VIVA | ❝Me fizeram apodrecer por mil anos em uma tumba, agora eu acordei e estou com muita fome❞
Mary Stuart teve tudo tirado de si, seus poderes, sua vida, sua liberdade e foi trancada em uma tumba por mil anos, obrigada a repassar dia após dia o m...
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O sangue seco em minha roupa era uma lembrança clara de tudo o que Aurora me disse e como Lucien cortou sua boca com facilidade, como se a dor não fosse nada e aquilo era assustador.
Acordei com ele ao meu lado e sorri ao vê-lo dormir como se nada tivesse acontecido, e acariciei seus cabelos até ele abrir os olhos lentamente.
— É uma ótima visão ao acordar — ele disse com a voz rouca, sorrindo sem mostrar os dentes.
— Queria poder ficar aqui o dia inteiro — falei, me sentando na cama. — Mas temos que achar o Kai.
— Ele pode esperar — Lucien resmungou.
— Não, você prometeu.
— Tá bom, tá bom — ele soltou um suspiro e levantou.
Troquei de roupa e bati na porta de Aurora, mas Tristan avisou que ela saiu cedo e não disse para onde ia, então Lucien chamou Tristan e saímos em direção ao Quartel Francês.
— Acho melhor ligar para o Marcel — falei quando nos aproximamos.
— Não precisamos dele. Somos o suficiente — Lucien respondeu com confiança.
Na entrada do Quartel, vários vampiros nos cercaram assim que perceberam nossa presença, dentre eles vi Damon Salvatore e o outro homem que estava com ele no Rousseau's.
— Vamos morrer, Lucien — segurei a mão dele com força, olhando em volta.
— Mary Stuart — Damon passou pelos vampiros e ficou em minha frente. — Então é você quem tem aterrorizado Nova Orleans?
— Só os meus inimigos — respondi dando de ombros. — Amigo do Klaus?
— É complicado — ele respondeu e apontou para o homem ao seu lado. — Esse é meu irmão Stefan.
— Damon Salvatore? — Lucien perguntou, interessado. — Não é você quem arrancou a cabeça do Kai?
— Sou eu — Damon sorriu orgulhoso.
— O que fazem aqui?! — Klaus gritou no topo de uma escada com uma cara nada agradável.
— Sabemos que pegou o Kai. Queremos ele de volta — gritei, dando um passo a frente.
— Como ousam vir até aqui fazer exigências? — ele riu com escárnio, me encarando. — Vocês mataram o meu irmão e eu não vou poupar nem um de vocês!
— Ah, por favor, Klaus. Todos sabemos que não existe nada além de ódio no seu coração e que seu irmão era insignificante. Aliás, te fizemos um favor ao matar ele, é uma pena que não tenha sido pelas minhas mãos, eu iria adorar ver o olhar de súplica dele.
— Uou — Damon riu, divertido com a situação. — Eu vivi pra ver alguém enfrentar o Klaus assim.
— Damon — Stefan chamou pelo irmão, na tentativa de cala-lo, vendo que ele estava piorando a tensão.
