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— Então — Aurora sorriu —, acho melhor traçar todos os detalhes da nossa "pequena diversão"

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— Então — Aurora sorriu —, acho melhor traçar todos os detalhes da nossa "pequena diversão".

— Mas antes você tem outra bolsa de sangue? — Perguntei faminta. Minha barriga se contorcia pensando em sangue.

James estendeu seu pulso para mim sem falar nada.

— Não. — Coloquei seu braço de lado.
— Eu não vou te machucar, James.

— Tudo bem, Mary. — Sorriu calmo. — Você é minha irmã.

— É tão lindo a relação de vocês — Tristan comentou. — Aurora nunca daria seu sangue a mim.

— Isso é mentira! — Ela rebateu. — Você sabe que eu morreria por você, sempre.

Lucien me entregou uma bolsa.

A cada gota de sangue que tocava minha boca o desejo e o prazer crescia ainda mais. Mal me reconheço com a boca pingando sangue e um sorriso maligno nos lábios.

— É hora de você sair daqui — Aurora falou —, conhecer esse novo século e desfrutar de seus privilégios. E, assim, a sua primeira aparição será para àquele bastardo.

— Eu estou ansiosa para esse encontro. — Sorri, limpando o sangue na boca.

James me olhou com reprovação e decepção, mas eu não posso mudar o que sou.

A noite chegou rápido e James voltou ao cemitério dos ancestrais, prometendo que voltaria pela manhã.

Segui Aurora até meu novo quarto. Havia uma enorme cama e uma janela ao lado. Também tinha um armário grande, cheio de roupas novas.

— Foi o Tristan quem encheu seu closet, então se não gostar é culpa dele.

— Eu gostei. — Passei a mão pelos tecidos macios.

— Tomei a liberdade de escolher seu vestido para a festa de aniversário de Hope Mikaelson. — Ela pegou um vestido de baile vermelho.

— Se parece com o que eu estava vestindo no dia da minha morte. — Segurei o vestido observando as rendas. — É perfeito. Vai fazê-lo lembrar da última vez que me viu.

— Eu sabia que iria gostar. — Aurora sentou na cama com as pernas cruzadas. — A festa de 16 anos da filha do Klaus é amanhã — começou explicar o plano. — Todos os amigos e inimigos do Klaus vão estar lá, celebrando por um raro momento de paz. Óbvio que essa paz não se aplica a nós, mas eles não precisam saber disso ainda. Tristan e Lucien fingem ser aliados deles, mas quando ele menos esperarem vão ter suas costas apunhaladas.

— Eu não ataco pelas costas e torturo. Gosto que meus inimigos me olhem e vejam a profundidade da minha raiva. — Respirei fundo. — Mas para que o nosso plano dê certo eu vou me segurar, só não vou conseguir esconder a cara de nojo e ódio.

— A festa será amanhã à noite. Eu e os meninos vamos com você. O Klaus acha que Tristan e Lucien são amigos dele, então, consequentemente, eu sou também. — Sorriu. — Como eu estou ansiosa para ver a cara de idiota dele.

— Eu acho que ele vai desconfiar.

— Ele só enxerga o próprio nariz para poder ver algo além disso. Eu duvido muito que ele vá desconfiar dessa sua cara de anjo.

— E o que você tem com o Lucien? — Perguntei.

— Lucien? — Ela riu. — Não temos nada. Ele era apaixonado por mim e ficamos algumas vezes, mas não nos entendemos. — Me olhou. — Por quê? Você está interessada nele?

— Claro que não, Aurora! — Senti minhas bochechas queimarem. — Que ideia. — Balançei a cabeça. — Eu acabei de conhecê-lo.

— Mas ele é bonito, admita! Eu acho que ele também está interessado em você.

— Será? — Sorri, mas logo espantei os pensamentos. — É claro que não. Isso é loucura.

— Eu sinto que você ainda se prende ao Klaus. — Sentou ao meu lado. — Eu acho que você deveria dar uma chance a si mesma.

Ela falou tão sincera que nem parecia ela. Nesse pouco tempo que estou com ela, posso dizer que ela fria, com um coração cheio de mágoa e ressentimentos. Era o tipo de pessoa que há séculos atrás eu ficaria afastada.

— O amor nunca fez nada por mim — falei simplesmente.

Ouvimos batidas na porta e Lucien abriu a porta sorrindo.

— Perdoe atrapalhar, mas eu queria falar com a Mary — ele olhou para mim —, eu posso?

— Claro — respondi.

Aurora me olhou com um olhar malicioso e saiu nos deixando sozinhos.

— O que você quer falar? — Perguntei quando ele sentou ao meu lado.

— Bom, como a Aurora vai ao baile com o Tristan, queria saber se você gostaria de ir comigo.

— Você sabe que nós não vamos para se divertir?

— Eu sei, mas não quero ficar sozinho a noite inteira.

— Tudo bem — concordei sorrindo.

— E você não vai se arrepender. — Segurou minha mão e beijou a mesma.

Lucien piscou e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.

— Ah, meu Deus! — Respirei fundo e deitei na cama. Coloquei a mãos cobrindo o rosto e fazendo a vergonha ir embora. — Se concentra, Mary! — Falei para mim mesma. — Você tem um único foco agora, não desvie do caminho.

Respirei fundo pensando em Klaus e lembrando dos nossos momentos juntos, coisa que ele fez questão de apagar em uma noite.

Mas tudo bem. Um dia a conta vai chegar, ela vai ser muito cara e esse dia está mais próximo do que ele imagina.

 𝐴𝑙𝑖𝑣𝑒 ✦ 𝐾𝑙𝑎𝑢𝑠 𝑀𝑖𝑘𝑎𝑒𝑙𝑠𝑜𝑛 ✓Where stories live. Discover now