o seu dia mais corrido.

— Na verdade, estou assim a 4 dias — ela ri — Mas não tenho do que reclamar, foram incríveis! — sorrio de canto para ela.

O elevador chega mais rápido do que deveria no nosso andar e o caminho para os quartos é curto. Nos viramos um para o outro quando chegamos às portas, e ela me entrega o cartão para que eu possa entrar.

— Se precisar de algo ainda estarei no quarto a frente, ok? — indica com o polegar.

— Ok! Obrigada Rach, hoje foi um dia incrível mesmo.

Nos despedimos e entro no meu quarto ainda com o sentimento de que deveríamos nos conhecer melhor — talvez eu poderia a chamar para beber algo no bar do hotel — precisava pensar, ou talvez aquilo não fosse uma boa ideia.

● ● ●

NOTAS FINAIS:

E aí? Será que esse romance vai acontecer? O que vocês acham? Opiniões e estrelinhas hahahah

Até a próxima semana!

𝐀 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 • Henry CavillWhere stories live. Discover now