Chan e Changbin

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Leiam as notas finais por favor.
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E então ele me beijou de novo, tão intensamente que parecia nosso primeiro beijo, suas mãos por meu cabelo ao fim deixando um carinho em minha bochecha.

-Channie? -Chamei-o entes do mesmo ir. -Só queria que você soubesse que você é o melhor.

O garoto sorriu e saiu apressado do cômodo. E então me joguei com os braços abertos em minha cama.

2 Horas até o baile.

Eu estava no banquinho no centro do meu quarto com as criadas me preparando para meu baile de 18 anos. A vida no castelo vinha sendo uma bela chatice ultimamente, já que tudo se resumia a esse maldito baile. "S/n vá ensaiar a entrada, S/n vá ensaiar o aceno, S/n vá ensaiar a valsa". Eu queria visitar o jardim, queria fazer um piquenique, passear pelo centro da cidade. Eu queria ver meu Channie. As criadas andavam apressadas em volta do cômodo procurando as parte fragmentadas do meu vestido. "Vai ser um inferno pra desmontar tudo depois". Por fim resolveram que seria melhor me maquiar e fazer meu cabelo, para depois me transformar numa árvore de natal com aquele vestido exagerado, sentei-me à penteadeira enquanto puxavam e repuxavam meu cabelo, elas alisavam algumas partes, enrolavam outras, vez ou outra prendiam alguma mecha, e sinceramente, eu não poderia me importar menos. De fato eu estava pouco me importando com tudo aquilo e eu poderia até estar entediada se não fosse é claro a adrenalina pelo que eu iria fazer. Ao fim da arrumação eu devo ser sincera, minha aparência era impecável, a maquiagem simplesmente perfeita, bem natural como eu gostava, meu cabelo foi preso em um coque, onde cachos soltos pendiam em torno do meu rosto o emoldurando perfeitamente, e o vestido que tinha tudo para ser a minha decepção estava estonteante. Respirei fundo. Esse baile poderia ser perfeito seu eu não fosse uma princesa "em busca" de um pretendente. Sentei no chão do meu quarto e olhei em volta procurando de alguma forma algo que me apoiasse psicologicamente e como se ele soubesse, D'Artgan, meu gato apareceu de debaixo da cama e veio caminhando em minha direção, passou um tanto atrapalhado por cima do tecido do vestido e todo aquele chiffon, D'Artgan se aconchegou em meu colo e começou a ronronar, segundo Christopher não seria possível levar D'Artgan, mas dentro de tudo o que poderia acontecer naquela noite D'Artgan não seria de forma alguma um impedimento. Ouvi leves batidinhas na porta e tratei de levantar-me rapidamente, coloquei D'Artgan sobre minha cama e alisei o vestido.

-Entre. -Falei indo de encontro a janela atrás de mim, começava a anoitecer e uma brisa fria soprava lá fora.

-Princesa seu pai, o rei, requisita sua presença na ante sala à adega. -Berta, minha criada pessoal, dizia enquanto caminhava até mim, olhos marejados e um sorriso belo. -Se me permite princesa, a senhorita está linda.

Berta fez parte da minha criação, quando a rainha estava ocupada, o que ocorria quase sempre, Berta era quem tomava conta de mim, ela quem me ensinou a andar, falar,  ler, escrever, dentre outras coisas banais, mas a mais importante: Berta me ensinou sobre escolhas, que mesmo quando parecemos estar encurralados sempre há uma escolha, uma chance, sempre há esperança. Sorri ao seu comentário e a abracei, abracei como se fosse nosso ultimo abraço, e de certa forma, eu temia que fosse. Meus olhos também marejaram e mesmo com a voz tremendo eu disse a ela.

-Obrigada por tudo, por todos os ensinamentos, a paciência, o carinho. Obrigada por ser a mãe que a dona rainha não pode ser. -Ela se afastou, as lágrimas já correndo livremente pelo seu rosto.

-S/n eu não sei o que irá acontecer essa noite, mas saiba que independente da escolha que a senhorita fizer, eu estou muito orgulhosa. -Ela sorriu com ternura e eu retribuí. -Agora vá andando até a adega, antes que o rei se zangue. 

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