Capítulo um

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- Ladybug! - bradou, gritando em plenos pulmões, o herói, fazendo com que a heroína se voltasse com alguma agilidade em sua direção no intuito de receber o objeto de coloração levemente arroxeada.

Este aterrou nas suas mãos curvadas sobre a sua lateral, fazendo com que toda esta o pressionasse com alguma força contra o seu ventre, evitando uma eventual queda.

Encostou ligeiramente o queixo ao peito, semicerrando ambos olhos em sinal de nítida concentração.

Após ter a garantia de que este se encontrava livre da possibilidade de cair no chão, ergueu o olhar apurado. Girou os calcanhares para o lado oposto onde Viperion detinha, com alguma dificuldade, o vilão, impedido que este avançasse sobre a companheira de equipa.

Sem rodeios, apertou o objeto pela periferia, soando um crack satisfeito, acompanhado por um urro infeliz e desvelado do vilão. Provavelmente, mesmo sem o ver, este havia-se contorcido sobre si em claro desalento e deceção.

Em contradição ao outro, um sorriso dominou o rosto, iluminado pela claridade, de Ladybug. Dirigiu, logo de seguida. um olhar serenizado e um tanto compreensível à vitima que não pareceu muito recetiva.

Momentos depois, recebendo de volta um tremer amedrontado dos lábios do vilão, tingidos de cinzento, iniciou o ritual de purificação da borboleta.

Sempre achara incrivelmente maravilhosa a capacidade de converter uma tenebrosa traça negra, numa delicada e pura borboleta de asas imensamente brancas.

Não conteve o sorriso suave se formou progressivamente nos seus lábios, quando todo o caos e confusão pelo akuma causado dissolveu-se, como poeira que o vento sopra.

A cidade voltou a erguer-se em toda a sua glória, restituindo a sua beleza parisiense.

Virou-se, então, para os seus companheiros, que tinham os braços previamente estendidos e cativantes sorrisos nos seus rostos tão diversificados.

Cada par de olhos unicamente pintados com determinadas cores, representavam uma silenciosa gratidão.

Examinando a pequena roda por eles formados, girou lentamente a cabeça em toda a extensão da mesma.

Inesperadamente, reparou na ausência de algo.

Cada uma das tonalidades bonitas dos seus faróis luminosos e os diversos sorrisos genuínos nos rostos, deixaram-lhe no peito uma sensação de que se tinha esquecido de algo ou de alguém.

Por motivos inexplicáveis, não soube decifrar o quê ao certo.

Chocalhou a cabeça lentamente, fechado os olhos, perante o grupo que parecia partilhar uma sensação de entendimento duvidoso.

Deu, então, um passo adiante e vagarosamente estendeu frontalmente o braço, com o punho já fechado.

Tal ação pareceu amenizar as aparentes perguntas quietas e silenciosas dos seus companheiros.

Prosseguiram para o habitual e tradicional agradecimento no final de cada batalha.

Agradeciam pelo facto de ninguém se ter aleijado naquela batalha.

Agradeciam pelos poderes restabelecedores de Ladybug, capazes de restaurar a destruição previamente instaurada.

E, acima de tudo, agradeciam por estarem todos unidos, juntos, como uma equipa.

Bateram finalmente os punhos de sorrisos dominados pelo júbilo, numa espécie de saudação familiar.

- Bom trabalho!

Merci Chaton (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now