Marília chegaria tarde.
Cupido praticava o relaxante conceito finlandês kalsarikännit: Pouca iluminação, vinho, vestindo unicamente uma toalha hirsuta.
Subitamente, o jurássico telefone fixo tocou.
— Alô? – atendeu, erro impulsivo.
— Quem fala? Marília está?
— Quem é?
— A mãe dela.
— Ela não está agora.
— ... – Ouviu duas vozes conversando baixinho. – Adilson, rápido, chama a polícia.
— Por quê?
— Tem um homem na casa da Mari.
— Talvez seja um namorado. – Breve silêncio. – É, você tem razão, Josie, vou ligar. Distrai ele.
Josie tentou conversar naturalmente. Cupido percebeu ter criado um pequeno problema. Como não estava afim de resolvê-lo, apenas desligou o telefone sem receio.
Kalsarikännit.
ESTÁ A LER
A Romantic Person
Teen FictionAos 20 anos de vida, Marília já havia se acostumado às pressões da família e de amigos para que mostrasse interesse por relacionamentos amorosos. Mas ela realmente não esperava que, vindo das antigas mitologias, Cupido aparecesse apenas para convenc...